quinta-feira, 19 de maio de 2011

Alagoas e o caos

Servidores da segurança pública do estado de Alagoas
 caminham ao palácio do governo para reivindicar 
reajuste salarial.  (Foto: Bruna Coelho)

Bruna Coelho

Servidores da segurança pública do estado de Alagoas continuam em greve, por falta de reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Os trabalhadores exigem o reajuste de 60% em cima do piso atual.  O  governador do estado decidiu na sexta feira, dia 8 de maio, que um reajuste de 5, 91% dividindo o valor em duas vezes, o que não foi aceito pela categoria, alegando que o valor estabelecido pelo governador  reeleito não supre as necessidades dos trabalhadores, por estarem a mais de quatro anos sem reajuste salarial.

O movimento por melhores salários vem ganhando a adesão de agentes penitenciários, servidores da educação, saúde, sindicalistas e movimentos sociais. As categorias se unem para pressionar o governo, pois, além da segurança pública, educação e saúde , as demais  categorias também  não se conformam com o reajuste salarial estabelecido pelo governador do estado.

Os Agentes penitenciários entraram em greve na segunda-feira (2), a Polícia Militar teve em audiência nesta terça-feira (3), com o secretário de gestão pública do estado, para negociações sobre o reajuste salarial, mas, até o momento nada foi   resolvido, e os militares continuam em greve.

Alagoas é considerado o estado mais violento do Brasil, com 8.198 assassinatos em quatro anos, a segurança pública alega que, isso acontece por falta de condições digna de trabalho, e com a greve o número de vitimas pode aumentar. Entretanto, “governo nenhum se sustenta sem a atuação dos servidores públicos, logo, a base da população está completamente abandonada”, disse um  sindicalista da área de segurança pública.

Por todos esses aspectos, a classe trabalhadora e sindical afirmou que, enquanto o governador não ceder o aumento, a solução é a população se unir com a classe, para evitar que o dia 27 de julho no ano de 97 venha a se  repetir. O estado de Alagoas  encontra-se num verdadeiro caos em relação a segurança pública. O alto número de homicídios tem levado  os trabalhadores a  usarem o termo “nunca se matou tanto”, uma crítica ao slogan “nunca se fez tanto” utilizado pelo atual governo.

2 comentários:

  1. muito bem explicada a materia, Parabéns

    coitado dos funcionarios publicos, salario digno que é bom nada, e o cara ainda fica dando gargalhada.

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