sexta-feira, 27 de abril de 2012

Maceió tem coleta seletiva, mas não conscientiza

Muito comércio e pouco exercício de Educação Ambiental
Por: Karina Moura
A iniciativa de reciclagem que predomina em Alagoas é comercial. Os depósitos que compram e vendem o material reciclável estão espalhados por vários bairros da capital. Existe uma população de catadores que sobrevivem de uma renda formulada a partir dessa coleta. No entanto, a Educação Ambiental não é prioridade no estado.


O projeto que desenvolvia em suas atividades essa perspectiva educacional deixou de presta-la por falta de estrutura. Depois de um incêndio na sede da ONG Pitanguinha Minha Vida em 2008, poucas pessoas sabem sobre sua continuação, que se dá entre a falta de equipamentos e estrutura, realizando a ação da qual foi pioneira na cidade. A coleta seletiva.

Segundo a coordenadora da ONG, Helia Coelho da Paz, nem sempre o funcionamento desses depósitos se dão forma adequada. Algumas medidas deveriam ser sempre tomadas. Por exemplo, o material deve ser acondicionado para evitar o acúmulo de insetos e ser isento de exposição, para que não se desgaste e, consequentemente se desvalorize. Por isso, mesmo não deixando de ser importante a coleta seletiva, a educação ambiental é primordial e precisa ser priorizada.

As políticas públicas do país não permitem investimento na educação e na preservação do planeta. Helia diz, “Todos nós sabemos que quanto mais sujeira, mais o governo investe na coleta do lixo. Assim, arrecadam, controlam e recebem de organismos sociais que aplicam seu dinheiro para a conservação do planeta”.

Disse ainda, que o processo de reciclagem é feito fora do estado, pois Alagoas não contempla esse ramo. As empresas não coletam. São as ONGs, incluindo as cooperativas, que fazem esse trabalho. Manuel Dome, um dos donos de um depósito de compra e venda de material reciclável, localizado na entrada do bairro Santos Dumont, vende o material para empresas de Recife e Aracajú. Ele disse que algumas empresas que fazem o processo de reciclagem começaram a surgir no estado, mas que devido aos juros altos, ainda predomina a exportação.

Para Helia a maior dificuldade é a resistência das pessoas. “Alguns pensam que porque têm dinheiro podem jogar seu lixo em qualquer lugar. Outros, que por não tê-lo não precisam ser educados, levar e colocar o material em local apropriado. Quando somos educados à não jogar nosso material em qualquer lugar, com certeza evitamos acúmulo de insetos e animais que promovem doenças”. Enquanto medidas de Educação Ambiental não forem adotadas a população continuará indiferente a preservação consistente e consciente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário