quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Problemas na Tireóide podem gerar dificuldades na gestação

Isabelle Monteiro e Rozana Ribeiro - 6º período de jornalismo


Os exames requeridos pelos obstetras durante o pré-natal não são poucos. Entretanto, nesse momento, alguns exames são ignorados, o que acarreta o desconhecimento a respeito das doenças de alto risco à saúde da mãe e do bebê. De acordo com a Dra. Gláucia Mazeto, endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), este é o caso da tireóide, cujas modificações podem induzir à hipertensão gestacional, parto antecipado, baixo peso no nascimento e até mesmo um aborto. Mesmo não havendo um histórico com alterações da tireóide, as gestantes podem desenvolver a doença durante a gravidez.


Crédito Google Grávida.jpg

A especialista alerta para os cuidados que se deve ter e sobre como é importante realizar com antecedência, exames que analisam a condição dos hormônios da tireóide em gestantes com histórico ou características de risco para a doença. Contudo, o critério da estimativa clínica durante a gravidez, deve ser direcionado também às mulheres que nunca enfrentaram o problema, já que este pode ser desenvolvido nesse período. Dra. Gláucia Mazeto alerta ainda que, a gestação, pelas inquietações orgânicas e funcionais que gera, proporciona um impacto sobre a glândula tireóide.


Com localização na região do pescoço, a tireóide gera uma produção de hormônios responsáveis pelo controle do metabolismo. Ocorrendo nas grávidas, a atuação imprópria para esse processo pode ser prejudicial ao crescimento e consequentemente o desenvolvimento da criança no útero. Quando a glândula permite a liberação de hormônios em demasia, ocorre o hipertireoidismo, que se opõe à insuficiência destes, o que pode provocar o hipotireoidismo.

 
Segundo a Dra. Gláucia Mazeto, o hipo é o que gera menor impacto para a gestante, pois há características em relação à representação clínica e às medicações utilizadas que tornam o tratamento mais fácil. Pesquisas recentes divulgaram que este ano, cerca de 3% das grávidas possuem hipotireoidismo e 0,4% apresentam o hipertireoidismo. Entretanto, as gestantes não precisam temer. Quanto mais rápido for o início do tratamento das disfunções da tireóide - se possível no primeiro trimestre de gestação – maior a possibilidade de obter sucesso. Nas duas ocorrências de alterações tireoidianas, o tratamento é possível pela utilização de remédios apropriados e, periodicamente, a efetivação de exames de laboratório.

Esse é mais um motivo para que as futuras mamães atentem para a importância da realização do pré-natal de forma regular, assim como é fundamental manter-se com informações atualizadas, para que possam cobrar quando houver desconhecimento dos próprios médicos, em relação aos métodos imprescindíveis à saúde da mulher e do bebê.
Fonte: site saúde em pauta online


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