Cecília Tavares
Guilherme Lamenha (Foto: Arquivo Pessoal) |
Para muitos dos que aqui se formam em Jornalismo, a dúvida sempre paira sobre migrar para o eixo Rio-São Paulo, onde há mais oportunidades, ou ficar na terrinha. A trajetória do jornalista alagoano Guilherme Lamenha sempre esteve entre os dois caminhos. Lamenha, 41 anos, teve a sua formação na área de comunicação dividida entre São Paulo, na Faculdade Cásper Líbero, onde iniciou o curso, e Maceió, na UFAL (Universidade Federal de Alagoas), na qual estudou por um ano e meio, até obter o diploma de jornalista. São dezesseis anos de profissão, que inclui passagens pelos mais variados meios: impresso, revista, televisão, atuação em assessoria de comunicação e, até mesmo, como professor.
Lamenha trabalhou na Editora Abril (revistas Caras e Exame), foi professor substituto de Comunicação na UFAL, repórter e editor nos jornais Gazeta de Alagoas e Tribuna de Alagoas; passou pela TV Senac, Blander e Associados e pelo Instituto Butantã. Com tudo isso, ainda teve tempo para uma pós-graduação de três anos e meio na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, associada à USP e à Unicamp.
“Trabalhar com gente é o meu ofício e hoje, mais do que nunca, porque, quando eu comecei a trabalhar com comunicação, existia um paradigma, um modelo muito rígido, onde existia um emissor, um receptor, que se comunicavam através de uma mensagem, passada por um determinado meio. Hoje em dia isso se pulverizou. A fonte é, ao mesmo tempo, receptor; o receptor é fonte. Então essa coisa da via dupla é total”, teoriza Lamenha.
Entre 2009 e 2010, o jornalista assumiu a coordenação de comunicação do Sistema SEPLAN (Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento) - ITEC (Instituto de Tecnologia) - CEPAL (Companhia de Empreendimento e Parcerias), em Maceió, onde desenvolvia, além da relação com a imprensa, uma ação de facilitação da comunicação interna entre os vários departamentos da entidade. Desde o início do ano, Lamenha investe na área de consultoria em comunicação e mora em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, onde foi contratado para um trabalho de dois meses.
Segundo ele, a volta a Maceió dez anos depois de sua última experiência profissional na cidade (ele havia trabalhado, até 1999, como editor-chefe da então Tribuna de Alagoas), lhe trouxe novas esperanças. “Uma coisa que me impressiona muito positivamente é a nova geração, porque o que eu sinto da minha geração, de quinze anos atrás, para geração de agora, é que eles são mais dispostos, estão mais interessados. Parece que o avanço da tecnologia fez com que o mundo, de fato, ficasse menor”. Segundo Lamenha, existe uma gama de manifestações que o aluno de comunicação explora, em virtude do fácil acesso à informação e que o torna um profissional diferenciado ao chegar ao mercado. “Esse talvez seja o molho que faltava nesses anos todos, que faz com que eles busquem, por exemplo, criar seu próprio site, desenvolver seu próprio projeto, enfim, isso me dá esperança de que, se a gente não muda o establishment, ou seja, aquilo que está na estrutura consolidada das empresas, vai mudar, pelo menos, na cabeça de quem faz o jornalismo.”, completa.
Para o jornalista, a situação da imprensa alagoana é muito sui-generis. “Se a gente for falar em jornalismo propriamente dito, nós temos poucas empresas de comunicação e, tais empresas estão ligadas, ou a grupos políticos, que se confundem com os grupos econômicos e, todo grupo político, todo grupo empresarial tem os seus interesses. Então nós temos três, quatro, cinco grupos, que dominam as rádios, as televisões, os jornais e, por incrível que pareça, também os sites noticiosos, o que acaba monopolizando mesmo essa questão da difusão da informação”.
Embora um mercado menor e limitado, Lamenha acredita que Alagoas reflete muito o que acontece no Brasil e no resto do mundo. O jornalista finaliza, profetizando que os novos profissionais da comunicação é que vão ditar o mercado. “Acho que o novo profissional, ao tentar se moldar, vai também buscar todas as suas facetas. O jornalista hoje é muito mais convergente, é um profissional que resume bem essa conexão midiática que aponta para convergência. Essa coisa das múltiplas plataformas, que o New York Times, por exemplo, é vanguardista no mundo, é uma realidade.”, conclui Lamenha.
Lamenha trabalhou na Editora Abril (revistas Caras e Exame), foi professor substituto de Comunicação na UFAL, repórter e editor nos jornais Gazeta de Alagoas e Tribuna de Alagoas; passou pela TV Senac, Blander e Associados e pelo Instituto Butantã. Com tudo isso, ainda teve tempo para uma pós-graduação de três anos e meio na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, associada à USP e à Unicamp.
“Trabalhar com gente é o meu ofício e hoje, mais do que nunca, porque, quando eu comecei a trabalhar com comunicação, existia um paradigma, um modelo muito rígido, onde existia um emissor, um receptor, que se comunicavam através de uma mensagem, passada por um determinado meio. Hoje em dia isso se pulverizou. A fonte é, ao mesmo tempo, receptor; o receptor é fonte. Então essa coisa da via dupla é total”, teoriza Lamenha.
Entre 2009 e 2010, o jornalista assumiu a coordenação de comunicação do Sistema SEPLAN (Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento) - ITEC (Instituto de Tecnologia) - CEPAL (Companhia de Empreendimento e Parcerias), em Maceió, onde desenvolvia, além da relação com a imprensa, uma ação de facilitação da comunicação interna entre os vários departamentos da entidade. Desde o início do ano, Lamenha investe na área de consultoria em comunicação e mora em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, onde foi contratado para um trabalho de dois meses.
Segundo ele, a volta a Maceió dez anos depois de sua última experiência profissional na cidade (ele havia trabalhado, até 1999, como editor-chefe da então Tribuna de Alagoas), lhe trouxe novas esperanças. “Uma coisa que me impressiona muito positivamente é a nova geração, porque o que eu sinto da minha geração, de quinze anos atrás, para geração de agora, é que eles são mais dispostos, estão mais interessados. Parece que o avanço da tecnologia fez com que o mundo, de fato, ficasse menor”. Segundo Lamenha, existe uma gama de manifestações que o aluno de comunicação explora, em virtude do fácil acesso à informação e que o torna um profissional diferenciado ao chegar ao mercado. “Esse talvez seja o molho que faltava nesses anos todos, que faz com que eles busquem, por exemplo, criar seu próprio site, desenvolver seu próprio projeto, enfim, isso me dá esperança de que, se a gente não muda o establishment, ou seja, aquilo que está na estrutura consolidada das empresas, vai mudar, pelo menos, na cabeça de quem faz o jornalismo.”, completa.
Para o jornalista, a situação da imprensa alagoana é muito sui-generis. “Se a gente for falar em jornalismo propriamente dito, nós temos poucas empresas de comunicação e, tais empresas estão ligadas, ou a grupos políticos, que se confundem com os grupos econômicos e, todo grupo político, todo grupo empresarial tem os seus interesses. Então nós temos três, quatro, cinco grupos, que dominam as rádios, as televisões, os jornais e, por incrível que pareça, também os sites noticiosos, o que acaba monopolizando mesmo essa questão da difusão da informação”.
Embora um mercado menor e limitado, Lamenha acredita que Alagoas reflete muito o que acontece no Brasil e no resto do mundo. O jornalista finaliza, profetizando que os novos profissionais da comunicação é que vão ditar o mercado. “Acho que o novo profissional, ao tentar se moldar, vai também buscar todas as suas facetas. O jornalista hoje é muito mais convergente, é um profissional que resume bem essa conexão midiática que aponta para convergência. Essa coisa das múltiplas plataformas, que o New York Times, por exemplo, é vanguardista no mundo, é uma realidade.”, conclui Lamenha.
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