quinta-feira, 31 de março de 2011

Carvoarias clandestinas: o crime se repete em Alagoas

Principais pontos de queima de madeira estão no litoral norte

Fabyane Almeida

Sacas de carvão clandestino sendo embaladas pelo infrator
(Foto: Fabyane Almeida)
           
A fumaça pode ser vista às margens da rodovia AL-101 Norte. Esse é o primeiro sinal da presença de carvoarias ilegais na região do distrito de Ipioca, distante dezoito quilômetros do centro de Maceió. O povoado tem sido alvo de constantes desmatamentos e queimadas de madeira para fabricação de carvão.

Basta sair um pouco da rodovia, num trecho próximo ao Clube da Braskem, que lá estão os acampamentos. A área fica distante três quilômetros da pista, num ponto de difícil acesso, com faixas de desmatamento de Mata Atlântica. O local é usado para treinamento de militares que identificaram, há dois meses, os vários pontos da queimada, que medem dez metros de diâmetro.


Apesar da existência de cabanas, os exploradores dos recursos naturais não ficam no local. Eles montam as carvoarias no solo e deixam a área para não serem flagrados pela fiscalização. “Na maioria das vezes esses criminosos conseguem fugir. Eles conhecem bem os pontos de exploração na mata, que facilita o encontro de lugares para se esconder. A polícia, como não está naquela região todos os dias, acaba se atrapalhando e perdendo eles de vista. Eles são perigosos, inclusive, em algumas ações chegamos a trocar tiros com eles”, contou o tenente do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Anderson Barros, responsável pela fiscalização.
          
Após três a quatro dias, quando a madeira se transforma em carvão, eles retornam para o acampamento e retiram do solo o material que será vendido ilegalmente na região. As sacas de carvão pesam de 15 a 25 quilos, com preço de R$ 9 cada. Comerciantes e moradores do entorno são os principais compradores dessas mercadorias. 

Os criminosos evitam levar o carvão para pontos distantes, já que correm o risco de serem flagrados transportando a mercadoria sem nota fiscal e sem autorização por parte dos órgãos ambientais. Caso sejam flagrados, esse tipo de crime, de acordo com a Lei nº 9.605/98 (Art. 45), custa aos infratores o pagamento de multa que vai de R$ 50 a R$ 50 mil, dependendo da área desmatada, cabendo, ainda, pena de detenção de dois a três anos.


Operações de combate ao crime são realizadas

O número de carvoarias no estado cresce a cada ano. Nos últimos três meses foram desativadas cinco carvoarias clandestinas em Alagoas e apenas cinco pessoas foram presas, mas há indícios da existência de outras carvoarias em todo o Estado.

O Litoral Norte é onde esse crime ambiental tem maior incidência. As praias de Guaxuma, Pescaria, Paripueira e Barra de Santo Antônio estão entre os principais pontos de desmatamento para a implantação de carvoarias e atingem uma grande área da Mata Atlântica. A madeira mais procurada é a Nobre por ser rígida e fazer um carvão mais consistente, quando apreendida, ainda durante o corte, a madeira é destinada para doação.

O fato é comprovado e flagrado a cada inserção na mata por parte dos militares do BPA. No final de janeiro, uma denúncia anônima levou o grupamento até um desses pontos. Nessa ação foram apreendidas vinte e uma sacas de carvão vegetal recém-produzido e três pessoas acabaram presas em flagrante.

A operação ocorreu no povoado de Pescaria, no bairro de Ipioca. O carvão era feito de madeira nativa da Mata Atlântica, a preferida pelos exploradores. Com o grupo foram encontradas foices, cordas e machados utilizados para desmatar 10 mil metros quadrados. Depois da ação policial, as quatro carvoarias irregulares, que já funcionavam há alguns meses foram desativadas.

           Segundo o sargento Jeilson Lima Vieira, há três meses o BPA vinha monitorando a região na tentativa de localizar os infratores. Porém, todas as vezes que a polícia se aproximava do local, os criminosos conseguiam fugir. “Dessa vez, apenas um criminoso conseguiu escapar pela mata. Os que foram capturados afirmaram estar trabalhando para o dono do terreno, desconhecendo que a ação tratava-se de crime ambiental”.

Toda a madeira e o carvão apreendido nessa ação foram doados. “Nós destruímos as caieiras, realizamos a apreensão da madeira e do carvão e doamos a madeira para o sistema prisional que a utiliza no programa de reeducação com a produção de móveis”, explicou o militar.

A queima da madeira como fonte de renda

           Para alguns dos cortadores, transformar madeira em carvão é a forma mais rápida de adquirir uma renda. De acordo com o tenente Anderson Barros a maioria dos infratores são analfabetos e sobrevivem dessa exploração ilegal. “Apesar de sermos os cumpridores das leis, algumas dessas pessoas que desmatam e transformam a madeira em carvão não querem ficar ricas, pois, alguns fazem pela falta de oportunidade. Eles encontram na carvoaria um modo de sobrevivência”.

           Diante dessa situação, o BPA tenta conscientizar essas pessoas com um trabalho de educação ambiental, que apresenta para essas comunidades novas alternativas de renda, atrelada à proteção do meio ambiente. “Quando nós observamos que são pessoas analfabetas, fazemos um trabalho de educação ambiental na tentativa de mudar essa realidade”, colocou.

            Ainda de acordo com o tenente Anderson, os cortadores acham que só podem viver do corte e da queima da madeira. “Como alternativa nós mostramos opções para aumentar a renda familiar. Sempre tentamos fomentar outros consórcios, a natureza como plantação de subsistência, apicultura, o aproveitamento de frutos da mata, para que possamos tirá-los desse crime ambiental”, completou.

Sacos plásticos que servem como
protetor nos pés de Rosangela
(Foto: Fabyane Almeida)    
Há dez anos trabalhando na venda de carvão, a comerciante Rosângela dos Santos, tira desse tipo de atividade o sustento da família. Ela é uma dos muitos comerciantes que trabalham no entorno do Mercado da Produção. Assim como a maioria das pessoas que trabalham à margem da Lei, ela se esquiva sobre a possibilidade de sua mercadoria ser ilegal. “Eu não sei de onde vem esse carvão. Compro a uma pessoa há muitos anos e nunca parei para pensar se ele é ilegal ou não”, afirmou à comerciante.

Com os dedos pretos e sacos nos pés para evitar que a coloração escura do carvão a atingisse, ela garante que tem o sonho de mudar de profissão. “Quero trabalhar com outra coisa, mudar de vida. Estou há dez anos nessa atividade e não tenho sequer qualidade de vida. Vivo gripada e tenho medo de algum dia ter uma doença pior. Por causa da poeira, minha médica diz para tomar leite e água”, contou Rosângela.

A venda de carvão já sustentou oito pessoas da família da comerciante, que garante tirar um lucro maior no período de festas e feriados. “Em época de festa, ganho um salário, mas em dias normais, o salário é menor. O meu lucro é de R$ 2 por saco, pois eu só revendo o carvão”, completou.


Prejuízos para o ambiente e a população

A alta temperatura das carvoarias também prejudica o solo que perde seus nutrientes. “Há uma perda de nitrato, potássio e PH do solo, e no Bioma adequado para aquela determinada localidade. Quando acontece esse desgaste, é necessário haver uma recuperação no solo através do Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), havendo uma adequação às condições anteriores do solo”, informou o tenente do BPA, Anderson Barros.

Ainda de acordo com o tenente é fundamental restabelecer a vegetação. “Nesse tipo de desmatamento é necessário tratar o solo com produtos químicos, para a vegetação se regenerar e para que haja a remineralização do solo”.

SAÚDE - Ainda em relação aos danos provocados pelas carvoarias, o analista ambiental, Giovanni Pacelli, explicou que a produção de carvão emite gases poluentes, causando graves danos à saúde do homem, desde simples irritação na pele (para as pessoas que já são pré-dispostas) a problemas respiratórios que ocasionam alergias. “O principal dano das carvoarias é o desmatamento que destrói a Mata Atlântica e a poluição que emite para a atmosfera. Para a carvoaria funcionar legalmente, é necessário ter uma licença do IMA, e a maioria delas não possuem. O IBAMA realizou dez autuações contra essa irregularidade no ano passado”, afirmou.

Fiscalização não inibe a prática de crimes

O crime de desmatamento e a fabricação de carvão vegetal são os crimes com maiores incidências de denúncias anônimas no BPA. Além da faixa litorânea, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto do Meio Ambiente (IMA), também realizam operações e fiscalizações para desativar carvoarias no Sertão de Alagoas. “Existem duas formas de fabricar carvão. Uma é a caieira, local onde a madeira é queimada, muito usada na região litorânea. Outra forma é através dos fornos de tijolos, utilizada com mais incidência no Sertão. Esse último fica mais fácil de combater, inclusive, em ações recentes, destruímos a maioria”, explicou o subcomandante do BPA Major Marco Aurélio Costa, lembrando que a caieira é a queima do carvão no solo.

Um levantamento do Batalhão Ambiental aponta Arapiraca como o destino para a maioria das sacas de carvão irregulares fabricados no interior do Estado. O município com maior número de fábricas de doces ainda prefere a utilização do carvão como fonte de energia. Padarias, pizzarias e churrascarias de todo o Estado também consomem o produto.

Segundo o major Marco Aurélio, a maioria dos estabelecimentos é irregular e não tem preocupação ambiental. “Poucos compram a madeira regular ou o bagaço da cana-de-açúcar, que seria a alternativa viável para não causar danos ao meio ambiente. Por ser irregular, esse tipo de carvão se torna mais barato e lucrativo”, afirmou.

Carvão para ser revendido
(Foto: Fabyane Almeida)

O outro problema é que algumas distribuidoras de carvão legalizados, que possuem o Documento de Origem Florestal (DOF), se aproveitam da existência desse produto ilegal para aumentar o lucro e diminuir as despesas. Eles esquentam o carvão ilegal, misturando as produções. O subcomandante do BPA, disse ainda que o DOF é obrigatório e a maioria dos produtores de carvão não o possuem. “É necessário estar com o documento a partir do início, o momento do corte da madeira, durante a transformação em carvão, no transporte e até o destino de entrega. Se em uma dessas etapas a fiscalização não encontrar o documento, o material é considerado ilegal e é apreendido”, explicou.

As carvoarias clandestinas espalhadas pelo Estado são tão prejudiciais ao ambiente quanto para a saúde de quem desmata e queima a madeira. Na tentativa de inibir a prática do crime ambiental, órgãos responsáveis pela fiscalização usam a educação como tentativa de conscientização dos cortadores, além de utilizar os disques denúncias do Batalhão de Policiamento Ambiental através do número 3315-4325, do Instituto do Meio Ambiente, 0800-082-1523 ou, ainda, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 0800-618-080. Ligando para os números qualquer pessoa pode denunciar esse tipo de crime ou qualquer outro que esteja afetando diretamente o meio ambiente e pode ajudar a salvar a natureza.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Projeto socioambiental visa a recuperação do ambiente e transforma a vida de agricultores

Cecília Tavares


José Roberto Fonseca (à esq.) e integrantes
da Mineração Vale Verde. (Foto: Projeto)

 O Instituto Eco-Engenho, organização não governamental presidida pelo engenheiro de pesca e ambientalista, José Roberto Fonseca, está desenvolvendo mais um projeto sócio-ambiental. Financiado pela USAID-Brasil, e em parceria com a Mineração Vale Verde (MVV), o projeto, denominado Recuperação de Áreas Degradadas, com Reflorestamento Sócio-Produtivo, acontece na região agreste, no município de Craíbas, próximo a cidade de Arapiraca.

 A Mineração Vale Verde procurou o Instituto Eco-Engenho para o desenvolvimento de um projeto que pudesse manter os agricultores que estão situados sobre, ou nos arredores das minas de cobre e ferro. O Eco-Engenho ficou responsável por pensar numa forma de reassentar esses pequenos agricultores de maneira sustentável, com uma proposta de geração de trabalho e renda, e com a concepção do uso de produtos de alto valor agregado. “Há uma certa quebra de paradigma, no sentindo de não permanecer tratando os pequenos agricultores com culturas de subsistência, mas buscando capacitá-los e lhes dar a chance de produzir algo que lhes tire da pobreza crônica. ”, esclarece Fonseca.

Foi então que surgiu o projeto, apelidado de “pimenta rosa”, cujo carro-chefe é a Aroeira, Schinus terebemthifolus-RADI, uma árvore que atinge entre cinco e dez metros de altura, cujo fruto é a pimenta rosa, semelhante em dimensões a pimenta do reino, mas de um vermelho forte, gosto adocicado e levemente picante. É largamente utilizada na culinária francesa, onde uma embalagem, com 35g, tem o preço médio de 7,5€ (euros), aproximadamente R$ 17 reais. 

Muda de aroeira (Foto: Projeto)
Segundo Fonseca, a Aroeira é muito utilizada na recuperação de solos degradados, para sombreamento de pastagens e cercas vivas. Popularmente conhecida como “fruto do sabiá”, ela tem também o poder de recuperar a fauna local, uma vez que os pássaros são um elo importante da cadeia alimentar. “Há, portanto, uma recuperação do ambiente, através de uma planta que tem uma plasticidade ecológica muito grande, ocorrendo desde os terraços marinhos, até altitudes de 1200 metros; Além disso, a Aroeira tem grande versatilidade em seu uso, sendo amplamente utilizada na culinária, como fármacos e na produção de cosméticos. Então, estamos recuperando essa área degradada e fazendo com que o bioma venha a se restabelecer”, diz Fonseca.

O plantio da Aroeira foi iniciado o ano passado, numa área de 4,5 hectares, completamente degradada. As mudas vieram do norte do Espírito Santo, da cidade de São Matheus.  A idéia central do projeto é ter essa região reflorestada, não esquecendo as populações locais. “Não é a ecologia pela ecologia, mas há também a preocupação de geração de renda sustentável. O semi-árido brasileiro é a área de mata seca de maior densidade do mundo, então é preciso pensar nas pessoas que moram ali e que fazem o uso inadequado do solo e das riquezas naturais que os envolvem”, afirma Fonseca.

A primeira colheita acontecerá em oito meses. Enquanto as Aroeiras que foram plantadas estão se desenvolvendo, nos intervalos entre as árvores, de cerca de cinco metros, estão sendo experimentados plantios de culturas de ciclo curto, para que os agricultores possam ir sobrevivendo desses produtos consorciados, enquanto as árvores crescem. Além das culturas tradicionais da região, estão sendo feitos testes com produtos de alto valor agregado, como por exemplo, o gergelim e o girassol, plantas de fácil manejo e que se dão bem com a Aroeira. “A idéia aqui não é apenas gerar renda, mas um consórcio de equilíbrio natural entre as plantas, uma vez que os passarinhos podem comer, além da pimenta rosa, os outros frutos, o que pode gerar uma competição e um equilíbrio ambiental e, conseqüentemente, um maior controle biológico da produção” explica o engenheiro.

Área já plantada. (Foto: Projeto)
Para esta fase inicial do projeto, a meta é beneficiar cem famílias, das 300 que serão realocadas. Também está nos planos do projeto o beneficiamento dos produtos plantados e a conquista do mercado nacional, buscando nichos especiais de mercado, através da valorização do produto pela sua procedência e pela forma como é produzido, dentro de uma cultura agroecológica, sem o uso de agrotóxicos.   “O grande desafio do projeto é fazer todo o trabalho da cadeia produtiva, desde o plantio, a colheita e a pós-colheita, beneficiando a fruta e trabalhando o mercado, sempre na vertente do comércio justo e solidário.”, finaliza Fonseca.

O mercado brasileiro já começa a ficar aberto para esse tipo de produto, uma vez que é possível encontrar, no eixo Rio- SP, cafés e restaurantes utilizando a pimenta rosa em sorvetes, bebidas e diversos pratos gourmet. Com referência a sua utilização para a linha de cosméticos, os óleos essenciais de Aroeira já são amplamente utilizados para a produção de hidratantes, sabonetes e cremes.

Ibama desativa rinha de canário em Palmeira dos Índios/AL

Lúcia Machado

Materiais de rinhas apreendido pelo Ibama/AL.
(Foto: Dipram/AL)
O Ibama/AL e o Batalhão de Policia Ambiental desativaram uma rinha de canário da terra no município de Palmeira dos Índios/AL, atendendo ao mandado de busca e apreensão criminal solicitado pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas de Alagoas (GECOC/Ministério Público Estadual).

Na ação, foram apreendidos 141 canários da terra, balanças de precisão, planilha de registro das lutas, gaiolas, viajantes, alçapões como também a estrutura de palco montada para a realização desta competição.

“A legislação ambiental prevê, neste caso, as sanções de multa e apreensão conforme os artigos 24 e 29 do Decreto 6.514/08, sendo que os valores variam de R$ 500,00 a R$ 5.000,00 por espécime. A legislação prevê ainda detenção de três meses a um ano e multa conforme os artigos 29 e 32 da Lei 9.605/98”, afirmou o chefe da Divisão de Proteção Ambiental do Ibama em Alagoas, Giovanni Pacelli.

As multas registraram um valor total de R$ 352.500,00 (trezentos e cinquenta e dois mil e quinhentos reais), referente à pratica de ato de abuso aos animais.

Para o responsável do Centro de Triagem de Animais Silvestre do Ibama/AL, Marius Belluci, “o ser humano aproveita o comportamento natural dos animais que disputam ferrenhamente seu território em defesa de sua fêmea e provocam, num ambiente artificial, as chamadas rinhas, que culminam em ferimentos nos animais, configurando-se, desta forma, os maus-tratos”, explicou Belluci.

De acordo com Rivaldo Couto, coordenador do Núcleo de Fiscalização, “nós desmantelamos um grupo organizado que promovia diversas rinhas de canários da terra em vários estados do Nordeste com a participação de pessoas de todo o território nacional”, concluiu.

O Ibama/AL intensificará as ações de combate ao tráfico de animais silvestres e aos crimes de abusos e maus-tratos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Sindjornal homenageia jornalistas Alagoanas

Ascom 

Cristina Brito, jornalista e coordenadora
do curso de Comunicação Social do Cesmac
(Foto: Qualquer Instante)

Amanhã (30), às 19 horas, no Espaço Cultural do Sindicato dos Bancários, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) realiza um happy hour para marcar o lançamento da Comissão de Mulheres Jornalistas pela Igualdade de Gênero. A atividade encerra a Agenda Mulher 2011, programação conjunta de entidades sindicais e dos movimentos sociais em comemoração ao Dia da Mulher (8 de Março). Durante o evento, haverá homenagem a três mulheres jornalistas: Cristina Brito, Coordenadora do curso de Comunicação Social Fecom/Cesmac,  Goretti Lima e Graça Carvalho e serão entrevistadas duas mulheres de destaque: D. Eliene, líder comunitária e Ana Claudia Laurindo, cientista política. O encontro será animado pela jornalista e cantora Gal Monteiro.

Exposição: Sua mata, sua casa

Bruna Coelho

Exposição "Sua Mata, Sua Casa" (Foto: Bruna Coelho)
  
A exposição “Sua Mata, Sua Casa” marca 25 anos de Fundação SOS Mata Atlântica e tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância de cultivar hábitos saudáveis e preservar o meio ambiente. Para Nataniel Filho, monitor da exposição, determinados materiais, como: garrafas pet, cd, papel e entre outros, que as pessoas jogam no lixo e que podem ser reciclados, serviu como ideia ao projeto, que transformou resíduos em decorações para casa, como por exemplo: cadeiras, cortinas, jarros e tantos outros.

Instalada desde o último dia 11 de março, a exposição pode ser visitada até o dia 30 deste mês, no Maceió Shopping, sendo aberta ao público, o projeto busca sensibilizar a população em geral e divulgar o sinal de alerta às consequências dos impactos ambientais provocados pelo homem.

A professora da UFAL, Lilian Carmen Lima, que passava no local do evento em atividade acadêmica com seus alunos, aprovou a iniciativa do projeto e falou da importância de incentivar os jovens, principalmente estudantes, contudo, “é preciso se informar para informar e formar comunidades”, afirmou a professora.

Entre os destaques apresentados na exposição, está o incentivo ao uso da bicicleta como transporte em substituição aos veículos motorizados, fazendo do trânsito um dos responsáveis pelo grande índice de poluição ao meio ambiente. “Sua Mata, sua Casa” mostra que é necessário ter consciência e atitude para mobilizar a população e lembrá-la que, a sua casa, para manter-se limpa, depende de você. O Planeta agradece.

“Cidade das Águas Claras” emociona Branquinha

Marcos André Aguiar

Branquinhences assistindo ao documentário.
(Foto: Marcos André) 
Após duas visitas que resultou em um projeto cinematográfico na cidade de Branquinha, os alunos idealizadores voltaram ao município para exibir o documentário. Com eles, também estavam alunos de Comunicação e Psicologia do Cesmac. O filme A Cidade das Águas Claras  foi exibido em praça pública e teve acompanhamento de apresentações culturais da cidade. Segundo Camila Guimarães, uma das produtoras do filme, o retorno à comunidade para mostrar o produto final é indispensável, pois “eles são as estrelas do filme, sem eles, nada disso teria acontecido”.

O público assistiu atento e em muitos momentos não conteve as lágrimas. Maria das Graças, moradora antiga da cidade,  não teve vergonha de expor suas emoções perante todos.  “Só quem passou por tudo isso sabe o impacto que essas imagens causam”, disse, emocionada. De acordo com a prefeita Renata Moraes, o documentário será de grande importância para manter viva a identidade histórica da cidade, que muitas vezes é esquecida por essas tragédias. Para ela, além de fazer um registro da antiga Branquinha, o filme também traz uma proposta de reconstrução de uma identidade cultural da cidade, uma vez que o filme levanta a auto-estima dos branquinheces. “Quando eles se vêem na tela, sentem-se mais capazes. Pois mostra que são os protagonistas e constroem a cada dia a sua história, e a história de seu lugar”.

A Cidade das Águas Claras é um curta-metragem, de aproximadamente 20 minutos,  tem característica maior de reviver o passado, abordar a realidade atual e compor uma nova perspectiva, através dos relatos emocionados de sua gente. Contemplados em uma lente cinematográfica. (Para assistir ao documentário, clique AQUI).

O trabalho teve o foco na destruição da Branquinha enquanto coletivo, sobretudo da cidade e memória, que vai além dos muros e das perdas materiais, seguindo sempre a perspectiva do rompimento histórico da cidade, já que a enchente destruiu todo registro da memória da cidade. Apagando dos moradores o que era seu município, tanto simbolicamente, quanto na sua arquitetura. “A proposta principal é a possibilidade de transformação do indivíduo em sujeito histórico e comunitário, através do registro da produção audiovisual”, destacou o Prof. Ms. Cláudio Jorge.

O professor Cláudio Jorge vê esse projeto como uma iniciativa para se construir um grupo de discussão sobre a temática e um projeto de iniciação científica - Extensão- que tem a intenção de visitar novamente o interior de Alagoas, para fazer cineclubes e discutir junto do povo a arte, a cultura e identidade de Alagoas através da memória de seus atores reais.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Aprovado reajuste salarial para os radialistas de Alagoas


Paulo Guedes

O Sindicato dos Radialistas do Estado de Alagoas, junto com a categoria, aprovou,  no último dia 10, o reajuste salarial  corrigido pelo percentual de 6,16%, correspondente ao Índice Nacional de Preços – INPC, aferido no período de março/2010 a janeiro/2011, a ser aplicado tomando por base o piso profissional vigente em fevereiro deste ano.

O novo piso da categoria a partir de 1º de março/2011 para capital será de R$ 878,68. Para Arapiraca, o piso fica R$ 702,95. Para o interior, exceto Arapiraca, fica R$ 545.

Devendo ser pago até o 5º dia útil de abril/2011,  nos termos do disposto na Consolidação das Leis do Trabalho e na Instrução Normativa nº 11 de 2009, da Secretaria de Relações do Trabalho, que reconhece como válido  o Registro da Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2012.

Uma nova conquista, por parte da direção do Sindicato, junto com a categoria nesta convenção,  foi na cláusula vinte e três, que obriga as empresas de Rádio AM e FM, a manter 50% de programação local para a capital, e 25% para o interior.

Assaltos e insegurança tomam conta do comércio do Jaraguá

Erick Luisi


Os comerciantes do bairro Jaraguá, em Maceió, há meses vivem reféns do medo e da falta de segurança pública devido à onda de assaltos que vem tomando conta do comércio daquele bairro. Segundo dados da Associação Comercial de Maceió, só no mês de fevereiro deste ano foram contabilizadas mais de 30 ocorrências, em sua maioria, assaltos e arrombamentos a pequenos estabelecimentos como bares e lanchonetes.

O último restaurante do bairro a fechar as portas foi o “Almoço & Cia”, localizado na Rua Sá e Albuquerque, depois de ser assaltado por mais de 16 vezes (a última vez no dia 08 de março). Uma faixa colocada na fachada do restaurante continha a frase: “A violência fecha mais uma porta”.  Outro comércio que se rendeu a tanta violência foi a “Companhia do Pão”, também no Jaraguá, utilizando a mesma frase em forma de protesto.

Sequestros e roubos também são frequentes, principalmente para quem saca dinheiro nas agências bancárias do bairro. Em janeiro deste ano, um médico aposentado foi vítima da “saidinha de banco”, teve todo o seu dinheiro levado por dois bandidos armados e ainda ficou ferido por levar várias coronhadas na nuca. O consumo e tráfico de drogas também são comuns, normalmente à luz do dia, apavorando turistas e consumidores.

Para o assessor de comunicação da Associação Comercial, Cosmo Roberto Carneiro, a falta de policiamento na região é a principal causa das ações dos bandidos. “Cerca elétrica e câmeras não estão adiantando. Todos os dias nossos comerciantes estão sujeitos a serem vítimas desses bandidos, já que não existe segurança por parte do Estado”, relatou Carneiro, informando que desde 2009 cerca de 10 estabelecimentos foram fechados em decorrência de vários assaltos.

Segundo Mosael Henrique, assessor da Secretaria de Defesa Social de Alagoas, a ronda policial pelo bairro do Jaraguá é constante, mas insuficiente para a ação de assaltantes. Argumenta, ainda, que a única medida a ser tomada para erradicar a violência na região é aumentando o efetivo policial, porém, tal medida parte do Governo do Estado.


Até que algo venha a ser feito para resolver a situação, comerciantes, trabalhadores e moradores do Jaraguá vivem no mundo da insegurança e do medo.

Publicitários debatem mercado e profissão com alunos da Fecom

Yulia Amaral

Roberto Jr, Marcella Smith, Igor Mêda,
 Alexandra Alves e Lucas Maia.
 (Foto: Yulia Amaral)
Sob o comando da Professora Marcella Smith, os alunos de Publicidade & Propaganda,  do 4º e 7º períodos do Cesmac, nas matérias de Redação Publicitária I e Comunicação Integrada, respectivamente, participaram, no último dia 17, de bate-papo organizado pela docente com profissionais da área. O encontro, dividido em duas etapas, foi comandado pelos publicitários Igor Mêda e Lucas Maia (Agência Tengu), Roberto Júnior (Chama Publicidade) e Alexandra Alves (AKAA Comunicação Estratégica).

A primeira etapa do bate-papo aconteceu na turma de Redação Publicitária I (4º período), com o sócio e diretor de criação da Agência Tengu, Lucas Maia, informando, exemplificando e dando dicas importantes sobre o processo de produção do texto publicitário, estruturação, semântica e a importância do título. A respeito do diferencial que o publicitário precisa ter para atuar em criação, Lucas destaca: “Tem que se preocupar em trazer sempre algo novo para o dia-a-dia, não se acomodar diante de um problema e tentar achar o melhor conceito criativo, a melhor estratégia para agregar valor à marca do cliente, além de estudar novas formas de impactá-lo.”

Posteriormente, responderam a perguntas formuladas pelos próprios alunos, em mesa redonda, relacionadas à atuação profissional. Os publicitários aproveitaram a oportunidade para dar várias dicas aos estudantes sobre como agir, como se deve pensar e lidar em relação à clientela. Quanto à influência das redes sociais, Roberto Júnior, que atua na criação da Chama Publicidade, diz que as mídias sociais oferecem facilidade em colocar o usuário/público-alvo “face-to-face” com a empresa/anunciante, e as empresas podem ter um feedback mais preciso para determinada campanha. Quanto à negatividade, Roberto destaca que, tanto críticas podem se “espalhar” e prejudicar, quanto agências falharem e o público-alvo recorrer às mídias sociais em protesto.

No segundo momento, a Professora Marcella Smith* apresentou os convidados aos alunos de Comunicação Integrada (7º período). Na oportunidade, Alexandra Alves, jornalista e da AKAA Comunicação Estratégica, apresentou o case feito para a loja Tucci, e falou sobre a importância da Comunicação Integrada para a profissão: É essencial que as áreas de imprensa, relações públicas, publicidade e marketing estejam envolvidas no momento de planejar e desenvolver as estratégias de comunicação. Desta forma, potencializamos as chances de alcançarmos os melhores resultados diante dos objetivos propostos.”

O sócio e atendimento da Agência Tengu, Igor Mêda, participou ativamente tanto da mesa redonda quanto da apresentação do case Tucci junto de Alexandra. Explicou sobre como o atendimento é essencial na hora de fechar com um cliente. Igor salientou que um estudante, para ser um bom publicitário, precisa aprender desde a faculdade a separar teoria de prática, para aplicar uma à outra. Ele ainda completou: “Veja as teorias, estude o mercado, leia, pesquise, saiba quem é quem entre profissionais e agências e, sobretudo, entenda a aplicabilidade das ideias.”

*A professora Marcella Smith também atua como mídia na Chama Publicidade.




Para conhecer melhor as agências e os publicitários, acesse:

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ídolos do passado tentam salvar CSA e CRB do rebaixamento

Paulo Guedes




Técnicos estreiam com vitória  e ganham novo ânimo na luta contra a degola à 2ª divisão do Alagoano.

Depois da vitória sobre o Santa Rita no último domingo(20), por 3x0, no Estádio Rei Pelé, o CSA ganhou novo ânimo em relação a possibilidade de se livrar do fantasma do rebaixamento à 2ª Divisão do Alagoano,
onde  ocupa a vice-lanterna.

Na reestreia do técnico Lino, o  Azulão deu uma respirada na tabela e o time sob seu comando ganhou  uma nova motivação. Por isso, a equipe obteve um rendimento muito superior  ao da partida  contra o ASA, semana passada  em Arapiraca.

Lino volta ao CSA com a missão de livrar o clube de maior  torcida do estado, ao seu terceiro rebaixamento.  “Voltei para o CSA porque tenho raízes no clube, fui várias vezes campeão. Não suportaria ver um clube do meu coração, com tantos títulos e com essa imensa torcida, passar por mais um sofrimento desse”, declarou.

Já no Clube de Regatas Brasil, o Técnico  Joãozinho Paulista, estreou com vitória  sobre o Corinthians Alagoano no último sábado (19), por 2x1, no Estádio Nelson Peixoto Feijó, com dois gols do atacante  Luiz André.

O CRB segue brigando para fugir do rebaixamento, abrindo três pontos sobre o seu principal rival, o CSA. Com relação ao time sob o comando do técnico estreante, a equipe obteve um bom rendimento e  mais motivação dentro de campo.

Joãozinho volta ao Galo com a missão de não cair para a 2ª divisão do Alagoano.  Essa não é a primeira vez que "João dos Gols" assume o comando técnico do Galo da Praia. Em outras oportunidades, sempre quando o time está capengando nas competições, ele tem assumido de forma interina, mas nunca teve uma chance de ser efetivado no cargo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Recém-formados em Comunicação se unem para lançar site sobre cinema

Cecília Tavares

(Foto: Divulgação)
Um grupo de comunicólogos recém-formados se prepara para lançar, no próximo mês, um site sobre o cinema nordestino. O site, denominado Cartaz de Cinema (www.cartazdecinema.com.br), foi idealizado pelo recém-formado jornalista paraibano Simão Mairins, 22 anos, que aposta na construção de um portal sobre audiovisual voltado para o público do Nordeste. “Pretendemos trabalhar com conteúdo jornalístico, mas também divulgar o trabalho de quem faz audiovisual e incentivar o debate, envolvendo público, realizadores e pesquisadores. Teremos um espaço para trabalhos acadêmicos também”, destacou o jornalista.

A ideia partiu da necessidade de chamar atenção para o que é produzido por aqui.   “Existem dezenas de sites de cinema no Brasil, mas nenhum dá atenção para o que se faz por aqui, são todos muito focados na coisa mais comercial do eixo Sudeste e de Hollywood”, diz Simão. A partir daí, o jornalista se uniu a Janaine Aires e Rayssa Medeiros (também jornalistas recém-formadas pela UFPB) e Virgínia Ramos (publicitária recém-formada pela Universidade Católica de Pernambuco). 

Para que o site possa cobrir todo o Nordeste, Simão tem procurado estabelecer contato com outros interessados. Por enquanto, ele conta com a colaboração da jornalista Paola Botelho, que está articulando a divulgação do site no Maranhão, e de Thomas Freitas, cineasta pernambucano que vive hoje na Paraíba. “Como somos todos pernambucanos, paraibanos ou maranhenses, os primeiros contatos estabelecidos foram com agentes culturais desses estados. Está em nosso planejamento, entretanto, contar com colaboradores em todos os estados da região Nordeste, de modo que a cobertura seja ampla e, de fato, democrática”, esclarece Simão. Para isso, a equipe integra alguns fóruns articulados por movimentos culturais e universitários e procura, através deles, manter um diálogo direto com realizadores e públicos de diversos estados.

Simão, Janaine, Rayssa e Virgínia ficarão responsáveis por atualizar o site, produzir e postar as notícias diárias, escrever algumas reportagens e moderar as partes colaborativas, já que haverá espaço para usuários cadastrados publicarem seus textos e vídeos, além de fóruns de discussão. Com relação à parte gráfica, a construção do layout e a programação do site estão sob responsabilidade de Pedro Daniel, webdesigner de João Pessoa. Já a criação de gráficos, infográficos e ilustrações para as matérias do site ficam a cargo de Simão e Janaine. Por fim, a identidade visual da campanha de divulgação do lançamento do projeto está sendo feita pelo publicitário Ian Rodrigo, de João Pessoa.

Por enquanto, a equipe não tem pretensão de obter retorno financeiro, mas sim de manter na rede um veículo de referência no assunto. “Mais adiante, esperamos que o site possa dar algum retorno e aí a gente possa trabalhar de modo verdadeiramente profissional.”, acrescentou Simão.

Segundo o jornalista, o objetivo final do site é criar um espaço de referência para o audiovisual no e do Nordeste. “Acreditamos que temos muitas coisas boas em nossa região, e o mundo precisa saber que elas existem. Por outro lado, sentimos falta de um veículo que foque o público nordestino que vê, produz e pesquisa audiovisual”. Além disso, o site pretende democratizar. “Queremos ser uma mesa redonda, onde todos possam se encontrar e interagir de igual para igual. Acreditamos no audiovisual como um instrumento de transformação social e esperamos, com o Cartaz de Cinema, dar a nossa contribuição nesse sentido.”, finaliza Simão.

Serviço: Para os cineastas, professores, estudantes, cinéfilos e outros que estiverem interessados em contribuir com o projeto Cartaz de Cinema, basta entrar em contato com a equipe: contato@cartazdecinema.com.br | Twitter

Hemoal cria perfis em redes sociais para atrair os jovens à doação de sangue

Fábio Esteves

(Foto: Divulgação)
Com a ideia de conquistar os jovens para a doação de sangue e diminuir a carência de estoque do Banco de Sangue, e sabendo que atualmente as redes sociais, além de possuírem uma grande capacidade de comunicação em massa, são também extremamente utilizadas por pessoas de todas as classes sociais, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) criou perfis em sites como Facebook, Twitter e Orkut para promover campanhas de incentivo a doação.


A Campanha através das redes sociais teve início no último dia 16 de fevereiro, Com a criação dos perfis do Hemoal. Os perfis ainda contam com um pequeno número de seguidores e amigos. No Facebook, por exemplo, o perfil do Hemoal possui 205 amigos e, no Twitter, 62 seguidores. Mas, como na internet estes números aumentam rapidamente, a nova estratégia do Hemoal pode vir a crescer ainda mais.


Para o assessor de comunicação do Hemoal, Josenildo Tôrres, “O sangue é um remédio que não se produz artificialmente e, justamente por conta disso, a doação é de extrema importância”. Ele lembra também que, “Pelo fato dos jovens serem mais novos e a maioria deles nunca ter passado ou vivenciado uma situação onde há uma necessidade emergencial por sangue, muitos encaram a doação como algo sem importância e não doam sangue. Por isso, decidimos criar esta campanha”.


Segundo dados do Ministério da Saúde, para suprir as demandas por sangue em Alagoas, seria necessário que pelo menos 3% da população alagoana doassem sangue regularmente, ou seja, com intervalo de 60 dias entre as doações para os homens e 90 dias para as mulheres. Entretanto, segundo o Hemoal, apenas 1,5% da população alagoana realiza doações regularmente, destes doadores, muitos acabam sendo descartados por possuírem alguma contaminação no sangue, como HIV, Sífilis ou Doença de Chagas. Essa realidade resulta na falta de bolsas de sangue nos estoques do Hemoal, causando grandes transtornos aos que necessitam de sangue em todo o estado.


Para acessar o site e os perfis do Hemoal nas redes sociais, basta clicar a seguir:


Site Hemoal
Twitter
Facebook
Orkut

O e-mail do Hemoal é hemocentrodealagoas@yahoo.com.br

segunda-feira, 21 de março de 2011

São Miguel sedia a operação TRPP em Alagoas

Lúcia Machado

(Foto: Copaem/AL)
Maceió (15/03/2011) – O Ibama/AL, em cumprimento à Política Nacional de Proteção Ambiental e em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizou, na semana passada, em São Miguel dos Campos/AL, mais uma etapa da operação Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos (TRPP), que resultou em 168 autos de infração, sendo 73 do Ibama e 93 da PRF.

Na ocasião, foram fiscalizados 191 veículos e efetuados 67 apreensões e embargos no Posto Rodoviário Federal -São Miguel, entre eles, um caminhão com acessório radioativo irregular.

Durante a segunda etapa desta operação, houve uma diminuição significativa de infrações ambientais, registrando-se um valor total de R$ 765.700,00 (setecentos e sessenta e cinco mil e setecentos reais).

Para a superintendente do Ibama em Alagoas, Sandra Menezes, “O Ibama/AL vem promovendo ações fiscalizatórias continuadas cujo reflexo resulta na conscientização e na  adequação da legislação ambiental ao transporte rodoviário de produtos perigosos em nosso estado”.

As empresas transportadoras de produtos perigosos buscaram a regularização de suas atividades, havendo diminuição de 23% das infrações detectadas na primeira etapa da TRPP no final de 2010

“Entre os acidentes ambientais mais frequentes, estão as emergências relacionadas ao transporte rodoviário de produtos perigosos. Assim, o objetivo das ações fiscalizatórias é verificar o cumprimento de normas com relação às licenças ambientais e ao dispositivo de segurança obrigatório para cada produto transportado, visando, desta forma, a redução destes acidentes e protegendo o meio ambiente e a saúde coletiva”, conclui o coordenador da operação, Rivaldo.

*Matéria publicada também no site do Ibama

sexta-feira, 18 de março de 2011

Branquinha recebe alunos de Comunicação

Cidade de Branquinha (Foto: Divulgação)
Divulgação

Os alunos do curso de Comunicação Social, com habilitações em Jornalismo e Publicidade & Propaganda, da Faculdade de Educação e Comunicação (FECOM/CESMAC), apresentam neste sábado, 19, às 18h,  na cidade de Branquinha, o documentário “Branquinha – A Cidade das Águas Claras”.

O documentário é resultado do projeto que surgiu em sala de aula durante as aulas das disciplinas de Teoria da Comunicação e Teoria do Cinema.


A proposta do documentário é fazer uma reconstrução histórica da existência da cidade, a partir da memória dos seus atores reais que presenciaram a tragédia, tornando este um filme rico em lembranças e que reativa a memória, por ser principalmente um documento de cultura. “O grupo vê essa atividade como o início de um projeto de extensão que terá como proposta a transformação do indivíduo em sujeito histórico e comunitário, através da lente cinematográfica”, compartilha o estudante Anderson Barbosa.


Segundo o professor Cláudio Jorge Morais, orientador do projeto, “Vimos uma forma de aplicar a parte prática e social dessas disciplinas na produção”

A produção foi realizada por cerca de 10 estudantes da Fecom, do 1º, 3º e 8º períodos.

Clique
AQUI para assistir ao documentário

Fogueira de vaidades às avessas

Professor Heder Rangel


Heder Rangel (Foto: Arquivo Pessoal)
Há algum tempo li um artigo que falava sobre as funções departamentais de uma agência de propaganda e suas respectivas atividades: a importância de um bom atendimento, a eficiência da criação, a destreza para a produção de imagens, sons, efeitos, como também acerca dos trâmites e desenvoltura no campo de mídia. Tudo estava no devido lugar. Contudo, algo me chamou a atenção: o fato de associarem a figura do publicitário a uma pessoa que estabelece para si certo ponto macro de ebulição, dentro de uma grande fogueira de vaidades. Desde então, tenho pensado sobre isso.

Sei que publicidade é estratégia de comunicação e técnica persuasiva. A gente aprende que os grandes astros e estrelas desta forma de comunicação devem ser os produtos, as marcas e os clientes. E faz sentido. Então, por que a propaganda se apresenta tão fascinante, mas ao mesmo tempo, caracterizada por certa desconfiança social? Por que a beleza dos comerciais, capitaneada pela destreza das técnicas sonora, imagética e textual, quando utilizadas na apresentação e argumentação de ideias, causa, quase que simultaneamente, admiração e ceticismo?


Publicitários, empresas, comerciais, produtoras e veículos estão juntos em uma engrenagem que culmina em instantes produzidos, veiculados, olhados, percebidos, ouvidos. Tudo faz parte do que é mostrado e por ser assim, está aberto a interpretações. Existem, pois, diversas percepções e realidades distintas, mas, provavelmente, não em sua totalidade dissociadas. O que ocorre assemelha-se a uma imagem, que é una, porém, não indivisível. Pode ser que algo ou alguém, dentre tantas manifestações, se sobressaia. Momentaneamente. Isso é até natural. Mas, por que a qualificação de fogueira de vaidades?


As instituições envolvidas no processo de criação, produção e veiculação publicitárias têm, todas elas, um jeito, uma maneira, um toque de operacionalizar a comunicação dentro de um mercado que é um campo de batalhas. Ele tem e dita regras; estabelece contratos; mexe com as pessoas; trabalha mentes e corações. O mercado é ainda luzes ou trevas. Holofote ou bastidor. Contudo, o mercado é também o lugar onde os valores sociais se mesclam. Assim, quero sempre acreditar em mudanças: de entendimento, de trabalho, de competência, de lealdade, de concorrência, de criatividade, de formação.


Creio que os cursos de comunicação social – marketing, jornalismo e publicidade, por exemplo – nos têm ensinado muita coisa. E podem ajudar ainda mais: para que haja o amadurecimento do processo de consciência social, para que as pessoas sejam formadas e informadas sem a pressa de uma administração fácil e desconexa, em que se tem a impressão de um ganho direcionado.


É, talvez, neste espaço que o ilusório pode se estabelecer. E assim, as pessoas costumam repetir ações. E o ciclo se fecha. Será que falo de utopia?


Bem, penso que propaganda é um produto feito por pessoas para pessoas. E acredito que deve haver dignidade, respeito e ética desde o atendimento ao cliente, passando pela concepção do anúncio até a veiculação e a consequente comercialização. Se existe mesmo a tal fogueira de vaidades, eu não sei. Mas, dizem que quem brinca com fogo pode se queimar. E muito.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Bate-papo movimenta Publicidade na FECOM

Da Redação



Prof. Marcella Smith (Foto: Arquivo)
  Sob o comando da Prof. Esp. Marcella Smith, as turmas do 4º e 7º período das disciplinas Redação Publicitária 1 e Comunicação Integrada, respectivamente, recebem hoje, 17, para um bate-papo, os profissionais Lucas Maia (Agência TENGU) e Gabriela Cesar (Agencia UM), que participam do encontro trazendo seus cases e dividindo suas experiências de mercado, principalmente sobre o processo criativo, abordando também além da Criação, Mídia, atendimento e Planejamento.

Para a Prof. Esp. Marcella Smith “A importância de trazer para o Cesmac/FECOM alguns dos profissionais da Propaganda do Estado está em aproximar o mercado publicitário do âmbito acadêmico, e vice-versa. Os alunos, em pouco tempo, participarão desse mercado e querem conhecê-lo, conhecer o jogo e os seus jogadores - seus processos, suas possibilidades na área, seus participantes, suas dificuldades. Vejo que os alunos tem sede de conhecer o mercado que os espera mesmo antes de sair da facudade”.

O bate-papo acontece em duas etapas:

O primeiro bate-papo tem início às 18h30 na sala de Redação Publicitária 1 - sala 17 - Profº Elias Passos.

No segundo encontro , a Agência TENGU , juntamente com sua assessoria e um de seus clientes, apresentará um Job sobre o funcionamento de integração na Comunicação, e o relacionamento entre a Agência - Assessoria - Cliente , que acontecerá às 20h30 na sala de Comunicação Integrada - sala 41 - Velho Casarão.

O bate-papo é aberto a todos os estudantes e professores de Comunicação Social.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Projeto Sorriso de Plantão seleciona novos voluntários

Roberta Lins

Criança participante do projeto com voluntária (Foto: Arquivo)

O Sorriso de Plantão é um projeto de extensão da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Ele surgiu em março de 2002, após um trabalho de conclusão de curso, da estudante de Medicina, Karine Maria, através do trabalho dos doutores da alegria, que é referência em nosso país, virou projeto de extensão e se mantem até os dias atuais. As atividades são realizadas todos os sábados das 14h às 17h, no Hospital Geral do Estado de Alagoas (HGE), no setor pediátrico e de queimados, onde já funciona há mais de um ano, e no Hospital Universitário (HU), em todos os setores dos seis andares.

Os voluntários se apresentam com vestimentas e adereços coloridos, jaleco e nariz vermelho de palhaço. Para alegrar as crianças, eles aplicam injeções de ânimos e esperança, muitas gargalhadas, brincadeiras, danças, músicas, desenhos, pinturas, colagem, narração de histórias infantis, teatro com fantoches, indo de acordo com a disposição da criança.

Para a enfermeira e coordenadora do Projeto, Maria Rosa, a presença do palhaço ajuda não só a ocupar o tempo das crianças, mas, também a amenizar o sofrimento das mesmas. Os próprios voluntários estão cientes, que estas atividades diminuem a tristeza dos pacientes.

Todos que participam deste projeto, se envolvem com cada paciente, mesmo não sabendo ao certo, por quanto tempo mais ele viverá. “Acompanhei a paciente Emily Rachel, por um bom tempo, o sonho de sua mãe era fazer sua festa 5 anos, mas, nessa data a mesma estava hospitalizada, então os palhaços doutores organizaram uma festa para ela no hospital, foi muito animado, ela estava feliz da vida apesar das limitações provocadas pela doença (Distrofia Muscular). Dias depois ela faleceu, toda vez que entro em contato com uma criança, procuro dá o melhor de mim, porque aquele pode ser o último encontro”, disse Maria Rosa.

Realizado através da participação de estudantes, voluntários, de qualquer graduação, o projeto lança seu edital 2011, para seleção de novos “Doutores Palhaços” e oferece além das 30 vagas para monitores palhaços, uma vaga para Assessoria de Comunicação e uma vaga para Monitor Artístico. As inscrições podem ser feitas até a próxima sexta- feira, 18.

Para participar do Projeto Sorriso de Plantão, basta acessar o site www.famed.ufal.br/projeto/sorrisodeplantao, preencher o formulário de inscrição, levar cartão de vacinação atualizado, comprovante o de matrícula universitária e um brinquedo novo.

Para conhecer melhor o projeto, acesse:

@SorrisodPlantao - Twitter
Blog Sorriso de Plantão