sexta-feira, 29 de abril de 2011

Professores do Cesmac farão doutorado na França

Yulia Amaral

Reunião com os professores no Cesmac
(Foto: Ascom/Cesmac)
Os professores do Centro Universitário Cesmac, Jorge Vieira, Luiz Cunha e Manoel Henrique, viajaram para a França na última quarta-feira (27), para defender teses em doutorados na Universidade Stendhal Grenoble III, localizada na cidade de Grenoble. O doutorado é resultado de Acordo de Cooperação Acadêmica que o Cesmac fez com a universidade em questão, tendo sido efetivado com liberação vinda da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas Gerais. A duração do curso é de três anos e as aulas acontecerão entre os meses de abril e junho. 

O professor Jorge Vieira, da Fecom (Faculdade de Educação e Comunicação), defenderá a tese “Textos midiáticos e representação identitária: a ressignificação dos povos indígenas do Sertão de Alagoas”, que se trata de estudar uma população que há dez anos era considerada extinta. Sobre a oportunidade de fazer doutorado no exterior, Vieira destaca: “É um sonho que realizarei, onde passarei por uma ótima experiência com outros povos, outras culturas. Voltarei com uma nova visão de mundo e tenho a missão de retornar com conhecimento necessário para contribuir com o crescimento do Cesmac, a formação dos alunos e com o desenvolvimento de Alagoas”.

A tese sobre “A mitogênese do Sertão nordestino: imagens literárias e imagens fotográficas”, será defendida pelo professor Luiz Cunha, também da Fecom. O professor pretende analisar com muito cuidado, estudo e dedicação, os fotógrafos e obras relacionados à sua tese. “Inicio uma fase de estudo e trabalho, mudanças e delimitações sobre o assunto que escolhi. Espero obter mais conhecimento e muitas informações importantes para a minha formação profissional”, falou, sobre a expectativa que possui a respeito do doutoramento.

Manoel Henrique, professor da FCSA (Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas), é professor do curso de Teologia no Cesmac e o tema que ele escolheu para trabalhar é sobre  “As Linguagens Simbólicas da Fé: Prédicas, Ritos e Mitos”.

A coordenadora de Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade & Propaganda) do Cesmac, Cristina Brito, considera maravilhosa essa experiência pela qual os professores passarão. Para ela, “o reconhecimento do trabalho e do potencial dos professores é muito importante para eles, para a Instituição e para os alunos, já que se trata de aprofundamento de pesquisa e do estreitamento de laços com uma Instituição conhecida e respeitada na Europa”.

O Cesmac, atualmente, ultrapassa a quantidade mínima de 30% exigida pelo MEC (Ministério da Educação) de professores mestres e doutores, requisito primordial para a capacitação e formação dos alunos da Instituição.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Evento da Abranet reúne provedores de internet do Nordeste

Míria Mical

Com o objetivo de debater a importância do papel dos Provedores de Internet na consolidação do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) em 2011, a Abranet (Associação Brasileira de Internet) realizou, nos dias 31 de março e 1º de abril, no Hotel Jatiúca, em Maceió, o evento “Desafios Atuais e Novas Oportunidades para os Provedores de Internet”, voltado a executivos, provedores e estudantes da área de tecnologia.

Palestra de Cláudio Santana,
na apresentação do PNBL, 1º dia de evento.
(Foto: Míria Mical)
O evento teve início com a palestra do diretor Comercial da Telebrás, Cláudio Santana Laranjeira, apresentando o PNBL, criado pela Telebrás, para ser uma operadora de internet no Brasil, visando a ampliação da cobertura de rede, a melhoria da infraestrutura de banda larga com a utilização das fibras ópticas, a inovação tecnológica com a criação de uma rede moderna com tecnologia de ponta, e principalmente a redução do preço da banda larga, aumentando a competição no setor.

O Plano Nacional de Banda Larga foi criado para oferecer internet de banda larga de fácil acesso à população, democratizando-a em lugares que outras operadoras não chegaram, ou ainda está em pouca escala. Serão disponibilizadas as empresas cadastradas (Provedores), serviços de conexão à internet em banda larga por meio de provedores certificados pela Telebrás, com segurança estratégica da rede, e suporte de custos diferenciados aos do mercado e uma rede de última geração. O Governo Federal cedeu 30.803km de fibras ópticas pelas concessionárias de energia e gás; com distribuição nas regiões Sudeste, Nordeste, Sul, Rede Norte I, Rede Norte II, e 322 pontos de presença (Pops). A meta de curto prazo é beneficiar mais de 4.000 municípios com o PNBL em 2011 com previsão para iniciar em Agosto. Em 2014 a meta é alcançar 27 capitais, 4.283 municípios, e mais de 30.803 km de extensão.

Estande da empresa Furukawa,
fabricante de fibra óptica em cápsulas para todo o mundo.
(Foto: Míria Mical)
Com o plano, o provedor poderá reduzir os custos com serviços de telecomunicações, onde 1mb terá o valor de R$ 230,00 mais impostos, conseguindo diminuir o valor em 1.000 %, colocando uma internet mais rápida e em menor valor para o cliente, gerando empregos e arrecadação para o município. A ampliação da capilaridade e abrangência dos Backbones, o compartilhamento de infra-estruturas e suporte a programas de inclusão digital, são outros benefícios oferecidos pelo plano, possibilitando às empresas clientes que não eram alcançados.

Segundo Edney Paixão, diretor regional do Nordeste da IB Telecom, o “evento foi idealizado visando atender não apenas as capitais, mas sim os interiores, pois o projeto prioriza a inclusão digital. Maceió foi escolhida para sediar o evento por estar próxima a várias capitais do Nordeste, facilitando o acesso aos provedores. O intuito foi trazer informação às empresas para dar ao cliente serviço de qualidade, mostrar aos pequenos empreendedores do estado, provedores de internet que oferecem o serviço em fazendas, distritos e lugares de difícil acesso como trabalhar da forma correta e como conseguir recursos para trabalhar”.

Estande da empresa Infoshop,
distribuidora wireless do Brasil.
(Foto: Míria Mical)
Durante os dois dias do evento, foram realizadas palestras sobre a implantação de tecnologia IPv6, instalação e gerenciamento de equipamentos GEPON (Gigabit Ethernet PON), correto dimensionamento de redes wireless e até mesmo o papel do BNDES no apoio ao setor de telecomunicações. Empresas fabricantes e distribuidores de equipamentos em telecomunicações como: fibra óptica, rádio, torres para provedores do Brasil e do exterior, como a IB Telecom, Agora, Furukawa, HP, Rápido Infoshop, entre outras, participaram com estandes, palestras informativas, comerciais e técnicas.

Com foco na Tecnologia, na inovação, no respeito ao cliente e no atendimento de qualidade, as mais de 300 pessoas que participaram de 270 empresas do ramo, saíram satisfeitas com a iniciativa deste evento, que deverá ser realizado em algumas regiões do país, atendendo assim a todos que precisam conhecer melhor o projeto.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tiradentes: Interpretação acerca de um herói positivista

*Cláudio Jorge Gomes de Morais
Prof. Cláudio Jorge (Foto: Arquivo Pessoal)

Cabe, neste primeiro momento, fazer algumas considerações sobre o livro, A Formação das Almas: O Imaginário da República no Brasil, de José Murilo de Carvalho, 1990. Assim, o caráter ideológico do mito Tiradentes na construção do imaginário republicano e a determinação positivista na divisão social das regiões é bastante evidente.  A República positivista estabeleceu um consenso no imaginário da população brasileira através de uma narrativa de um herói que através do seu martírio alimentou as carências de uma nação sacrificada e cristã. 

Quando esse arquétipo norteou o ensino de história nas salas de aulas percebemos que a dialética estava morta e, com ela, o sujeito, que tinha como principais características a neutralidade, harmonia natural e o misticismo, pois, esse modelo nos levou a acreditar, por muito tempo, em uma imagem até então inquestionável e fundada, principalmente, em um acordo do centro político do país, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas, é a partir da ruptura dessa narrativa que apontaremos uma história para além das relações convencionais.

 Forjar um mito para a República não foi uma tarefa fácil. Segundo José Murilo de Carvalho, “Frei Caneca era um competidor mais serio. Herói de duas revoltas, uma pela independência, a outra contra o absolutismo do primeiro imperador, morrera também como mártir, fuzilado, pois nenhum carrasco se dispusera enforcá-lo”. Tiradentes foi ameaçado pela imagem de Frei Caneca que muitas vezes foi aclamado como o verdadeiro mártir da República. No entanto, foi um mártir revolucionário e rebelde não cabia no arranjo do imaginário republicano como vítima e salvador. 

A vitória de Tiradentes representou o declínio da economia nordestina, ou seja, a consolidação do modo de produção capitalista no Brasil através da desigualdade entre norte e sul. Na própria afirmação de Carvalho, 1990, “ O Nordeste ao final do século 19, era uma região em decadência econômica e política e não se distinguia pela pujança do movimento republicano”. Esse projeto só foi possível através da confecção e naturalização desse herói dito nacional, desde que não houvesse nenhum elemento revolucionário para incomodá-lo.  A vitória do herói-mártir Tiradentes contou com a associação de elementos sofisticados, ou seja, um ritual entre ciência e mito a partir da relação do martírio particular do dito herói e o sofrimento coletivo da sociedade brasileira no viés do imaginário autoritário republicano.  

*         É Mestre pela UFPE e Professor do Centro Universitário Cesmac
 
 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Secretaria de Planejamento trabalha em novo plano plurianual do estado

Cecília Tavares


Em janeiro deste ano, o Governador Teotônio
e os secretários se reuniram para discutir
sobre o planejamento estratégico do Estado.
(Foto: Ascom/Seplande)

A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado (Seplande) tem até o dia 15 de Agosto para encaminhar o Plano Plurianual (PPA 2012- 2015) do Estado de Alagoas para a Procuradoria Geral do Estado. O PPA é um instrumento de planejamento do governo, onde todas as ações, projetos e programas estão contidos, e cujo objetivo é ter um maior controle dos gastos e garantir que as ações definidas sejam realizadas, a fim de que a situação atual do Estado melhore.


A equipe da Seplande, coordenada pela Superintendente de Planejamento e Gestão de Políticas Públicas, a arquiteta e urbanista Carmen Andréa Fonseca, elabora um diagnóstico, incluindo a situação do Estado, o que ele precisa e o que o governo atual prometeu em campanha. “A nossa equipe junta todas as informações, atualiza o diagnóstico da situação de todas as áreas, tais como saúde, educação, segurança e, dentro dessa realidade, junto às secretarias setoriais, define quais são as prioridades do governo, já que não há verba suficiente para realizar tudo”, esclarece Fonseca.

Atualmente, o estado de Alagoas é o último ou o primeiro de todos os indicadores sociais, como, por exemplo, taxas de mortalidade e analfabetismo, além de homicídios de jovens entre 15 e 29 anos. Diante dessa situação, foram estabelecidas as prioridades do governo. Dentro da estratégia de desenvolvimento pactuada, a Seplande trabalha com seis áreas de resultado (Melhoria da qualidade de vida; Erradicação da Indigência, redução da pobreza e da desigualdade; Novas instituições e renovação da gestão pública; Crescimento, desconcentração e diversificação econômica; Desenvolvimento do capital humano; Valorização da imagem e mudanças culturais), onde cada setorial, dentro dessas áreas de resultado, irá definir os programas e projetos prioritários, bem como estabelecer metas para alcançar os resultados.

Uma das prioridades estabelecidas para o Plano 2012-1015 é a ampliação da rede de atendimento a saúde publica, através do SUS. A Secretaria de Saúde, munida dessa prioridade e dentro do seu planejamento, vai estabelecer, por exemplo, onde é necessário maior número de agentes de saúde. “A necessidade é transformada num projeto e quantificada para, finalmente, o plano poder entrar em ação”, esclarece a superintendente.

Após passar pela Procuradoria Geral do Estado, o PPA é encaminhado, pelo Governador do Estado, à Assembléia Legislativa, junto com o Orçamento, para que ambos sejam aprovados. Só após avaliação e aprovação da Assembléia, o Plano, finalmente, entra em vigor. Vale ressaltar que o PPA é uma exigência constitucional, que deve ser elaborado não só pelos Estados, mas também pelo Governo Federal e Municípios. O plano tem validade de quatro anos, contados sempre a partir do segundo ano de uma gestão, ao primeiro ano do governo seguinte, o que garante a continuidade das ações.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

É de Alagoas uma das maiores reservas nativas de pau-brasil do país

 Sítio do Pau-brasil, no município de Coruripe, representa a luta pela preservação e proliferação da espécie

A árvore pau-brasil
(Foto: Arquivo Usina Coruripe)

Luciano Barbosa

Numa área de aproximadamente 7.500 hectares, localizada em meio a um verde mar de canaviais, se esconde uma das maiores reservas nativas de pau-brasil do país, de acordo com dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). E é em território alagoano que se encontra esse santuário ecológico de preservação da espécie que originou o nome do Brasil, 511 anos atrás. Com exemplares que, segundo estimativas de técnicos ambientais, já chegam aos 400 anos de vida e a uma altura de 30 metros, o Sítio do Pau-brasil está localizado no município de Coruripe, há 86 km de Maceió, em terras pertencentes à Usina Coruripe, responsável pela conservação da reserva.

Segundo o supervisor de Gestão Ambiental da Indústria Sucroalcooleira, Allan Henrique Pedrosa, apesar de conter espécies à beira da extinção, o matagal era tido como uma floresta comum, sem proteção, até ser transformado em reserva de preservação ambiental, no ano de 2001, idéia do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, a partir da necessidade de recompor a mata ciliar e revitalizar a área degradada.

“Com a criação do Sítio do Pau-brasil, os espécimes ameaçados passaram a receber os cuidados e atenção adequados. Através da coleta de sementes e produção de mudas, nós multiplicamos o número de exemplares e ajudamos a diminuir a ameaça de extinção”, disse Pedrosa.

Além de servir para a proteção da “Caesalpinia echinata”, como é cientificamente conhecida a árvore do pau-brasil, a reserva é utilizada para realização de pesquisas científicas, projetos voltados à educação ambiental - em parceria com as prefeituras dos municípios de Coruripe, Feliz Deserto e outras cidades alagoanas, coleta de sementes e produção de mudas para recuperação ambiental, ações que fizeram a Unesco (Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações) conceder ao Sítio do Pau-brasil o título de Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, outorgada a
centros de divulgação de idéias, conceitos, programas e projetos voltados à proteção da biodiversidade.

Fauna

O incontável número de exemplares de pau-brasil e de várias outras árvores nativas, como o ipê amarelo, ipê roxo, gameleira, jequitibá, dentre outras, transformou o espaço no ambiente ideal para sobrevivência de animais silvestres, também ameaçados de extinção, de acordo com Valdir Gomes Costa, coordenador de Gestão Ambiental.

Em meio ao vasto arvoredo de copa intransponível, a fauna se aflora de forma consistente, transformando o local em habitat para zabelês, quatis, paca, tatu, jaguatirica, papa mel, cutia, cobras de várias espécies, pássaros diversos, dentre outros.

“Na medida em que preservamos e recompomos a flora, automaticamente a fauna é beneficiada, pois existindo maiores áreas, os animais podem se deslocar em busca de alimentos e de acasalamento, encontrando condições favoráveis para a multiplicação das diferentes espécies”, exemplificou Costa.

Doação de mudas

Uma das principais ações do Sítio do Pau-brasil é a produção e doação de mudas das espécies nativas de mata atlântica. Segundo Allan Henrique Pedrosa, o objetivo das doações é a recuperação de ambientes florestais degradados e arborização de cidades. “Nós realizamos a coleta de sementes e produzimos mudas em grandes quantidades, para que os espaços florestais sejam ampliados, minimizando os efeitos do desmatamento provocado pela civilização”.

Ainda de acordo com Pedrosa, quem se interessar por mudas de pau-brasil e/ou outras espécies, basta entrar em contato com o setor de Gestão Ambiental da empresa, através do telefone: 82 3217-2800, ou enviar e-mail para os seguintes endereços:
 coruripe@usinacoruripe.com.br \ matriz@usinacoruripe.com.br.
Prêmios

O empenho em prol da preservação da flora e da fauna no Sítio do Pau-brasil resultou, ao longo de dez anos, em vários prêmios para a empresa. A Usina Coruripe é detentora de títulos como o ISO 14001, ferramenta criada para auxiliar empresas a identificar, priorizar e gerenciar os riscos ambientais como parte de suas práticas usuais; Prêmio Ford de Conservação Ambiental; Prêmio Verde das Américas; Prêmio Verde do IMA,  Prêmio Destaque Ambiental, dentre outros.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Projeto une justiça à poesia em ambiente de trabalho

Yulia Amaral

Poesias penduradas no varal (Foto: Yulia Amaral)
O Projeto Justiça à Poesia foi idealizado e organizado por servidores do Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas (TRT/AL), integrantes da 3ª Vara do Trabalho de Maceió. Realizado na última quinta-feira de todo mês, antes do início das audiências, no hall da VT, o projeto acontece desde outubro do ano passado e apresentou a 6ª edição no último mês de março. Objetiva incentivar os talentos existentes no TRT/AL e humanizar o ambiente de trabalho, promovendo interação entre a Justiça Trabalhista e a comunidade.

Sendo um desdobramento do Projeto Papel no Varal, o Justiça à Poesia dispõe poesias de incógnitos e consagrados autores alagoanos, penduradas em varais por todo o ambiente, e são franqueadas a todos que prestigiarem o projeto. Além disso, apresentações culturais são feitas todas as edições, sempre com convidados diferentes, que cantam, tocam diversos instrumentos, interpretam e declamam, inclusive, literatura de cordel. A servidora da 3ª VT, Marta Angélica Martins, é a declamadora oficial do projeto.

O Justiça à Poesia já recebeu convidados como as escritoras Arriete Vilela e Clara Gawendo, o idealizador do Papel no Varal, Ricardo Cabús, o ator Chico de Assis, o frei José, o procurador aposentado Murilo Mendes, entre outros. A partir do projeto, nasceu a ideia de produzir um livro, também chamado “Justiça à Poesia”, que contemplará fotos e poesias de temas variados, feitas por servidorese, magistrados e demais operadores de direito do TRT/AL.

Como surgiu

O pontapé inicial aconteceu em julho de 2010, quando a então diretora da 3ª Vara do Trabalho, Sandra Salgado, presenteou a colega de trabalho, poeta e cronista, Simone Moura e Mendes com um blog, em homenagem ao Dia do Amigo, para incentivá-la a publicar suas produções literárias. “De um momento de descontração a outro, a servidora Marta Angélica Martins passou a declamar as poesias até então publicadas no blog, tanto minhas, quanto do então juiz titular da VT, Manoel Hermes de Lima”, relembrou Simone.

Equipe do projeto na 2ª edição
com a escritora Arriete Vilela
(Foto: Yulia Amaral)
“O projeto, na verdade, surgiu a partir de várias ideias que foram colocadas em prática”, acrescentou Simone. A iniciativa foi apresentada à presidente do TRT de Alagoas, desembargadora Vanda Lustosa, e incentivada instantaneamente.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Todo esforço vale a pena

Alunos do curso de jornalismo mostram do que são capazes para realizar um sonho

Laís Aragão


Formandos na colação de grau. (Foto: Kelma de Abreu)
 O que você seria capaz de fazer por um sonho? Tudo? Os mais novos formandos estão sentindo na pele o quanto precisam correr atrás para realizar o sonho de todo estudante universitário: um baile de formatura. Baile esse que representa a conclusão de quatro anos de muito esforço e estudo, e que acaba se tornando uma realização para toda família. Tudo estava caminhando na direção certa, faltavam poucos meses, quando em uma reunião com a comissão, quatro integrantes resolvem desistir e deixar uma dúvida no ar: fariam eles formatura com apenas oito alunos, e assumiriam um dívida de aproximadamente sete mil reais? Os alunos do curso de jornalismo 2007.1 escutaram opiniões de familiares e amigos, e decidiram que a grande jornada em uma faculdade precisa ser representada, mas não só por um diploma e sim com uma bela festa.

Cortando alguns custos e procurando uma forma mais barata de realizar tudo isso, eles ainda ficaram com um prejuízo enorme, mas juntaram forças e coragem para enfrentar o que viesse pela frente. Visando conseguir o dinheiro que faltava para arcar com as despesas, eles começaram a voltar à faculdade de comunicação para vender rifas no valor de R$3 ( sorteando uma moto), e suplicar para que assinem o livro de ouro (o valor a ser pago tem que ser de no mínimo R$50). Não bastando, começaram a fazer pedágios nos bares da Av. Amélia Rosa, onde não só tentavam vender as rifas, mas aceitavam qualquer tipo de ajuda em dinheiro. Outras ações estão sendo planejadas, como formas de conseguir rápido quitar a dívida, pois a formatura acontece no dia 16 de abril e ainda faltam quase três mil reais.

Interessados em ajudar na realização desse sonho entrar em contatos com a comissão da formatura através dos alunos: Mariana Lima (Comissão de formatura) – 91322627 ou 99148163; Rafael Maynart (trabalha na ASCOM) – 91095374 ou ainda Roberta (aluna do 8º período de jornalismo que se encontra todos os dias na Fecom) - 88233788

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Superando dificuldades

Roberta Lins

1ª etapa das Corridas de Rua
(Foto: Roberta Lins)
A Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), em parceria com a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel), vem desenvolvendo o Projeto Superação, para inserção de crianças com deficiências visuais, físicas e paralisias cerebrais (PC), em atividades esportivas e de lazer. A iniciativa busca melhorar a qualidade de vida dos paratletas, ajudando na auto-estima e no convívio social, abrindo, ainda, outras possibilidades, uma vez que a maioria destas das crianças atendidas são das classes C e D. Iniciado na gestão de Gerônimo Ciqueira, o projeto vem sendo conduzido pelo atual presidente da Adefal, Luiz Carlos Santana. Os esportes praticados são o atletismo, o basquete e a natação.


A professora de Educação Física Elisângela Alves, que participa do projeto desde o início, disse que a intenção do projeto é fazer com que as crianças descubram o esporte mais cedo e tem como objetivo formar jovens atletas. É o caso da paratleta Adriely Teresa, que começou há menos de 3 meses e vem se destacando em sua modalidade. "Eu faço lançamento de dardo, disco e corrida", disse a atleta. Já para Daniel Alves, que teve paralisia cerebral, o esporte melhorou muito sua qualidade de vida e, tem levado ele a conhecer outros estados, como São Paulo e Brasília.

Em março deste ano, os paratletas que integram o projeto foram competir na etapa Norte-Nordeste Caixa de Atletismo, Natação e Halterofilismo. Competiram paratletas de todo o país. O paratleta George Mansel, 21 anos, bateu o recorde brasileiro no arremesso de peso, com a marca de 8,68m.

Para participar, as crianças são avaliadas por uma equipe multidisciplinar, entre psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, em seguida são encaminhadas para Educação Física.

domingo, 10 de abril de 2011

Petição pelo diploma - Assine

Fenaj

PEC do diploma - diga SIM!
(Foto: Divulgação)
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e os Sindicatos dos Jornalistas de todo o Brasil lançaram uma petição pública na Internet para colher assinaturas, que serão enviadas aos deputados federais e senadores. A petição é pela aprovação, no Congresso Nacional, das duas PECs que preveem o retorno da obrigatoriedade da formação em nível superior específica para o exercício da profissão de jornalista. Para assinar, acesse o link http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N8603 . Assine e envie para todos os seus contatos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Está faltando o fotógrafo na sucessão de Maceió

Edberto Ticianeli

Edberto Ticianeli (Foto: Arquivo)
Depois dos desencontros que terminaram por espatifar o acordo de Brasília - aquele que formou o Chapão, no início de 2010, com Fernando Collor, Ronaldo Lessa, Renan Calheiros, Cícero Almeida, Benedito de Lira e Joaquim Brito -, tem muita gente olhando com desconfiança para os primeiros movimentos que articulam a sucessão na prefeitura de Maceió. Tem razão quem age assim.

Primeiro, porque ainda é muito cedo para definições de uma eleição que só acontecerá em outubro de 2012. Muita coisa ainda pode acontecer, com influência na montagem das chapas. Por exemplo, pode haver alteração na legislação proibindo as coligações proporcionais ou, ainda, definições sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa. A reforma política – se é que assim podemos chamar as alterações nas regras eleitorais e partidárias – também discute a possibilidade de termos votação em lista fechada e o voto distrital. Qualquer alteração nas regras do jogo vai provocar a necessidade de adaptações nos projetos eleitorais.

Em segundo lugar, porque essa aparente antecipação de montagem de alianças eleitorais obedece, nesse momento, às necessidades do prefeito Cícero Almeida (PP), que tenta fugir do isolamento e da ameaça de uma rasteira armada pela Câmara, utilizando a sua mais forte moeda de troca: fica até o final do mandato no cargo e faz o seu sucessor. Com isso ele traz o PDT de volta ao governo e oferece a Lessa a possibilidade de ser o prefeito de Maceió a partir de 2013.

De olho em 2014

E os interesses dos que estão de olho em 2014? Na realidade, o que está acontecendo agora já é parte do jogo de 2014. Collor sabe que a batalha pelo senado contra Theo Vilela será dura. Vilela se afasta do governo para se candidatar ao senado, mas deixa José Thomaz Nono comandando o Estado e trabalhando para sua eleição. Collor precisa da Prefeitura de Maceió como base de apoio para ter chance na disputa. Se Almeida é afastado pela Câmara de Galba Novaes (PRB), aliado de Collor, quem assume o comando do município é Lourdinha Lyra (PRB), também do grupo collorido. Nessa situação crescem as chances de eleição de Galba Novaes para prefeito e Collor para senado em 2014.

Enquanto Vilela e Collor se digladiam antecipadamente pela vaga do senado, Renan Calheiros (PMDB) observa com muito carinho a possibilidade de sentar na mais importante cadeira do Palácio Zumbi dos Palmares. Percebe que as suas chances são boas, até pela ausência de um grande nome para disputar com ele. Se ajudar a eleger Ronaldo Lessa para prefeitura de Maceió em 2012, vai fazer uma dobradinha, em 2014, com Collor para o senado. Nessas circunstâncias, são amplas as suas possibilidades de vitória.

O bloco capitaneado pelo tucano Theo Vilela deverá apostar suas fichas para a prefeitura de Maceió em Rui Palmeira (PSDB) ou Givaldo Carimbão (PSB), dois deputados federais que tiveram boa votação na capital. Esse grupo ainda não tem um nome forte para suceder Vilela. Se conseguirem eleger Rui Palmeira prefeito de Maceió, ele se habilita a também disputar o governo. Seria a melhor solução tucana, sem esquecer que Alexandre Toledo também espera ter sua chance de comandar Alagoas.

Já dá para tirar uma foto? Ainda não. Esse quadro vai sofrer modificações e novos projetos podem surgir. Mas vale a pena especular um pouco com as tendências, sem esquecer que política em Alagoas, não é para amadores.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Violência em Alagoas: Tem solução?

Professor Jorge Vieira

Jorge Vieira (Foto: Arquivo)
A violência em Alagoas virou um tema recorrente em nível nacional e, consequentemente, com repercussão local. Aliás, somente assim consegue despertar a atenção da população e, infelizmente, das autoridades. Quando a chamada grande mídia os altos índices de homicídios, furtos e roubos em Alagoas, governantes e parlamentares, muito mais para dar satisfação à opinião pública, demonstram preocupação e agilidade em produzir peças publicitárias veiculando que o estado é o paraíso das mil maravilhas em que as políticas são eficientes e operantes.


Sobre os dados da violência, já são amplamente divulgados e bem conhecidos pela população. Apesar disso, os governantes estaduais fazem de conta de que nada existe! O que mais preocupa, quando apresentam saídas, são medidas paliativas e ineficientes. Exemplo é a cantilena da repressão policial, tão bem divulgada pelos programas radiofônicos e televisivos.

Mas, por que até hoje não conseguiram resolver a questão? Ao contrário, o problema se agrava e, cada vez mais, a população fica a mercê da desenfreada violência. Por um lado, o problema tem raízes históricas, consolidado em nível de concentração de renda, monopólio da terra e a monocultura da cana de açúcar. Por outro, as políticas implantadas tradicionalmente há 500 anos no Estado só produzem exatamente o que os políticos dizem combater!

O que se percebe pelos dados, os mais afetados estão na população miserável e excluída da sociedade, especial dos jovens. Que perspectiva tem a juventude pobre de Alagoas? O nível educacional, o desemprego, a renda familiar são baixíssimos! A possibilidade de sair da marginalidade beira a quase zero!

Infelizmente, a própria sociedade alagoana não tem apresentado soluções efetivas, adequadas e duradoras. Ao contrário, também desenvolve ações paliativas e imediatistas. Para atingir as causas centrais do problema, precisa que a sociedade organizada e suas instituições analisem profundamente a estrutura econômica, as políticas públicas de educação, saudade e segurança, e apontem mudanças profundas na transformação social.

E, da parte governamental, que as políticas públicas saiam da publicidade e partam efetivamente para a realização de concurso e qualificação dos agentes públicos, a execução da reforma agrária, a demarcação das terras indígenas, a educação e a saúde pública ampla e de qualidade, a capacitação da população e a geração de emprego e renda para toda população. Isso se os governantes quiserem fazer baixar verdadeiramente os índices de violência, acompanhada de uma política eficiente de segurança.

Pode-se afirmar, em poucas palavras, é preciso despertar no seio da população pobre a perspectiva de vida e elevar sua autoestima, possibilitando a melhoria e qualidade de vida.