sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

6º período de jornaliismo encerra editoria de 2010-2 do Cesmac InFoca

Laíse Moreira

Quase seis meses depois de começar a experiência de escrever no primeiro blog de comunicação do Cesmac, nós estamos deixando o "cargo" para que os colegas, que chegam ao 6º período do curso de Jornalismo do Cesmac, também possam aprender como nós aprendemos.

Uma ideia, um filho, uma responsabilidade nos foi dada quando o blog virou realidade. Recebemos a confiança que nos deram como uma grande honraria e como um desafio. Agora, sabendo que deu certo e que atingimos o nosso objetivo, somos tomados pelos sentimentos de satisfação, felicidade e já de saudade.

Sim, saudade, já que deixaremos de escrever periódicamente neste blog. Mas nós não nos afastaremos muito: estaremos sempre dispostos a contribuir com esse filho que ajudamos a criar, construir e alimentar.

O nosso agradecimento especial vai, claro, para aquela que nos guiou nessa ideia: a professora, amiga e as vezes mãe Silvia Falcão. Ela sabe o valor e a importância que tem para as nossas vidas e formação profissional.

Todas as suas broncas foram aceitas com o maior carinho e respeito, porque se fizeram necessárias para o nosso crescimento. Obrigada Silvia Falcão!

Falo por mim, mas tenho certeza que também falo pela turma, quando destaco que outra pessoa merece ser agradecida especialmente. Essa pessoa é para nós um ponto de referência. Ticianeli, você também é nosso professor. Queria dizer que nós aprendemos a respeitá-lo com amizade e carinho. É bom ter você e suas experiências junto conosco.

Por fim agradecemos ao Cesmac, por nos ajudar com esse espaço, que dá a visibilidade necessária para nos estimular cada vez mais.

Essa não é uma despedida do blog. Agora o novo 6º período irá editar o Cesmac Infoca. Esperamos que eles cuidem da nossa criança como nós cuidamos dela.

Até logo, queridos leitores.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Douglas Apratto recebe comenda da Fapeal

Ascom

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) outorgará uma Comenda de Mérito, em comemoração aos seus 20 anos de existência, ao professor doutor Douglas Apratto Tenório pelo reconhecimento aos seus relevantes serviços à instituição e à pesquisa científica.

A solenidade de entrega da Comenda será realizada na próxima segunda-feira (20), às 19h30, na Casa da Palavra. Na ocasião, outros professores doutores alagoanos também serão homenageados. São eles: Antônio Euzébio Goulart Santana; Cícero Péricles de Carvalho; Edna Peixoto Rocha Amorim; Eliana Maria Maurício da Rocha; Gilberto Fontes; Hilário Alencar da Silva; Luiz Antônio Ferreira da Silva, Marcelo Leite Lyra, Maria Denilda Moura, Marília Oliveira Fonseca Goulart; Salete Smaniotto; Severino Pereira Cavalcanti Marques; e Tereza Cristina dos Santos Calado.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cesmac espera mais de 7 mil feras no Vestibular 2011.1

Ascom

O Centro Universitário Cesmac deve receber mais de 7 mil candidatos no próximo Vestibular 2010.1 cujas provas serão realizadas no domingo (12) – um número 6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. No total, o processo seletivo da instituição de ensino superior dispõe de 2,4 mil vagas distribuídas em 26 cursos de graduação.

O Vestibular 2011.1 do Cesmac traz como novidade o lançamento do curso de Serviço Social que já desponta com uma concorrência de quase dois candidatos por uma vaga, o que corresponde a cerca de 100 inscritos.

As provas do processo seletivo serão iniciadas a partir das 8h15. Entretanto, a direção do Cesmac recomenda aos feras que cheguem uma hora antes ao local de aplicação das provas, em função do intenso tráfego que ocorre nas vias de acesso no dia do vestibular. Os candidatos devem estar munidos do cartão de inscrição e carteira de identidade original. Os portões dos prédios onde serão realizadas as avaliações fecham pontualmente às 8h.

O vestibular do Cesmac tem duração de 4 horas. O candidato terá de escrever uma redação de caráter eliminatório e responder a 65 questões de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais, envolvendo o conteúdo de disciplinas como geografia, matemática, língua estrangeira, história do Brasil e de Alagoas, por exemplo. Quem faz a correção das provas é uma comissão formada pelos professores do Cesmac. Os resultados serão divulgados a partir das 16h da segunda-feira (dia 14).

Os feras do Cesmac não poderão fazer as provas usando bonés, chapéus, tocas, óculos escuros, celulares, aparelhos eletrônicos, calculares, bips, bolsa e etc... Só é permitido o uso de canetas nas cores pretas e azuis. Para segurança dos candidatos, serão utilizados detectores de metais nos locais de realização das provas, bem como identificadores de digitais.

O curso mais concorrido nesta edição do vestibular Cesmac é o de Engenharia Civil (vespertino), que conta com 6,38 candidatos por vaga. O segundo curso mais disputado é o de Enfermagem que detém 5,07 concorrentes por vaga. Por outro lado, o curso que concentrou o maior número de inscritos foi o de Direito para o período noturno, com mais de 545 candidatos – o número de concorrentes por vaga é de 4,54 (ver tabela com número de concorrentes).

Este ano houve um aumento na procura pelos cursos de Odontologia, com 3,13 concorrentes por vaga e no de Enfermagem no campus de Palmeira dos Índios que detém concorrência de 3,08 por vaga.

Os mais concorridos do Cesmac:

Engenharia Civil (Maceió/Vespertino) - 6,38 candidatos por vaga

Enfermagem (Maceió/Matutino) - 5,07 candidatos por vaga

Direito (Maceió/Noturno) - 4,54 candidatos por vaga

Direito (Maceió/Matutino) - 3,73 candidatos por vaga

Direito (Arapiraca/Noturno) - 3,39 candidatos por vaga

Odontologia (Maceió/Vespertino) - 3,13 candidatos por vaga

Enfermagem (Palmeira dos Índios/Vespertino) - 3,08 candidatos por vaga

Engenharia de Produção (Maceió/Noturno) - 3,00 candidatos por vaga

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O homem da capa preta

Por seu estilo carismático e polêmico, em função de sua fama de praticar atos violentos para resolver suas contentas, Tenório Cavalcanti dominou a Baixada Fluminense por quase 30 anos

Jeanne Farias

Esse não vai ser como os outros! Não vai para o cabo da enxada! Com essas expressões, Antonio Cavalcanti parecia vaticinar o futuro do pequeno Natalício, ao vê-lo debruçado sobre livros, num ambiente hostil aos processos educativos, ainda na década de 1910. Se estivesse vivo, Natalício Tenório Cavalcanti de Albuquerque teria completado 100 anos no dia 27 de setembro de 2009. Tema de livros e de filme, o homem de origem simples ficou nacionalmente conhecido pela violência que sempre acompanhou a sua vida.

Migrante nordestino como tantos outros que deixavam sua terra em busca de melhoria de vida, Tenório Cavalcanti, ao longo do tempo se tornou político, advogado e jornalista, construindo sua história a partir da chegada à Duque de Caxias, povoado da Baixada Fluminense, pertencente ao município de Nova Iguaçu (RJ), para se tornar um mito. Ele foi uma lenda, construída pela força das armas, argumento mais convincente para se impor naquela região violenta.

A vida de Tenório Cavalcanti, o Homem da Capa Preta, como ficou conhecido nacionalmente, sempre foi marcada pelos embates constantes contra adversários, principalmente em decorrência da disputa pelo poder político na região. Político da escola populista, ele acabou se transformando numa espécie de Rei da Baixada, sempre ajudando aos carentes em momentos de maior necessidade, como após uma catástrofe que se abateu sobre a região, quando a sua presença foi decisiva, antecipando-se às ações do poder público, através da doação de roupas, medicamentos, alimentos e até terrenos para reconstrução das casas destruídas pelo temporal.

A origem humilde

Nascido no dia de São Cosme e São Damião (27 de setembro), santos da devoção de muitos brasileiros, o menino Natalício veio ao mundo no ano de 1909. A escolha do seu nome foi em homenagem ao padrinho, deputado Natalício Camboim. Filho do agricultor Antônio Tenório Cavalcanti de Albuquerque e da costureira Maria Cordeiro, moradores do povoado de Bonifácio, município de Quebrangulo (AL), era um menino inteligente e perspicaz. Aos cinco anos pediu ao pai para estudar, passando a ser um aluno exemplar e muito aplicado, ao ser alfabetizado, surpreendia o pai com sua capacidade de ler com tanta facilidade.

Antônio Tenório era 15 anos mais novo do que sua mulher, a quem chamava de Mariquinha. Sanfoneiro gostava muito de festas e, naturalmente, era chegado a um “rabo-de-saia”. Esses envolvimentos constantes com mulheres acabou lhe custando à vida. A versão oficial da morte do agricultor teria sido disputa de terras, fato aceito pela mulher dele, para não denegrir a sua imagem. Ao ver o pai assassinado, Natalício, aos 11 anos, jurou vingança, costume em voga no Nordeste, tipo Lei de Talião.

Um ano depois da morte do pai, envolveu-se em confusão com o filho do suspeito de ser o assassino de Antônio Tenório e foi aconselhado a esconder-se na casa do fazendeiro Felino Tenório, seu tio e um dos homens mais importantes do município de Quebrangulo. Durante o período em que esteve refugiado na casa do parente, Natalício aproveitou para ler os jornais e revistas que encontrava, o que acabou por despertar seu interesse pelas cidades grandes como o Rio de Janeiro e São Paulo. Quando a poeira baixou, ele retornou a Bonifácio, vendendo todos os seus bens, transferindo-se depois com a família – a mãe e a irmã Josefa – para a localidade conhecida como Serra da Mandioca, no vizinho município de Palmeira dos Índios, onde passou a cuidar de um armazém da família e continuar estudando, mas o sonho de viver na cidade grande não saiu de sua cabeça.

A chegada a cidade grande

Engrossando a leva de migrantes que partiam para as grandes cidades do Sul e do Sudeste do Brasil, o menino pobre, agora adolescente, chega à capital da república.

A história mostra que os migrantes que aportavam nas grandes cidades, como a do Rio de Janeiro. Chegavam exaustos e famintos. As vestes eram trapos, e as poucas bagagens que levavam, se resumiam a sacos de açúcar ou velhos baús de madeira. Nesse cenário, desembarca Tenório Cavalcanti com pouco dinheiro dado pela mãe, e uma carta de apresentação para seu padrinho. Em meio a tantos sentimentos, às vezes antagônicos, como, a esperança e a certeza do fracasso, ele não desiste de seu sonho, o persegue e é bem sucedido.

Ao chegar à cidade grande, Natalício descobre que seu padrinho encontra-se em Alagoas cuidando da campanha política. O desencontro lhe causa frustração, e ele Passa a primeira noite sob os Arcos da Lapa sem saber ainda o que fazer. Para sua sorte um conterrâneo encontra-o e o aconselha a procurar uma pensão onde pudesse deixar sua pequena bagagem e descansar da estafante viagem. Na primeira noite na pensão foi roubado, então precisou recorrer a um parente que morava distante e, com a conhecida solidariedade nordestina, deu-lhe casa e comida enquanto ele cuidava da vida.

Naquela altura, qualquer emprego era bem vindo. Foi lavador de garrafas, faxineiro no Hospital Müller dos Reis, em Santa Teresa, copeiro e zelador de pensão, porteiro de hotel e motorista de caminhão de uma loja, enquanto estudava a noite, concluindo o curso primário no Colégio Pedro II. Por intermédio do padrinho, em 1928, recebeu um convite do engenheiro Hildebrando Góis para assumir o cargo de diretor de Obras do Departamento de Portos, Rios e Canais.

Muito novo, com apenas 19 anos, precisou impor respeito para ganhar a liderança dos peões que estavam sob seu comando. Um domingo, quando estavam todos reunidos, bebendo e se divertindo, Natalício entregou seu revólver a um dos presentes, dizendo: “Atira contra meu peito hôme”, abrindo a camisa e indicando o coração. O homem relutou um pouco, mas depois respondeu: “Se você ‘tá pedindo, vou atirar”. Assim ele efetuou um disparo e depois outro, sem que nada acontecesse ao destemido alagoano, que pegou seu revólver de volta e atirou em um mamão espatifando a fruta. Em seguida ele disse: “Eu tenho é o corpo fechado e nada de ruim vai me acontecer”, o peão se assustou e retrucou: “Vixe! Isso é coisa do capeta”. Foi assim que ele ganhou fama de ter o corpo fechado por alguma mandinga muito forte. Muitos anos depois, ele confessou ter substituído as duas primeiras cápsulas de sua arma, por balas de festim, daí, ter escapado ileso.Para completar a fama do corpo fechado, Tenório rezava diariamente, ao sair de casa, uma oração aprendida em sua terra natal, que lhe dava muita confiança.

Oração pela vida

“No topo do calvário tem uma cruz. Travesseiro e cama de meu bom Jesus. A cama, de onde meu bom Jesus dormiu e se deite sobre mim. Me defenda de todo perigo. Nada contra mim, ninguém contra mim. Que meus inimigos se afastem de mim, que nenhuma bala me mate. Nenhuma faca me fira. Não me aconteça mal algum. Mal olhado não me enfraqueça e o medo não me desvaneça. Meu bom Jesus. Amém”.

O mítico Tenório Cavalcanti

Embalado pela fama de desassombrado, o nome Tenório Cavalcanti passou a ser respeitado e temido pela sua coragem extraordinária. Logo foi contratado para administrar as terras de ricos fazendeiros em Petrópolis, região de muitos conflitos, durante a construção da rodovia Rio-Petrópolis, onde a disputa por um palmo de chão era violenta. A valorização dos terrenos e as demarcações causaram conflitos e choques armados que resultaram em várias mortes, o período foi marcado por muita violência e o nome Tenório Cavalcanti ganhou mais destaque e prestígio. Seus serviços foram requisitados para prestar proteção a políticos e pessoas influentes, como foi o caso do presidente Washington Luiz, em uma visita à região.

Casamento e política

A guinada chega com a formação de uma família, e os destemperos da vida pública cercada de inimigos e violência

Com a popularidade adquirida e o ciclo de relações influentes, administrar terras alheias não tinha mais sentido, Tenório sonhava mais alto. A virada de sua vida deu-se a partir do casamento com Walquíria Lomba, moça fina e elegante, nascida na alta sociedade da região, em família de tradicional militância política, com quem teve três filhas. Assim ele deixou a antiga profissão e com a rescisão de contrato, colocou seu próprio negócio, uma loja de material de construção.

Fixando-se na Baixada Fluminense, em 1936, iniciou sua vida política, quando se filiou à extinta União Progressiva Fluminense (UPF), elegendo-se vereador pelo município de Nova Iguaçu, representando o distrito de Caxias. O carisma, o destemor e a grande visão política, fizeram dele um líder natural da região, o que passou a incomodar os “donos” do poder. Começaram então as perseguições, provocações e as tentativas de levá-lo à prisão por seu passado de envolvimento com a violência.

O Delegado Joaquim Peçanha, derrotado nas eleições de Caxias, instigado por políticos, acabou por colocar Tenório na cadeia. Ao ser libertado, Tenório sofreu um atentado que o deixou enfermo durante seis meses, o crime fora atribuído ao Delegado que, algum tempo depois, foi encontrado morto dentro de um trem. Acusado de cometer o assassinato, Tenório volta a ser preso. Após quarenta dias foi beneficiado por um hábeas corpus, foi libertado, mas impedido de voltar a Caxias, se refugiou em Alagoas.

Em 1940 foi reeleito vereador por Caxias e em 1945, terminou o curso de Direito. Chegou à Assembleia Legislativa, em 1946, como deputado estadual, cargo para o qual foi reeleito quatro anos depois. Em 1954, foi eleito Deputado Federal, obtendo nove mil votos. Na reeleição recebeu 42 mil votos. Em 1960, candidatou-se ao governo do Estado da Guanabara, recebendo duzentos e vinte mil votos, ficando em terceiro lugar, O governador eleito foi o jornalista Carlos Lacerda. No dia 13 de junho de 1964, seu mandato de deputado foi cassado por força do Ato Institucional nº 1, editado pelo Governo Militar, instalado naque ano, depois da deposição do presidente da República, João Goulart.

Lurdinha e capa preta

Dois presentes oferecidos por dois amigos, só fizeram aumentar o estilo mítico adotado pelo deputado Tenório Cavalcanti. Uma submetralhadora alemã, modelo MP-40, da segunda Guerra Mundial e uma inocente capa preta, utilizada pelos formandos de uma universidade portuguesa, criaram uma nova imagem aterrorizante do deputado. A arma foi-lhe oferecida pelo conterrâneo general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, ministro da Guerra durante o governo do presidente Getúlio Vargas, e foi apelidada de Lurdinha, pelo motorista do deputado.

A capa foi trazida por um de seus apadrinhados, cuja formação em Direito ele custeou em Portugal. Toda preta, com forro vermelho, foi utilizada pela primeira vez em um comício e a sua aparição ostentando aquela nova indumentária, deixou a platéia fascinada. Tenório passou a ser chamado de o Homem da Capa Preta, pois, jamais saía de casa sem ela, porque também servia para esconder a “Lurdinha”, como ele chamava a metralhadora, amiga inseparável.

A vida de Tenório Cavalcanti no Rio de Janeiro sempre esteve ligada à violência, e na medida em que sua liderança política prejudicava o poder de outros mandatários, sua vida e a vida daqueles que o acompanhavam, corria perigo. Para se proteger da façanha dos inimigos, Tenório Cavalcanti construiu sua casa, uma verdadeira bastilha, na avenida governador Leonel de Moura Brizola (antiga estrada Rio – Petrópolis, no centro de Caxias. Em 1964, abrigou ali os então presidente e vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), José Serra e Marcos Cerqueira, além do humorista Chico Anysio e da atriz e diretora de cinema Norma Benguel, dentre outros perseguidos pela ditadura militar, que buscaram abrigo seguro.

A Bastilha

A casa-fortaleza do deputado Tenório Cavalcanti, uma construção de 3.200 metros quadrados, no centro da cidade de Duque de Caxias, possuía, ao tempo de seu famoso proprietário: gerador de eletricidade, 12 telefones, 16 alto-falantes, 14 salas e quartos, nove banheiros, dois calabouços, tanques de oxigênio e depósito de alimentos. Os portões eram de aço. Na parte superior, a parede revestida de placas de aço com vários furos, por onde poderiam sair os canos das armas de seus defensores em caso de ataques da polícia, ou por inimigos do político. Os banheiros eram interligados por passagens disfarçadas um pouco abaixo do teto, que poderiam ser facilmente alcançadas utilizando-se os lavatórios como degraus. A entrada dos calabouços era protegida por uma falsa porta-cofre que disfarçava sua real utilização.

Através de decreto sancionado pelo prefeito do município de Duque de Caxias, a antiga fortaleza foi considerada de utilidade pública para fins de desapropriação. A prefeitura pretende transformá-la em museu, guardando a memória do deputado e parte da história do município. A fortaleza abrigará também um centro profissionalizante.

Caso Imparato

O delegado especial Albino Imparato, foi destacado especialmente para conter a qualquer preço a carreira do deputado Tenório Cavalcante na baixada fluminense. Um elenco de medidas arbitrárias foi tomado pelo novo delegado que, pretendiam a todo custo prender ou mesmo matar o parlamentar em caso de confronto armado. A fortaleza foi metralhada, os amigos e parentes passaram a ser hostilizados, enquanto o delegado procurava fechar o cerco.

Dia 28 de agosto de 1953, Imparato e seu assistente Bereco foram encontrados mortos, metralhados dentro do carro que utilizavam. O caso obteve repercussão nacional, e as investigações apontavam Tenório como responsável pelos dois crimes. A fortaleza e um apartamento que o deputado possuía em Copacabana, foram cercados pela polícia. Com a intervenção dos amigos Nereu Ramos, presidente da Câmara Federal, Afonso Arinos e Oswaldo Aranha, foi possível levantar o cerco.

Sarcasmo e valentia

Eu só mato homem! Com essa frase Tenório Cavalcanti guardou o revólver que tinha em suas mãos, apontado para o Deputado Antônio Carlos Magalhães, que a essa altura tremendo de medo, foi acometido por uma incontinência urinária. O motivo da briga foi causado por acusações do parlamentar, contra Tenório, enquanto ele discursava na tribuna da casa atacando violentamente o presidente do Banco do Brasil, Clemente Mariani, acusando-o de desvio de verbas. Foi quando ACM o interrompeu e o incriminou de protetor do jogo do bicho, de lenocínio e ladrão.

Por causa desse episódio, as armas de Tenório Cavalcanti, incluindo a famosa “Lurdinha”, foram apreendidas, após a cassação de seu mandato, por intervenção direta do deputado Antonio Carlos Magalhães, ligado ao governo militar, vingando-se do fato anterior, ocorrido no plenário da Câmara Federal, quando fora ameaçado pelo homem da capa preta.

Luta democrática

Ainda em 1954, Tenório Cavalcanti veio a Alagoas, vendeu as terras da fazenda Xucurus, que possuía no município de Palmeira dos Índios, e fundou na cidade do Rio de Janeiro, o jornal intitulado “Luta Democrática”, que marcou uma nova etapa na história da imprensa no Brasil, fazendo um jornalismo popular de caráter sensacionalista. O jornal sempre fez oposição a vários governos. Durante a construção de Brasília, criticou o presidente Juscelino Kubitschek: “Enquanto isso, Brasília é o sorvedouro da renda nacional, suor e sangue de um povo empobrecido para que resplenda esse reinado da encarnação republicana de Luís XIV” (Luta Democrática, em agosto de 1958). Através do jornal ele fazia severas críticas aos seus inimigos, e abria espaço para o povo registrar suas reivindicações.

Este jornal abrigou e encaminhou bons jornalistas alagoanos que brilharam na imprensa nacional. Alguns lá chegaram espontaneamente, procurando crescer, outros foram levados por perseguições políticas. A todos, Tenório deu guarida, ajudou no que foi possível, encaminhando-os na vida profissional. Desses alagoanos que trabalharam na “Luta Democrática”, destacam-se dentre outros: Ivan Barros, que depois foi para a revista Manchete, José Alves Damasceno, José Jurandir e José Machado.

Decadência do mito

Depois da cassação e da perda dos direitos políticos, começou o declínio do Homem da Capa Preta, ele, que já exercia tanto poder sobre sua região pelo trabalho assistencial que desenvolveu durante vários anos, e chegou a ser chamado de o Rei da Baixada Fluminense. Era amado pelo povo que ajudou, e odiado pelos adversários políticos que queriam ver o seu fim.

O exercício de sua atividade política era baseado nas relações pessoais, os interesses giravam em prol do favorecimento de pequenos grupos. Durante toda sua vida ativa, tratou muito bem dos necessitados, dando-lhes tudo o que era preciso, substituindo, por vezes, as obrigações do poder público, quando se antecipava às ações, nos casos de calamidades.

O desinteresse pela política veio a partir da derrota sofrida na disputa pelo governo do Estado da Guanabara, quando teve de amargar um terceiro lugar na votação. Em seguida, a cassação do mandato de deputado federal, e a perda dos direitos políticos, parecem ter sepultado os seus anseios políticos.
Crime do Sacopã

Como advogado Tenório Cavalcanti atingiu o auge quando assumiu a defesa do tenente Alberto Jorge Franco Bandeira, acusado de assassinar o bancário Afrânio Arsênio de Lemos, ex-funcionário do Banco do Brasil, fato ocorrido em abril de 1952, tendo como figura central a jovem Marina Andrade Costa, então namorada do oficial. Este caso, conhecido nacionalmente como “O crime do Sacopã”, graças à cobertura jornalística através da revista “O Cruzeiro”, mobilizou a atenção do país inteiro durante muito tempo.

Condenado 15 anos de prisão a ser cumpridos na Penitenciária Central do Rio de Janeiro, o tenente Bandeira foi para o presídio protestando inocência, sem que pudesse provar suas alegações. Tempo depois, Tenório Cavalcanti conseguiu reabrir o caso tentando provar a inocência de Bandeira, e colocá-lo em liberdade condicional. Em 1972, o Supremo Tribunal Federal anulou o julgamento por falhas jurídicas. O crime prescreveu em 1975, e Bandeira nunca voltou a julgamento.

Deputado pistoleiro

O jornalista David Nasser, da revista “O Cruzeiro”, edição de 15.10.1960, tece críticas sobre a vida violenta de Tenório Cavalcanti, cita seus crimes de morte, chamando-o de “Deputado pistoleiro”. Em carta ao jornalista, Tenório rebateu suas acusações. A seguir, trecho da resposta do parlamentar:

“Um menino que injúria, você David, fustiga-me e me provoca, como se eu gostasse de rinha. Diz que não tem mêdo de mim, e eu me rio e passo, gozando a injúria da criança e gostando da sua coragem, porque o corajoso não me atemoriza e, sim, o que tem mêdo. “O homem que mais me apavorou não foi o que me descarregou o revólver “Colt” de frente, e a quem abati em luta limpa. Mas um covarde que fêz, da tocaia, a cama. O corajoso disputou a vida como homem. O covarde armou-me 14 emboscadas. O primeiro foi esquecido. Teve enterro, mas não teve um pedestal na opinião dos que me acusam; o segundo foi imortalizado como vitima”.

Entrevistas e livros

O repórter Arlindo Silva, da revista “O Cruzeiro”, publicou em 1954, uma reportagem seriada, intitulada “Memórias de Tenório Cavalcanti”, contando desde sua origem até a vida política na Baixada Fluminense, construída a ferro e a fogo. O entrevistado abriu seu coração e contou tudo, confessando até que aos 47 anos de idade carregava 47 ferimentos de bala espalhados pelo corpo. Aceitou discutir casos polêmicos como a morte do delegado Imparato, apresentando elegantemente as suas versões, quase sempre contestadas pelos adversários políticos.

A figura fascinante de Tenório Cavalcanti foi contada ainda por suas filhas Maria do Carmo Cavalcante Fontes (“Tenório - O Homem e o Mito" - 216 páginas, Editora Record) e Sandra Cavalcanti Freitas Lins ( “Meu Pai, Tenório”) e por Israel Beloch no ensaio "Capa Preta e Lurdinha - Tenório Cavalcanti e o povo da Baixada", (desenvolvida como dissertação de mestrado). Tenório Cavalcanti faleceu no dia 7 de maio de 1987, em sua residência, no Rio de Janeiro, vitimado por uma pneumonia.

A biografia no cinema

O filme “O Homem da capa preta”, de Sergio Rezende (1986), estrelado por José Wilker, mostrou ao Brasil moderno a personalidade de Tenório Cavalcanti, um tipo de líder político da metade do século passado, que marcou época, deixando seu nome gravado na história do Rio de Janeiro, especialmente, na área conhecida como Baixada Fluminense, onde mandou e desmandou por quase 30 anos. Após assistir ao filme sobre sua vida, fez o seguinte comentário: Tá um pouco exagerado, mas cinema é assim mesmo.

O centenário

O centenário de nascimento de Natalício Tenório Cavalcanti de Albuquerque, ocorrido no ano de 2009, foi comemorado especialmente em Palmeira dos Índios, terra que o acolheu ainda muito jovem, e de onde saiu para tornar-se famoso no Rio de Janeiro e uma figura polêmica que sempre despertou discussões por todo o país.

Em Palmeira dos Índios as comemorações tiveram como ponto alto durante a sessão solene realizada na Casa Museu Graciliano Ramos, a presença de várias autoridades e convidados especiais, como, duas das filhas do homenageado, Vilma Tenório, residente no Rio de Janeiro, e Amparo Tenório Cavalcanti que reside em Maceió, além de sobrinhas e netas do político. O jornalista Laurentino Veiga, presidente da Associação Alagoana de Imprensa, incumbiu-se da palestra sobre a vida e a obra de Tenório.

A Câmara Municipal de Duque de Caxias, através de uma sessão especial realizada no dia 6 de maio, também homenageou Tenório Cavalcanti considerado um ícone na história política brasileira. O evento contou com palestra da professora de história Marlucia de Souza e ainda com uma mostra de imagens e objetos que pertenceram ao político alagoano e que ficaram expostas à visitação pública, no Instituto Histórico da Câmara Municipal.

Teatro amador do Cesmac estreia nesta quarta O Burguês Fidalgo

Ascom

O Centro Universitário Cesmac estréia nesta quarta-feira (1º) a montagem da peça O Burguês Fidalgo, do dramaturgo francês Jean Baptiste Poquelin, mais conhecido como Moliére – o mestre da comédia satírica. O espetáculo será encenado no Teatro do Sesi, com entrada gratuita, também nos dias 3 e 5, sempre às 20h. A narrativa será levada ao palco pelo grupo de teatro amador da instituição de ensino superior, sob a direção de Homero Cavalcante.
Este já é o quarto espetáculo produzido pelo Cesmac, em parceria com o diretor, ator e dramaturgo alagoano. Em 2007, Homero Cavalcante dirigiu a montagem do Auto da perseguição e morte do Mateu, de autoria de Luiz Gutemberg; em 2008, foi a vez de encenar Calabar: sonho e liberdade, de autoria do própria. No ano passado, ele assinou a direção da peça Comeram Dom Pero Fernão de Sardinha, do professor e historiador, Luis Sávio de Almeida.

Homero Cavalcante Nunes foi um dos fundadores da Associação Teatral das Alagoas (ATA), ao lado da atriz Linda Mascarenhas e do ator Ronaldo de Andrade. Ele também é professor de interpretação nos cursos de teatro da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). De produção fecunda, Cavalcante é autor de vários textos para teatro, entre eles, “Quando se deu o eclipse”, “A princesa Dorotéia”, “Com os burros n’água”, “Uma noite de natal”, além de “Calabar: sonho e liberdade” e “Eira, beira e ramo de figueira ou Dona Moça solteira” – ambos publicados em livro pelo Cesmac em abril do ano passado.

Sobre a peça

O Burguês Fidalgo é uma comédia de costumes que conta a trajetória de um rico padeiro chamado Jordão que sonha em fazer parte da nobreza, mas desconhece as regras sociais da aristocracia. Com muito humor, o enredo mostra a situações ridículas vividas pelo personagem central da trama na busca pela adequação e ascensão social.

Jordão não economiza dinheiro ou esforços para se tornar membro da nobreza. Para tanto, contrata professores de música, dança, artes marciais e filosofia, que brigam entre si para ver quem leva mais vantagem sobre o rico padeiro.

Embora tenha sido escrita em 1670, a peça ainda é bastante atual porque reflete as contradições e as tolices daqueles que tentam parecer o que não são, ou tentam negar suas origens sociais.

Molière nasceu em Paris no ano de 1622. Ele não apenas era dramaturgo como também ator, diretor e dono de uma companhia de teatro, a L’Illustre Tréâtre, em sociedade com os Béjarts - uma família de atores. Sua obra é ampla e inclui clássicos como Tartufo, O Avarento, o Marido Confundido, O Misantropo e O Doente Imaginário. Em comum, seus enredos revelam uma olhar mordaz e satírico sobre o comportamento social de sua época.

O artista morreu em 1673, depois de sofrer um colapso durante a apresentação da peça O Doente Imaginário. Sua esposa, Armande Béjarts, teve que implorar ao Rei Louis XIV que intercedesse junto ao Arcebispo de Paris para que o pudesse enterra-lo, um direito ao qual os atores tinham de abdicar ao escolher tal profissão

SERVIÇO

O Burguês Imaginário, de Moliére
Grupo de teatro amador do Cesmac, sob direção de Homero Cavalcante
Em cartaz: Teatro do Sesi – Pajuçara
Quando: dias 1, 3 e 5 de dezembro, às 20h
Entrada gratuita

Cepa recebe Semana Alagoana de Astronomia

Atividades começaram segunda e se estendem até o próximo sábado, dia 4

Repórter: Ricardo Moresi
Foto: Valdir Rocha

Realizar atividades para que toda sociedade alagoana usufrua de momentos de experimentação através da observação celeste, da construção de conhecimentos e da motivação para o estudo das ciências, em especial da Astronomia. Estes são os objetivos da Semana Alagoana de Astronomia que começou nesta segunda-feira, dia 29, no Observatório Astronômico Genival Leite Lima (OAGLL), no Centro de Ciências e Tecnologia da Educação Prof. Dr. Edmilson de Vasconcelos Pontes (CeCiTE), nas dependências do Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa), no bairro do Farol, em Maceió.

De acordo com Adriano Aubert Barros, professor da rede pública estadual e coordenador do Observatório Astronômico, a Semana Alagoana de Astronomia se estende até o próximo sábado, dia 4 de dezembro. “Este evento é comemorado em vários estados do Brasil no início do mês de dezembro, pois no dia 2 comemora-se o aniversário de D. Pedro II, monarca brasileiro que apoiou e estimulou a prática da ciência, em especial da Astronomia, em nosso país”, revela.

Programação

As atividades começaram na segunda-feira com a Exposição Paisagens Cósmicas e, também, observação do céu com telescópios. Na terça-feira, dia 30, aconteceu a palestra “Podcast Astroshow”, com o professor Luiz Lima do Nascimento.

Na quarta-feira, dia 1, das 19h às 22h, os visitantes poderão conferir a Exposição Paisagens Cósmicas e fazer observação do céu com telescópios. Na quinta-feira, dia 2, das 9h às 12h, será realizada uma oficina de Planisfério e Constelário e apresentações do Planetário. À tarde, das 14h às 17h, haverá a exibição do vídeo de Olho no Céu e lançamento de foguetes de garrafa Pet. À noite, das 19h30 às 22h, será realizada a palestra “D. Pedro II, o príncipe filósofo e Astronomia no Brasil. Este momento será conduzido por Kizzy Alves Resende.

Na sexta-feira, dia 3, das 9h às 12h, haverá a apresentação de trabalhos do Programa de Iniciação Científica em Astronomia – IniCiA. À tarde, das 14h às 17h, será feita a exibição do vídeo “Um Pálido Ponto Azul”. À noite, das 19h30 às 22h, será realizada a palestra “Exoplanetas e a possibilidade de vida extraterrestre”, que será ministrada por Romualdo Arthur Alencar Caldas.

No sábado, das 9h às 12h, haverá a exposição Paisagens Cósmicas e apresentação do filme “Contato”, de Carl Sagan. À tarde, das 14h às 17h, exibição do vídeo “Constelações”. À noite, das 19h30 às 22h, haverá a palestra “Um ano de atividades do Observatório Astronômico Genival Leite Lima. Este momento será conduzido pelo professor Adriano Aubert Silva Barros.

Adriano acrescenta ainda que Semana Alagoana de Astronomia conta com o apoio da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE), 15ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Usina Ciência da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas (CEAAL) e a Secretaria de Estado da Ciência da Tecnologia e da Inovação (SeCTI-AL).

terça-feira, 30 de novembro de 2010

“Alagoas de Pierre Verger” é o tema do novo livro de Douglas Apratto e Cármen Lúcia Dantas

Ascom

O historiador Douglas Apratto Tenório e a museóloga Cármen Lúcia Dantas lançam nova obra a quatro mãos. Trata-se do livro “Alagoas de Pierre Fatumbi Verger”, com patrocínio da Chesf, Governo do Estado de Alagoas, Governo Federal e acervo fotográfico da Fundação Pierre Verger. A noite de autógrafos será realizada nesta quinta-feira (2), às 19h, no Palácio Floriano Peixoto.

O livro, com textos em português e inglês, traz fotos inéditas do célebre fotógrafo francês Pierre Verger que imortalizaram sua passagem por Alagoas nos anos de 1947 e 1951. Em sua primeira viagem ao Estado, Verger passou duas noites e um dia no município de Penedo quando era repórter da revista O Cruzeiro, dos Diários Associados, que pertencia ao jornalista Assis Chateubriand.

Na sua segunda estadia em Alagoas, Verger permaneceu apenas um dia em Penedo, na companhia de dois grandes amigos: o artista plástico Carybé e o fotógrafo Mário Cravo. Vindos da Bahia de Jipe, eles pretendiam conhecer o artesão Mestre Vitalino, em Caruaru (PE). Mas na volta ainda passaram por Palmeira dos Índios e Delmiro Gouveia com destino a Paulo Afonso - onde Verger fotografou as obras de construção da hidrelétrica da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para a revista O Cruzeiro.

“Aqui de certa forma, Verger passou ao largo da religiosidade, característica de seu trabalho, para se fixar na estética e nos costumes diários da região”, descreve Cármen Lúcia Dantas, mencionando que foram rápidas, mas produtivas as duas estadias do fotógrafo etnólogo por Alagoas. “Paradoxalmente, o curto espaço de tempo bastou para imprimir no conjunto de sua obra o que havia de mais significativo nos lugares onde viajou”, reflete.

Segundo Cármen, rapidamente Verger conseguiu captar a alma e o modo de vida da cidade de Penedo da primeira metade do século XX. No livro, é possível contemplar imagens de banhos no rio, da fé, da força física e da estética da população penedense da época.

“É evidente que as embarcações exerceram um fascínio especial sobre o fotógrafo que dedicou a elas grande parte de sua atenção. Verger mapeou diferentes tipos de embarcações, com ênfase nas de velas abertas, fornecendo subsídios para comparativos entre o que se perdeu e o que resistiu ao tempo”, diz a museóloga. “Pode-se dizer que o conjunto de suas fotos compõe um mosaico imagético de cenas bem articuladas, onde a rotina do lugar aparece em primeiro plano”, reforça.

A ideia de criação desta nova obra de autoria dos amigos Cármen e Douglas se deu em 2006, quando ela foi convidada para colaborar com construção do catálogo da mostra itinerante “O Brasil de Pierre Verger” – que percorreu vários estados brasileiros até 2007 -, se dedicando ao capítulo com as fotos sobre as embarcações de Penedo, no Rio São Francisco. “Nessa ocasião tive a oportunidade de conhecer melhor o acervo brasileiro e alagoano do artista e tive uma grata surpresa. O registro que ele fez de Alagoas era simplesmente lindo, repleto de significado. A partir daí decidimos fazer a pesquisa que resultou em um calendário, com patrocínio da Fapeal em 2009, e que foi ponto de partida para publicação destelivro”, conta a museóloga.

De acordo com Douglas Apratto, para além da fotografia em si, o trabalho de Verger em Alagoas tem um sentido documental reiterado pelo fato de que boa parte dos costumes assinalados por ele sofreu mudanças significativas nas últimas décadas. “Mantendo a máxima de que fotografar é atribuir importância, Verger mostrou-se generoso na seleção dos objetos que encontrou no Estado. Em Penedo, foi do cotidiano ao histórico com a mesma maestria”, diz.

“O período que Verger passou em Alagoas é de grandes transformações no Estado e no Brasil. É a era do mundo bipolarizado, de cicatrizes malcuradas do conflito mundial, do capitalismo norte-americano contra a ameaça soviética e a cortina de ferro, em que os ecos da grande guerra contra o fascismo e o nazismo ainda ressoam em todos os ouvidos. Getúlio Vargas continuava sendo um mito, adorado e odiado na mesma proporção, e a efervescência política da redemocratização de 1945 chega com intensidade a todos os estados”, relembra o historiador.

Para ele é nítido o fascínio que a Alagoas miscigenada e sertaneja exerceu sobre o fotógrafo. “Verger se deparou com o mestiço local sem nenhuma produção preparatória, sem qualquer pose artificial; um jangadeiro arrumando sua embarcação para sair rumo à pescaria; um trabalhador em breve descanso de sua lida barrageira; uma cabocla contando pencas de banana em plena feira interiorana; mulheres cachimbando em agradável diálogo; a religiosidade popular nas procissões e nas cruzes erigidas nas caatingas são provas incontestes de que a técnica fotográfica se integra definitivamente à história como instrumento de preservação e da identidade dos povos”, afirma.

Sobre Pierre Verger - Pierre Fatumbi Verger nasceu em Paris no ano de 1902 no seio de uma típica família burguesa de origem belga e alemã. Até os 30 anos levou uma vida convencional dentro das expectativas familiares. Mas, após a morte de sua mãe, Verger decidiu dar uma volta ao mundo com a inseparável câmera Rolleiflex e registrou a diversidade geográfica, cultural e étnica de países dos cinco continentes.

Durante a trajetória de fotógrafo errante, de 1932 a 1946, Pierre Verger sobreviveu da produção fotográfica, publicando seus trabalhos em renomadas revistas como a Paris Soir, Daily Mirror (sob o pseudônimo de Mr. Lensman), Life e Match. "A sensação de que existia um vasto mundo não me saía da cabeça e o desejo de ir vê-lo me levava em direção a outros horizontes", afirmou certa vez. Em todos os lugares em que esteve Verger manteve um estilo de vida despojado, buscando se cercar de pessoas simples. Criar raízes e conquistar fama não estava entre os seus objetivos.

Contudo, ao desembarcar no Brasil, mais especificamente na Bahia, Pierre Verger descobriu uma nova paixão: a cultura do povo afro-descendente, do qual se tornou um grande estudioso. Na Bahia, o artista se tornou amigo das maiores personalidades baianas do século XX, entre elas Jorge Amado, Mãe Menininha do Gantois, Gilberto Gil, Walter Smetak,Mario Cravo, Cid Teixeira e Josaphat Marinho. Seu trabalho influenciou notadamente nomes consagrados da fotografia contemporânea como Mario Cravo Neto, Sebastião Salgado, Vitória Regia Sampaio, Adenor Gondim e Joahbson Borges - seu último assistente, apontado pelo próprio Verger como seu sucessor natural.

Na visão dele, o candomblé era a fonte da vitalidade do povo baiano e foi graças ao interesse despertado pelo culto dos orixás que o artista ganhou uma bolsa para estudar os rituais religiosos africanos na própria África. "O Candomblé é para mim muito interessante por ser uma religião de exaltação à personalidade do indivíduo. Nele pode-se ser verdadeiramente como se é, e não como a sociedade pretende que o cidadão seja. Para pessoas que têm algo a expressar através do inconsciente, o transe é a possibilidade do inconsciente se mostrar", disse. Vale ressaltar que Pierre Verger era ateu confesso.

E foi na África que o fotógrafo descobriu sua vocação para a pesquisa e viveu seu renascimento, recebendo o nome de Fatumbi - que significa nascido de novo graças ao Ifá (búzios - concha adivinhação). O Instituto Francês da África Negra (IFAN) não se contentou com os dois mil negativos apresentados como resultado da sua pesquisa fotográfica e solicitou que ele escrevesse sobre o que tinha visto. A contragosto, Verger obedeceu e acabou encantando-se com o universo da pesquisa e não parou nunca mais.

No final dos anos 70, Pierre Verger parou de fotografar e fez suas últimas viagens de pesquisa à África. Seus trabalhos lhe valeram o título de Doutor em Etnologia pela Universidade de Paris, Sorbonne, e também o de Babalaô pelo Candomblé. O artista morreu em 1996, aos 94 anos, deixando um legado formado por 65 mil negativos, gravações sonoras, filmes, coleção de documentos, artigos, manuscritos, livros e objetos preservados pela Fundação Pierre Verger, criada por ele mesmo em 1988.

Serviço:

Lançamento do livro “Alagoas de Pierre Fatumbi Verger”

Autores: Douglas Apratto Tenório e Cármen Lúcia Dantas

Data: 02/12/10

Horário: 19h

Local: Palácio Floriano Peixoto, Centro de Maceió.


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Prêmio Braskem de jornalismo teve participação de alunos do Cesmac

Fabyane Almeida
Foto Gazetaweb

Sete alunos do Centro Universitário Cesmac participaram da 21ª edição do Prêmio Braskem de Jornalismo, na categoria especial Freitas Neto. A entrega do Prêmio, que é considerado o Oscar alagoano, recebeu mais de 500 convidados entre jornalistas, estudantes e empresários da comunicação.

As estudantes Natália Souza e Fabyane Almeida do 6º, Michelle Farias, Ana Paula Silva e Rita Moura do 7º, Rafael Maynart e Mariana Lima do 8º inscreveram trabalhos que concorreram com outros estudantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e da Faculdade Integrada Tiradentes (FITS), que somaram 22 trabalhos.

A estudante Natália Souza ficou entre os finalistas com o trabalho: Morador de Rua: do medo à esperança.

Para Natália, “foi uma emoção muito grande estar entre os finalistas da categoria Freitas Neto, de um prêmio tão importante como é o Prêmio Braskem de jornalismo. É uma ótima oportunidade do aluno expor seus trabalhos e ter um reconhecimento de familiares, amigos e professores. Ano que vem estarei lá concorrendo de novo”.

Segundo Mariana Lima, o prêmio vem para dar um incentivo a carreira do vencedor. “Essa foi a primeira vez que me inscrevi num prêmio. Eu nunca me inscrevi em nenhum outro prêmio porque nunca tive conhecimento, acredito que faltava divulgação e incentivo por parte dos professores, valeu a participação”, afirmou a estudante do 8º período.

Para a coordenadora do curso de Jornalismo, Cristina Brito, o prêmio representa um estímulo. “O importante é o estímulo a produção jornalística acadêmica e o prêmio vem como reconhecimento desse trabalho e para dar um ânimo já que estamos passando por essa fase difícil com a queda do diploma”, explicou a coordenadora, que disse estar muito contente com a participação dos alunos.

O prêmio se torna uma vitrine para muitos estudantes. ”Essa participação dos alunos é muito importante e significativa, pois demonstra a preocupação dos estudantes em mostrar a sua produção para o mercado de trabalho. Afinal o Cesmac prepara o estudante tanto para o campo acadêmico, como profissional”, disse o professor da disciplina Laboratório de Pequenos Meios, Alexandre Lino.

“Acredito que nos próximos anos o número de estudantes cresça ainda mais e com produções cada vez melhores”, completou Alexandre.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Estudante de Publicidade do Cesmac disputa Guerreiros da Criação 2010

Edberto Ticianeli
Foto: Divulgação

O aluno Marcelo Casado conseguiu classificar seu vídeo para a final do Guerreiros da Criação 2010, um dos Prêmios de Publicidade mais importantes de Alagoas. Este ano o vencedor será escolhido por voto popular no Portal Tudo na Hora. A votação acontece até as 18 horas desta sexta-feira, 26, no endereço eletrônico http://www.tudonahora.com.br/.

Marcelo Casado acredita que tem muitas chances de ser o vencedor. “O meu vídeo tem 30 segundos e é uma divertida sátira a um dos maiores ícone da publicidade brasileira. Assista, divirta-se vote e indique, conto com você”, pediu o estudante.

Para votar em Marcelo Casado é só acessar o link: http://tudonahora.uol.com.br/video/jovem-guerreiro/2010/11/18/marcelo-adriano-casado.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Cojira-Alagoas comemora aniversário de três anos

Fonte: Ascom
Foto: Danielle Silva/Alagoas24Horas

No dia 24 de novembro, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de Alagoas (Cojira-AL) que é vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) completa três anos de atuação no Estado, e de contribuições para um jornalismo comprometido com a diversidade étnicorracial, de crenças e gênero.

E no sábado (27) no Sindicato dos Bancários de Alagoas a COJIRA-AL realizará um café da manhã especial para comemorar o aniversário. Na atividade também terá uma conferência sobre Mídia e Racismo ministrada pelo advogado e ativista Alberto Jorge Ferreira, o Betinho, que está como Presidente da Comissão de Defesa das Minorias Étnico-Sociais da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB-AL).

A inscrição é gratuita, mas as vagas são limitadas! Para participar, deve-se enviar o nome completo, contato (email e telefone) e ocupação (se é jornalista profissional, estudante de jornalismo ou ativista) para o email: cojira.al@gmail.com. Contatos: (82) 9999-1301 / 8831-3231.

Acesse também: http://www.cojira-al.blogspot.com/

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O Centenário do Deodoro

Laise Moreira

Todos sabem que dia 15 de novembro é comemorado o dia da Proclamação da República. Mas o que poucos sabem é que nesse mesmo dia o Teatro Deodoro comemora 100 anos de existência.

Para comemorar essa data a Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (DITEAL) está realizando até o dia 20 deste mês uma série de atrações musicais, teatrais, de dança, homenagens e até o lançamento de um livro sobre os 100 anos do teatro que foi realizado pela diretoria.

Hoje (17) será encenada a peça “Patinho Feio”, às 17h. Amanhã (18) será a vez do espetáculo “A Parte do Índio Perí – Homenagem aos mestres Verdelinho e Victória e concerto á quatro mãos com “Selma Brito e Levi Guedes”, a partir das 20h.

No dia 19 o espetáculo teatral da Cia. da Meia Noite apresentará a peça “Meu Pé de Fulô”, a partir das 17h30 e às 19h será entregue as comendas Mérito dos Palmares com a apresentação do show afro “Oní Xé a Awuré”, de Edu Passos, mas neste dia as atrações são restritas para convidados.

Para finalizar as ações de comemoração no dia 20 será exibida a peça “Lua Cabará”, da ària Social de Pernambuco, às 20h. O valor dos ingressos é de R$10 estudante e R$20 inteira.

Teatro Deodoro

O teatro que foi recentemente restaurado, ganhou uma pintura com as cores originais de 100 anos atrás. Além disso o centenário recebe um novo equipamento de segurança: um sistema antipânico, elétrico e anti-incêndio.

Segundo o diretor-presidente da Diteal, Juarez Gomes de Barros, a reforma foi comum, mas foi cirúrgica. A reforma foi a maior já feita na história do teatro e custou aos cofres do Estado R$2,5 milhões.

Mais informações através dos telefones 3315-5665 / 5656 ou pelo ascomteatro.blogspot.com

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Estudantes do curso de História da Fecom promovem Semana da Consciência Negra no Cesmac

Natália Souza

O pátio da Faculdade de Comunicação (Fecom) do Cesmac se vestiu de preto na noite da última terça-feira,16. Alunos de diversos períodos do curso de história, coordenados pelo professor Zezito de Araújo, deram início à Semana da Consciência Negra do curso de História do Cesmac, que tem como principal objetivo, levantar questionamentos sobre a situação do negro no Brasil, levando em consideração o aspecto histórico e a realidade contemporânea na qual vivemos.

Visando desmistificar conceitos preconceituosos que negam a presença dos afro-descendentes na construção do Brasil, o grupo de futuros historiadores partiu do viés e de recortes como a Mão Afro-Brasileira, destacando a contribuição e participação de comunidades afro-brasileiras, desde o período colonial até a atualidade, do ponto de vista artístico.

“É preciso que haja um reconhecimento da potencialidade dos povos afro-brasileiros nas artes plásticas brasileiras”, comentou o professor Zezito Araújo.

Outro viés abordado pelos estudantes do curso foi quanto à questão da cosmogonia das religiões afro-brasileiras, através da exposição de fotografias e ilustrações de entidades e deuses que já foram, inclusive, temas de novelas, peças de teatro e obras literárias, como Iemanjá, Oxum, Nagoya, Xangô, Exu, entre outros.

De acordo com o estudante do 1º período do curso de história, Thiago Lima, é de grande relevância a realização da mostra para a conscientização sobre a riqueza da cultura afro.

“Dia 20 é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra, e essa mostra possibilita, além de aprofundarmos nossos conhecimentos, uma integração com os outros alunos para que eles possam entender o verdadeiro sentido deste dia”, comentou.

“A cultura afro-brasileira é muito rica em histórias e personalidades. É impossível falar da cultura afro-brasileira e não lembrar de Zumbi. O primeiro e grande herói brasileiro reconhecidamente enquanto vivo”, completou Thiago.

A abertura da Semana da Consciência Negra do curso de História do Cesmac, ainda contou com uma palestra sobre “O pensamento da elite alagoana, a partir da presença negra em Alagoas”, proferida pelo professor e doutor Sávio Almeida.

A programação, que segue durante a semana, contará ainda com palestras, painéis, mostras de vídeos, e mostras de diversos ritmos afro-brasileiros como hip-hop, samba, encerrando a semana, na sexta-feira, como uma apresentação de um grupo de capoeira.

Ação Social mostra a importância do NEAFA aos alunos e funcionários da FECOM

Alana Alves

Alunos do 7º período do curso de Publicidade e Propaganda receberam uma missão especial da professora Alessandra Marques Luz: Realizar uma ação social para o Núcleo de Educação Ambiental Franscisco de Assis - NEAFA A execução dessa missão resultaria na nota referente à 2ª avaliação da disciplina de Técnicas de Produção de Vendas e Merchandising.

Divididos os grupos e sorteados os temas, as equipes tiveram como objetivo divulgar e promover o trabalho realizado pela instituição. O resultado apresentado nesta terça-feira movimentou o pátio da FECOM.

A ação escolhida por um dos grupos foi mostrar um vídeo institucional sobre o NEAFA. O outro grupo distribuiu balões em forma de cães e panfletos informativos.

Segundo a professora Alessandra Marques Luz, todo semestre é solicitados aos alunos trabalhos como este. Na 1ª avaliação, os alunos realizam uma ação promocional, e na 2ª uma ação social, onde “vendem um produto” que mexe com a emoção das pessoas. “É importante para os alunos saírem da sala de aula e poder colocar em prática o que se é ensinado”, complementa.

A estudante Moriá Flori, conheceu o NEAFA através do trabalho dos alunos e adotou uma cachorrinha. “A Nicole é muito dócil, sempre está quietinha”, falou. Moriá, que já tinha um cão da raça Pug, disse que foi muito fácil adotar. “Tive apenas que assinar um termo de responsabilidade”, explica.

O estudante Edberg Calheiros, um dos integrantes que estava realizando a ação, disse que esse trabalho é importante não apenas pela execução da teoria ensinada em sala, mas também, para conhecer o trabalho de uma instituição séria como o NEAFA. “Lá na instituição vi muitos animais maltratados, que com certeza já sofreu muito, um deles tem apenas 3 patas, mas mesmo assim é lindo. Aprendi a não ter preconceitos com cães abandonados”, completou.

O NEAFA

O Núcleo de Educação Ambiental Franscisco de Assis, mais conhecido como NEAFA, é uma organização civil de interesse público, sem fins lucrativos, formada por voluntários e colaboradores que contribuem com dinheiro, doações, tempo e habilidades para diminuir a quantidade de animais abandonados e minimizar o sofrimento de animais de rua.

O NEAFA tem como mais importante atividade a esterilização de gatos e cães da população carente, resgatados nas ruas ou semi domiciliados. Além disso, o Neafa realiza atendimento clínico veterinário gratuito, vacinação, promove adoção de animais e a conscientização sobre a posse responsável de animais e respeito ao meio ambiente. www.neafa.org.br

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Rafael Pitanguy em Maceió

Victor Brasil

Estudantes, profissionais e interessados em publicidade e propaganda terão a oportunidade de participar de uma palestra com um dos mais renomados profissionais da área, Rafael Pitanguy. O evento, que acontecerá no próximo dia 27 no Hotel Radisson, é uma realização do movimento Mob 2.0.

A programação está marcada para começar às 13h30, onde os participantes vão passar por uma rodada de credenciamentos. Já a palestra, está agendada para começar às 14h. “Pedimos para os participantes chegaram com vinte minutos de antecedência, portando um documento de identificação com foto”, alerta Rafael Quintella, responsável pelo evento.

As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.mob.art.br/, e custam a partir de R$100,00. Elas podem ser divididas em até 12 vezes nos cartões ou boleto bancário.

Palestrante

Formado em publicidade pela Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rafael Pitanguy é diretor de criação da Agencia África, em São Paulo, onde é responsável pelas contas da Vivo, Mitsubishi e Rider.

O profissional tem passagens por agencias do Rio de Janeiro, de São Paulo e também de Portugal. No Rio de Janeiro, iniciou sua carreira na agencia Doctor, de onde pulou para a Script e em seguida, para a Giovanni+Draft, FCB. Em São Paulo, ele fez parte da equipe criativa da própria África e de lá partiu para a Fischer Lisboa, onde permaneceu por dois anos. Voltou para o Brasil a convite da Lew,Lara/TBWA e acabou retornando para a África, agora como diretor de criação.

Com diversos prêmios nacionais e internacionais, destacam-se quatro leões no Festival de Cannes, sendo dois de ouro e dois de prata, entre outros.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eleições na Fecom

Estudantes de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Cesmac vão escolher nova coordenação do Centro Acadêmico Graciliano Ramos

Edberto Ticianeli
Foto: Divulgação

“Infelizmente só houve a inscrição de uma chapa”. A constatação é de Viviane Aline dos Santos, uma das componentes da Comissão Eleitoral encarregada de conduzir o processo de eleição da nova gestão do CAGR. Aluna do 2º período de Publicidade e Propaganda, Viviane afirma que passou a achar importante a organização dos estudantes quando participou da Semana da Comunicação Alternativa. “Foi uma boa iniciativa do CA”, elogia.

Segundo a representante da Comissão Eleitoral, com o encerramento das inscrições de chapa começa o período de campanha, que vai até o dia 17 de novembro, quando será realizado um debate. No dia 18 acontece a eleição entre às 18h30min e 21h30min, com apuração e divulgação do resultado às 22h. A nova coordenação tomará posse no dia 19 de novembro. Viviane Aline orienta que os alunos devem portar um documento de identidade para se habilitarem a votar.

Cursando o 3º período de Jornalismo, Fernando Nunes é um dos coordenadores da única chapa inscrita, a Alterando as Estruturas. Ele avalia que a atual gestão fez um bom trabalho, que merece ter continuidade. “Queremos manter um diálogo aberto com os estudantes, principalmente trazendo a ideia de que o comunicador social tem uma atuação mais ampla na sociedade. Vamos lutar pela democratização dos meios de comunicação e combate as opressões, tudo em conjunto com a Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação. É preciso que o futuro comunicador social tenha essa discussão para poder chegar ao mercado de trabalho se reconhecendo como pessoa importante para a sociedade”, diz.

Fernando Nunes identifica que a estrutura do curso de Comunicação Social do Cesmac é boa, mas subutilizada. ”Ela nos permite fazer muito mais do que é feito hoje. Nós temos bons laboratórios com bons equipamentos. Lamentavelmente isso só é utilizado para atividades em sala de aula. É preciso que o estudante consiga praticar aqui também, por exemplo, com um jornal laboratório. Não podemos ficar somente sendo explorados nos estágios”. Fernando avalia que um jornal laboratório não pode ser restrito a uma única disciplina, mas deve ser utilizado pelos estudantes durante todo o curso.

A chapa Alterando as Estruturas propõe ainda a criação de um Núcleo de Produção Integrada, para que todo o material produzido pelos alunos da Fecom seja veiculado nas mídias da faculdade. Fernando Nunes esclarece que a proposta do grupo é a de conduzir as reivindicações de maneira pacífica. “Sempre procurando o diálogo para conseguirmos bons resultados” conclui.

Eleitores

O curso de comunicação social do Cesmac tem 270 estudantes aptos a votar, segundo informa a professora e coordenadora do curso, Ana Cristina Brito. A chapa Alterando as Estruturas tem demonstrado preocupação com o baixo interesse dos alunos pelo processo eleitoral, a exemplo da assembléia do dia 5 de novembro, que teve pouca participação dos estudantes na aprovação da comissão e do calendário eleitoral.

O distanciamento dos estudantes em relação ao movimento estudantil pode ser notado na indiferença de Edberg Calheiros, do 7º período de Publicidade e Propaganda, que mesmo reconhecendo a importância da organização estudantil, não se sente estimulado a participar. “Eu acompanhava as gestões anteriores, agora eu não sei quem faz parte, nem o que eles fazem. Não vejo nada realizado pelo CA. Só lembrei que existia movimento estudantil por aqui quando vi a convocação para a assembléia para definir detalhes da eleição”, diz Edberg Calheiros.

Lucas Tenório, do 4º período de Jornalismo, também reconhece o CAGR como importante para os estudantes, mas cobra uma atuação maior em defesa dos alunos. “Lamentavelmente, não estou vendo muito empenho. Veja a questão da segurança: aqui tem duas catracas que não servem para nada. Qualquer pessoa pode entrar aqui e a gente não sabe se é estudante. Pode haver assalto”, reclama. Ele informa ainda que não estava sabendo das eleições, mas revela que vai participar.

A estudante Mariana Lins, do 8º período de Jornalismo, também declara que não tinha nenhuma informação sobre as eleições. “Eu não tenho visto nenhum trabalho desse Centro Acadêmico, não sei quem compõe essa gestão e nem vejo eles conversando com os estudantes sobre as nossas reivindicações”, critica. A Comissão Eleitoral aceita como natural os questionamentos, mas acredita que no período de campanha vão surgir os esclarecimentos e que, ao final, os estudantes vão participar das eleições no dia 18 de novembro, fortalecendo o Centro Acadêmico Graciliano Ramos.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Curso gratuito do Valor Econômico

Para marcar os 10 anos de fundação o jornal Valor Econômico lançou o 1º Curso de Jornalismo para recém-formados e estudantes dos últimos 2 anos. O curso, gratuito, será dividido em duas turmas de 20 alunos, com início previsto para fevereiro (primeira turma) e abril (segunda turma) de 2011. Os alunos mais promissores poderão ser convidados a fazer parte da equipe do jornal. Interessados devem enviar currículos no corpo do e-mail até 20/11 para curso@valor.com.br

Start promove concurso para definir logomarca

Agência Experimental de Comunicação premiará o trabalho mais criativo

Natália Souza

Que tal usar a sua criatividade e talento para criar a logomarca da Agência Experimental de Publicidade & Propaganda do Centro Universitário CESMAC?

Se você aceita o desafio, a START Publicidade Experimental está com inscrições abertas para o concurso que vai escolher a sua logomarca. As inscrições vão até o dia 30 de novembro e devem ser feitas das 13h às 21h30, na secretaria da Faculdade de Educação e Comunicação (Fecom – Cesmac).

O concurso é destinado exclusivamente a alunos regularmente matriculados no curso de Comunicação Social do Cesmac, nas suas 2 habilitações. O objetivo é premiar o talento da instituição. Para isso, o interessado deve usar toda a criatividade para definir, em uma logomarca, o conceito da agência.

Os demais requisitos você pode conferir no edital do concurso, disponível no Cesmac Online.

START

Lançada durante o 3º Congresso Acadêmico do CESMAC, que aconteceu de 13 a 15 de outubro, de 2010, a agência surgiu da necessidade de um laboratório experimental do curso de Publicidade e Propaganda, que ganhou vida através de uma iniciativa da professora Alessandra Marques, coordenadora do projeto.

O nome da Agência foi escolhido por votação realizada pelo Portal Universitário, onde estudantes e professores puderam participar da votação. Aproximadamente 5 alunos do curso de Publicidade e Propaganda formam a equipe da Start.

Segundo o estudante de publicidade, David França Medeiros, a agência é de grande importância não só para a formação acadêmica, como também a profissional. “Lá colocamos em prática algumas das funções do profissional de publicidade e propaganda. Eu, por exemplo, estou investindo em um relacionamento profissional com o cliente de um dos projetos da agência”, revelou.

“A Start não se limita apenas para os estudantes que fazem parte dela diretamente. Uma das nossas propostas é a interatividade e a prova disso é a realização do concurso para escolher o logo”, completou David Medeiros.

A estudante do sétimo período de publicidade, Dayana Porto, salientou que enxerga a agência como uma ponte importante para o campo profissional. “O mercado de trabalho está cada vez mais exigente. Pequenas coisas fazem a diferença na hora da empresa escolher qual será o mais novo funcionário. Constar no currículo a experiência de ter passado pela START, é uma garantia que estamos preparados para enfrentar o mercado publicitário.

A Agência Start também pode ser acompanhada pelo perfil no twitter @cesmacstart.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Profissionais da Globo e Record prestigiam Prêmio Braskem de jornalismo

Evento será dia 20, na casa de festas Armazém Uzina

Fonte: Sindjornal

Grandes nomes do jornalismo brasileiro estarão em Maceió no próximo dia 20 para participar do julgamento final e da solenidade de premiação do Prêmio Braskem de Jornalismo 2010. O evento, realizado pelo Sindicato dos Jornalistas em parceria com a Braskem, vai premiar os autores das melhores reportagens produzidas no Estado entre 2009 e 2010, além de trabalhos estudantis e de assessoria de imprensa.

Fazem parte da comissão julgadora os jornalistas Marco Nascimento (Rede Record), Carla Vilhena (Rede Globo), Eduardo Ribeiro (Mega Brasil), André Teixeira (O Globo) e Lucia Caetano (Companhia de Notícias). Eles julgarão, junto com professores das faculdades de jornalismo, mais de 200 trabalhos, distribuídos em dez categorias. A primeira fase do julgamento começou há dez dias e está selecionando os finalistas.

Esta é a 21ª edição do Prêmio. Criado em 1989, com o patrocínio da Salgema Indústrias Químicas – atual Braskem, ele é considerado o “Oscar” do jornalismo alagoano. Na edição deste ano participam 118 jornalistas, 17 estudantes e 15 veículos de comunicação, além de sete instituições públicas e privadas que possuem assessoria de comunicação. Ao todo foram inscritos 218 trabalhos, dez a mais que na edição do ano passado.

CONCORRÊNCIA

A Gazeta de Alagoas e O Jornal foram os veículos que mais inscreveram trabalhos (47 cada), seguidos pela Tribuna Independente (26), TV Gazeta (15), TV Pajuçara (9) e TV Educativa (5). Estão presentes ainda os portais de notícia da Internet, bem como publicações de periodicidade semanal. Os veículos cujos profissionais inscreveram mais trabalhos receberão troféus da organização do Prêmio.

A categoria com mais reportagens inscritas foi webjornalismo, com um total de 32. Em seguida vieram Reportagem de TV e Fotografia (29 cada), Reportagem Impressa (28), Design Gráfico (26), Informação Econômica/Política (23), Informação Cultural Turística (12), Informação Esportiva (10) e Assessoria de Imprensa (7). A categoria especial Prêmio Freitas Neto, destinada aos estudantes, teve 22 trabalhos inscritos.

O vencedor de cada categoria receberá troféu e uma premiação em dinheiro. Serão distribuídos R$ 33.500,00 com os ganhadores, incluindo o vencedor da categoria principal, que é o Grande Prêmio Braskem de Jornalismo.

MEDALHA DENIS AGRA

O jornalista Valter Oliveira será o homenageado deste ano com a Medalha Denis Agra, destinada ao profissional cuja vida profissional, retidão de caráter e esforço pessoal tenham contribuído com a Imprensa Alagoana. Ex-presidente e ex-tesoureiro do Sindicato dos Jornalistas, Valter Oliveira, que também é procurador aposentado, atuou diversos anos no jornal Gazeta de Alagoas, contribuindo não só para o crescimento do jornalismo local, mas para a organização dos jornalistas no Estado.

LOCAL DA FESTA

A solenidade festiva do Prêmio Braskem de Jornalismo 2010 será na casa de eventos Armazém Uzina (bairro de Jaraguá), a partir das 20 horas do dia 20. O Acesso será mediante a apresentação de convite. Participarão cerca de 500 pessoas, entre jornalistas, estudantes, autoridades, empresários da comunicação e outros convidados.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Aluno do 2º período de Publicidade e Propaganda vence prêmio

Laíse Moreira
Foto: Divulgação

O aluno do 2º período de publicidade do Cesmac, Marcelo Casado, ganhou em primeiro lugar o 1º Prêmio Criativo Grafimarques de Publicidade e Design, na categoria Prêmio Criativo Grafmarques Universitário.

Em sua primeira edição o prêmio é uma iniciativa da GrafMarques, e busca estimular a criatividade dos que usam o talento em favor da imagem de pessoas e produtos, contemplando os profissionais, agências de publicidades, empresas e jovens universitários. http://www.grafmarques.com.br/interno.php?pag=grafnews&cod=92

Marcelo Casado, além desse prêmio, também ganhou, junto à empresa onde trabalha, Unicompra, o Prêmio de Responsabilidade Sócio-Ambiental.

Esse não é o primeiro concurso que Marcelo participa, no ano passado ele concorreu no Guerreiros da Criação e afirma querer participar de todas as premiações de publicidade e propaganda que aparecer. “Quero agradecer muito a Grafmarques pela iniciativa, pois em Alagoas nós universitários não temos muitos estímulos como esse. E em meio a grandes agências do estado, ganhar um prêmio como esse é muito satisfatório,você acaba se destacando, isso é muito bom”, afirma Marcelo.

Na categoria universitária a premiação foi um troféu e a opção de quatro meses de estágio na Grafmarques ou um cheque de R$ 1.000. Na categoria de Responsabilidade Sócio-Ambiental, a empresa que Marcelo trabalha ganhou o troféu e uma TV LCD 32 polegadas.

Campanha

O tema da premiação foi Alagoas. Marcelo utilizou esse tema para defender o estado e mostrar aos visitantes quais os motivos que ele teria para visitar o estado. “A peça Alagoas em Todos os Sentidos tentou mostrar para o visitante que ele tem todos os seus sentidos, tato, olfato, paladar e outros, estimulados ao visitar o estado”, contou. Marcelo faz questão ainda de destacar as pessoas que trabalham na empresa com ele e que também ganharam o prêmio.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Navegar é preciso

IMA faz ajustes no projeto antes do barco-escola entrar em funcionamento regular


Edberto Ticianeli
Fotos: Edberto Ticianeli

Após o passeio inaugural, no dia 23 de setembro, que apresentou o barco-escola aos universitários, jornalistas e professores, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas vem estudando a experiência para poder iniciar, com regularidade, as aulas do projeto Navegando com o Meio Ambiente. A iniciativa é coordenada pela Divisão de Educação Ambiental do IMA e teve o apoio da Braskem na construção do barco, que tem capacidade para 100 pessoas.

A equipe de professores do barco é composta por dois biólogos, um geógrafo e um educador ambiental. Eles farão três passeios semanais com alunos da rede pública, para que conheçam o estuário das lagoas Mundaú e Manguaba, e a situação de degradação de alguns dos seus pontos, como o canal do Trapiche. O IMA pretende segmentar esse público em crianças, estudantes do nível médio e universitários.

O diretor-presidente do IMA, Adriano Augusto de Araújo Jorge, faz a previsão de que em um ano, mais de 15 mil alunos e mil professores já terão participado do projeto. “O nosso maior interesse é dar oportunidade para as pessoas conhecerem, para que elas se apaixonem e peguem para si a responsabilidade de preservar”, conclama. Ele espera, ainda, que a iniciativa sensibilize as pessoas para não utilizarem equipamentos indevidos de pesca e não desmatarem, consumindo responsavelmente os recursos naturais.

Comunidade

O pescador Amaro Joaquim do Nascimento, 77, morador de Santa Rita, em Marechal Deodoro sabe os problemas causados pela poluição nos canais da região. Ele lembra que eram muitos os pescadores e, mesmo assim, não faltava camarão. “Acabou tudo. Colocaram uma droga no canal e, hoje, o peixe mal dá para o pescador almoçar. Nem para transportar turista a gente serve. Eles passam direto para o Francês e o Gunga e só vêm aqui para comer nos restaurantes e vão embora”, reclama. Quando soube da existência do barco-escola, Amaro Joaquim apoiou a iniciativa. “Eu acho muito bom que exista um projeto desses para a nossa comunidade, que ajude a educar nossas crianças a não poluírem as lagoas”, concluiu.

Do outro lado da ilha, na Barra Nova, o pescador Ednor Souza dos Santos, 63, também reclama da diminuição dos pescados. “Quando eu comecei a pescar, há 30 anos, a situação era melhor, mas agora está difícil. Não há estímulo para ser pescador, mas um projeto como esse do barco-escola é bom para ensinar a juventude a tratar melhor a lagoa”, diz. Outro pescador da Barra Nova, Edvaldo Silva da Costa, 63, mesmo concordando com a importância da educação para as crianças, identifica nos adultos a causa da poluição. “Veja o exemplo aqui dos bares do Canal da Prainha, que não deviam existir. Eles jogam as latinhas de cerveja, jogam tudo dentro da Manguaba. Não tem saneamento”, denuncia. Ele cobra uma fiscalização mais intensa para impedir isso. “O pescador que precisar sobreviver só da pesca, vai passar fome. A Barra Nova está se acabando”, profetiza.

As professoras da Escola Municipal Adelina de Carvalho Melo, na Santa Rita, e da Escola Municipal José Bispo ainda não tinham conhecimento do projeto, mas também elogiaram a iniciativa e se colocaram à disposição para contribuir. Uma delas sugeriu que o IMA indicasse, em cada escola, uma monitora para acompanhar o projeto. O pescador Amaro Joaquim do Nascimento também cobra a participação da comunidade: ele propôs que, em cada passeio do barco-escola, seja convidado um velho pescador para poder contar um pouco da história de cada lugar. Como o projeto está em fase de reajustes, espera-se que a integração com os moradores da região aconteça.

Chegaram novos livros na biblioteca da Fecom

Laise Moreira
Foto: Laise Moreira

A biblioteca da Faculdade de Educação e Comunicação (Fecom) recebeu até o mês de setembro cerca de 430 livros para os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Ainda estão previstos para chegar mais livros novos e mais exemplares dos que já tem no local.

Segundo a coordenadora dos cursos, Cristina Brito, todos os professores apresentaram uma lista de livros para que a faculdade adquirisse. “Eles nos informam quais os livros eles irão utilizar no plano de ensino e nós providenciamos os títulos. Compramos também mais exemplares dos que já tinham na biblioteca, aumentando assim a possibilidade do aluno encontrar disponível o livro que deseja”, disse ela.

Chegaram na biblioteca 15 exemplares do Manual de Radiojornalismo: produção, ética e internet de Maria Elisa e Heródoto Barbeiro; um exemplar de Como definir uma amostra numa pesquisa científica, de Eliseu Diógenes e Lavínia Suely Dorta Galindo; 12 exemplares de empresariais diante do novo consumidor, de Cleusa Gertrudes Gimenes Cesca e Wilson Cesca; Dois exemplares de Jornalismo Digital, de Pollyana Ferrari; 15 exemplares de Jornalismo Investigativo, de Luiz Amaral e Cleofe Monteiro de Sequeira; 15 exemplares de Redação Publicitária, de Tânia Hoff e Lourdes Gabrielli; 10 exemplares de Propaganda e Promoção Integrada da Marca, de Thomas C. O’Guinn, Chris T. Allen e Richard J. Semenik.

Ainda faltam atualizar muitos livros principalmente na área de jornalismo digital, mídias sociais e outros temas. Para a aluna do 8º período de Jornalismo, Mariana Lima essa medida foi providencial. “Muitos livros que eu preciso para o meu TCC chegaram, então foi muito bom para mim e para muitos colegas da faculdade também estavam precisando de livros novos”, contou ela.

Reservas de livros

Os alunos podem acessar a página da biblioteca no site http://www.fejal.br/biblioteca/ e verificar quais os livros que estão disponíveis e reservá-los. Cada aluno tem direito a três livros por vez e podem ficar com eles até sete dias úteis. Caso não devolva no dia, os alunos pagam uma multa de R$ 2 por livro e por dia de atraso.