Isabelle Monteiro e Rozana Ribeiro
Criança recém-nascida com deslocamento do quadril é mais comum do que se pensa. Entretanto, são raras às vezes em que o problema é detectado nos primeiros meses de vida. Sua ocorrência tende a ser percebida somente quando a criança inicia os primeiros passos, quando um andar diferente ou um mancar revelam os sinais.
Antes que as dificuldades apareçam, determinados fatores interpretados como risco podem ser encarados como alertas. A incidência do problema aumenta na primeira gestação. O fato é conhecido como Luxação Congênita no Quadril ou Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ). A maneira como o bebê se desenvolve no útero, denominada posição pélvica _momento em que a criança está sentada, também é outro fator que pode ocasionar o problema.
Dr. Miguel Akkari, chefe do Grupo de Ortopedia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, explica que são realizados em recém-nascidos, exames manuais em que o médico pediatra analisa a estabilidade do quadril. Se houver a percepção de qualquer instabilidade, para ratificar o problema, o próximo passo é a realização de exames laboratoriais, como ultrassonografia ou radiografias. O médico fala ainda sobre o fato de não haver dor quando há luxação e de que nem sempre ela é perceptível. Além disso, segundo Akkari, o progresso do desvio pode suceder durante o desenvolvimento da criança
Tratamento - Tanto precoce quanto em crianças em idade mais adiantada, existe tratamento e cura. O que muda é que, quando há um diagnostico rápido, se torna muito simples. O tratamento é efetivado com um aparelho que mantêm o quadril na forma correta, sendo similar a um suspensório e que possui 98% de eficácia nos casos. Todavia, a utilização do equipamento só é indicada para crianças de até três ou quatro meses. Após esse período não há eficiência. Segundo o Dr. Akkari, depois do período, considerado como tratamento precoce, o quadril só pode ser corrigido através de cirurgia e imobilização com gesso. Diz ainda que, quando adulto, o paciente sem tratamento adequado, pode ter restrição dos movimentos.
No Brasil, esse tipo de luxação pode ocorrer de até uma para cada duas mil crianças. A incidência para as que foram desenvolvidas na posição pélvica é de até uma para cada quinze. Sendo mais constante nas meninas, essa freqüência se torna menor_ metade_ para o sexo masculino, o que ainda é considerado preocupante.
Fonte: saudeempautaonline.com.br/
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