quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Teatro amador do Cesmac estreia nesta quarta O Burguês Fidalgo

Ascom

O Centro Universitário Cesmac estréia nesta quarta-feira (1º) a montagem da peça O Burguês Fidalgo, do dramaturgo francês Jean Baptiste Poquelin, mais conhecido como Moliére – o mestre da comédia satírica. O espetáculo será encenado no Teatro do Sesi, com entrada gratuita, também nos dias 3 e 5, sempre às 20h. A narrativa será levada ao palco pelo grupo de teatro amador da instituição de ensino superior, sob a direção de Homero Cavalcante.
Este já é o quarto espetáculo produzido pelo Cesmac, em parceria com o diretor, ator e dramaturgo alagoano. Em 2007, Homero Cavalcante dirigiu a montagem do Auto da perseguição e morte do Mateu, de autoria de Luiz Gutemberg; em 2008, foi a vez de encenar Calabar: sonho e liberdade, de autoria do própria. No ano passado, ele assinou a direção da peça Comeram Dom Pero Fernão de Sardinha, do professor e historiador, Luis Sávio de Almeida.

Homero Cavalcante Nunes foi um dos fundadores da Associação Teatral das Alagoas (ATA), ao lado da atriz Linda Mascarenhas e do ator Ronaldo de Andrade. Ele também é professor de interpretação nos cursos de teatro da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). De produção fecunda, Cavalcante é autor de vários textos para teatro, entre eles, “Quando se deu o eclipse”, “A princesa Dorotéia”, “Com os burros n’água”, “Uma noite de natal”, além de “Calabar: sonho e liberdade” e “Eira, beira e ramo de figueira ou Dona Moça solteira” – ambos publicados em livro pelo Cesmac em abril do ano passado.

Sobre a peça

O Burguês Fidalgo é uma comédia de costumes que conta a trajetória de um rico padeiro chamado Jordão que sonha em fazer parte da nobreza, mas desconhece as regras sociais da aristocracia. Com muito humor, o enredo mostra a situações ridículas vividas pelo personagem central da trama na busca pela adequação e ascensão social.

Jordão não economiza dinheiro ou esforços para se tornar membro da nobreza. Para tanto, contrata professores de música, dança, artes marciais e filosofia, que brigam entre si para ver quem leva mais vantagem sobre o rico padeiro.

Embora tenha sido escrita em 1670, a peça ainda é bastante atual porque reflete as contradições e as tolices daqueles que tentam parecer o que não são, ou tentam negar suas origens sociais.

Molière nasceu em Paris no ano de 1622. Ele não apenas era dramaturgo como também ator, diretor e dono de uma companhia de teatro, a L’Illustre Tréâtre, em sociedade com os Béjarts - uma família de atores. Sua obra é ampla e inclui clássicos como Tartufo, O Avarento, o Marido Confundido, O Misantropo e O Doente Imaginário. Em comum, seus enredos revelam uma olhar mordaz e satírico sobre o comportamento social de sua época.

O artista morreu em 1673, depois de sofrer um colapso durante a apresentação da peça O Doente Imaginário. Sua esposa, Armande Béjarts, teve que implorar ao Rei Louis XIV que intercedesse junto ao Arcebispo de Paris para que o pudesse enterra-lo, um direito ao qual os atores tinham de abdicar ao escolher tal profissão

SERVIÇO

O Burguês Imaginário, de Moliére
Grupo de teatro amador do Cesmac, sob direção de Homero Cavalcante
Em cartaz: Teatro do Sesi – Pajuçara
Quando: dias 1, 3 e 5 de dezembro, às 20h
Entrada gratuita

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