sexta-feira, 17 de junho de 2011

Intercom/NE 2011 encerra atividades com bom número de participações

Yulia Amaral e Fabyane Almeida

O terceiro e último dia de Intercom/NE 2011, que teve participação de mais de mil pessoas durante esses três dias, contou com programação diversificada durante a manhã. A maior quantidade de participação dos alunos nesta manhã concentrou-se na mesa redonda, no laboratório Itaú Cultural e na oficina de Fotografia Publicitária. Já no horário da tarde, o público interessou-se pelas diversas atividades realizadas por toda a Fecom, como Expocom Jr, Divisão Temática, oficinas, programação recheada para os estudantes de Publicidade e Propaganda.

Manhã

Vera Paternostro, produção da Rede Globo.
(Foto: Victor Brasil)
Na mesa redonda Passaport SPORTV, os temas debatidos dessa manhã pelo apresentador Filipe Toledo e pela produtora da Rede Globo, Vera Iris Paternostro, foram: O caminho da informação, as novas tendências do telejornalismo e a busca pela inovação com a entrada dos recém formados nas empresas jornalísticas. De acordo com Vera Paternostro, “o Jornalismo está em constante mudança e os jovens talentos quebram esses padrões impostos e acabam inovando, com um olhar diferenciado para a matéria, o personagem e a situação”.


Aluna Larissa Fontes no Expocom
(Foto: Fabyane Almeida)

Ainda durante a manhã, a estudante de Jornalismo da Faculdade Integrada Tiradentes (Fits), de Maceió, Larissa Fontes, apresentou o trabalho “Resistência e afirmação cultural: Um olhar fotográfico e etnográfico sobre a comemoração à Iemanjá em Maceió-AL”. O trabalho foi desenvolvido através de uma análise das expressividades presentes na ritualização dos festejos, com o objetivo de buscar uma maior compreensão das religiões afro-brasileiras.




Werneck conduzindo oficina
(Foto: Fabyane Almeida)
A oficina do jornalista Humberto Werneck, que já trabalhou na revistas de circulação nacional Veja e Istoé, relatou como é fazer Jornalismo de boa qualidade a partir de experiências. Para Humberto, nada supre a ida do repórter à rua para entrevistar os personagens. “O jornalista escreve para o leitor, somos apenas mediadores entre a situação e quem vai receber a informação”, ressaltou.



Tarde
Mesa redonda sobre pensamento
comunicacional com professores.
(Foto: Victor Brasil)

No período da tarde, a mesa redonda com o tema “Alagoas na categoria do pensamento comunicacional” contou com a presença do professor Gustavo Acioli, Moacir Barbosa da UFRN e Sivaldo Pereira da UFAL, que debateram o uso correto das novas tecnologias na pesquisa empírica. Foram discutidos o designer, o conteúdo da informação que é veiculada na web, considerando uma forma rápida de informação e onda a sociedade busca novos conhecimentos.


Diretor de criação da Chama,
Hermann Fernandes
(Foto: Yulia Amaral)

Foram seis oficinas realizadas na tarde desta sexta-feira (17). Uma delas, foi ministrada pelo diretor de criação da Chama Publicidade, Hermann Fernandes, com o tema: “A importância do planejamento para o processo de criação”, onde disse que publicitários às vezes têm que mergulhar profundamente em áreas desconhecidas para ser um bom profissional.




Colóquio com José Marques Melo
e Douglas Apratto
(Foto: Victor Brasil)
Intercom Júnior, Colóquio sobre “Alagoas na cartografia do pensamento comunicacional brasileiro”, com participação do professor e escritor José Marques de Melo e o vice-reitor do Cesmac, Douglas Apratto e divisões temáticas, também movimentaram as atividades finais do congresso de Comunicação Social em Maceió.





A entrega de premiação para os estudantes que inscreveram trabalhos, juntamente com o encerramento do evento, aconteceram posteriormente, às 18h, no Teatro Deodoro.

Segunda parte da quinta-feira do Intercom/NE apresenta programação variada

Yulia Amaral e Fabyane Almeida

Reiniciando às 14h nesta quinta-feira, o segundo dia de Intercom/NE 2011 proporcionou aos alunos uma programação variada e salas lotadas de participantes dispostos a aprender tudo o que pudesse ser passado e ensinado. O Intercom Júnior retomou as atividades com novas apresentações de alunos graduados, pós-graduados, alunos de mestrados e doutorados.


Mesa Redonda


Francisco Oiticica e José Carlos Marques.
(Foto: Yulia Amaral)
A tarde contou com a relização de outra mesa redonda, desta vez, direcionada aos participantes interessados em aprender na área de Publicidade e Propaganda, com o tema “Pesquisa Empírica na Publicidade”, comandada pelos professores José Carlos Marques (UNESP-Bauru), Francisco Oiticica Filho (Maurício de Nassau-AL) e Heder Rangel.




Laboratório Itaú Cultural

Jornalista Eliane Brum, no
Laboratório Itaú Cultural.
(Foto: Fabyane Almeida)
Os estudantes de jornalismo e profissionais puderam, ainda, aprender um pouco mais sobre a realidade do fazer jornalístico na palestra da colunista da revista Época, Eliane Brum. No laboratório cultural “Olhar e escuta na busca do personagem singular”, a jornalista dividiu com uma sala cheia as experiências vividas nas ruas, desde as decepções aos sucessos alcançados durante a carreira.

De acordo com Eliane Brum, sempre irão existir dificuldades na área, seja uma pauta que não rende, ou pessoas que não irão contribuir com a matéria. “O jornalista tem que buscar o diferencial, um olhar fora do comum, algo inusitado, ir além do que a pauta pede, além de entrar no contexto do personagem”, acrescentou.

Oficinas

Marcos Damasceno e equipamentos de vídeo
(Foto: Yulia Amaral)
Seis oficinas foram realizadas no período da tarde do segundo dia de Intercom/NE 2011. Duas oficinas abordaram temas relacionados, a de “Vídeo Digital: Captação ao alcance de todos”, com Marcos Damasceno, que ensinou os alunos toda a parte prática envolvida com o vídeo, além de ter levado para a sala de aula equipamentos diversos para demonstração, e a de “Produção e Direção de Vídeo”, conduzida por Luciano Leão.



Oficina de Jornalismo Cívico
(Foto: Yulia Amaral)
Outras duas oficinas abordaram a temática da Comunicação Organizacional. Em uma das seis oficinas, o professor Marcus Lima, da UESB, ensinou sobre o “Jornalismo Cívico”, modalidade de Jornalismo que muitos desconhecem, que propõe uma visão civil da parte do jornalista, ouvindo e dando autoridade à população em casos de greves, protestos, manifestos, tudo que envolva o interesse público. “Esse é um jornalismo diferente do comum que alguns veículos já utilizam, mas não sabem que fazem justamente por não conhecê-lo”, disse o professor.



Minicurso
Minicurso Literatura e Jornalismo
(Foto: Yulia Amaral)

O minicurso de “Literatura e Jornalismo” que foi realizado nesta tarde, foi guiado pelo professor de Comunicação Social do Cesmac, Gerson Brito, que incentivou os alunos a praticar o lado do jornalismo literário com distribuição e análise de textos, praticando, assim, a produção dos mesmos.




Intercom Júnior e Expocom

Izabel Almeida no Expocom
(Foto: Fabyane Almeida)

Ao todo, foram apresentados quatorze trabalhos de Expocom, dividido entre Publicidade e Propaganda e Jornalismo. A estudante Izabel Almeida apresentou uma campanha veiculada em outdoor com o intuito de divulgar um concurso de Publicidade que iria ocorrer na Universidade em que estuda, no Maranhão.





Larissa Montezuma, no Intercom Júnior
(Foto: Yulia Amaral)
No Intercom Júnior, foram sete trabalhos apresentados, divididos entre Publicidade e Propaganda, Comunicação Audiovisual e Estudos Interdisciplinares da Comunicação. A aluna da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Larissa Montezuma, foi uma das participantes do Intercom Júnior e apresentou trabalho sobre “ProductPlacement e a TV Digital no Brasil”.



Divisão Temática


Etudante Cláudia de La Barra
(Foto: Fabyane Almeida)

Na sala de divisão temática de Comunicação Audiovisual, foi abordada a análise cinematográfica do filme Five, pelo estudante, Júlio Figueroa, da Universidade Federal da Bahia, onde houve reflexão acerca da escolha da posição da câmera, se houve veracidade nas imagens se o autor transmite ou não um frescor, uma calmaria pelas cenas de praia que foram selecionadas.

Houve ainda o trabalho de Publicidade da estudante Cláudia de La Barra, que apresentou o trabalho com o tema "O Brasil como Lovemark através da diplomacia cultural". Foi mostrado que as marcas têm um grande poder de envolver as pessoas, criando com o consumidor uma ligação emocional que vai além da razão e da necessidade de compra.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Manhã movimentada no segundo dia de Intercom/NE

Yulia Amaral e Fabyane Almeida


O segundo dia de atividades do Intercom/NE começou às 8h30 com bastante movimentação. Entre oficinas, mesa redonda, minicursos, Expocom e Intercom Júnior, e também uma reunião do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), os participantes se dividiram pelas salas em busca de conhecimento, troca de idéias e atividades práticas na área de Comunicação Social, em cursos como Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, e outros. A segunda etapa desta quinta-feira (16) teve início às 14h.

Minicursos


Minicurso sobre
Assessoria de Comunicação.
(Foto: Yulia Amaral)
 Dois minicursos aconteceram na manhã do segundo dia. Um deles teve o tema “Assessoria de Comunicação: Apresentação de Casos Premiados”, e foi ministrado pelo trio de jornalistas Simoneide Araújo, Graça Carvalho e Carlos Gonçalves, assessores de imprensa do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF) e Correios/AL, respectivamente. Na oportunidade, eles apresentaram aos participantes produções deles que foram premiadas nos últimos anos. Os palestrantes ainda realizaram sorteios entre os alunos participantes.

Minicurso sobre mídias sociais
com casa cheia
(Foto: Victor Brasil)
O outro, sobre as “Perspectivas e Desafios da Comunicação em Tempos de Mídias Sociais”, ministrado pelo professor Gustavo Acioly, com tutoria da aluna Natália Souza, teve uma grande quantidade de estudantes e profissionais de diferentes estados que relataram as diversas experiências que a rede pode causar na comunicação ou na falha dela. Para a mestranda Renata Echerria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as mídias sociais são ferramentas de grande poder e fazem enorme diferença quando usadas com responsabilidade. “As mídias sociais têm o poder de formar opiniões e podem ajudar a construir ou destruir uma marca, um serviço, ou até mesmo, a imagem de uma pessoa física”, acrescentou.

Mesa redonda

"Pesquisa Empírica na Comunicação"
(Foto: Victor Brasil)
A mesa redonda, que abordou o tema "Pesquisa Empírica na Comunicação", contou com a participação de Lídia Ramires, professora da UFAL, campus do Sertão, professor José Marques de Melo, presidente honorário do Intercom e Rosana Gaia, representante do Ifal. Foram discutidos temas da construção da pesquisa que tem uma base teórica, mas é realizada na prática com uma produção local, do dia a dia.



Oficinas

Produção jornalística para
o público LGBT
(Foto: Yulia Amaral)
Na mesma manhã, foram realizadas quatro oficinas. Temas como “Jornalismo e História”, “Fotografia Publicitária I” e “Qualidade e formação do consumidor: A tentativa da práxis” interessaram vários alunos participantes. A oficina “Produção Jornalística para o público LGBT”, ministrada por Joseylson Fagner dos Santos, apresentou dicas de como produzir um texto que se adéqüe à necessidade do público LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros.





Expocom

Aluno André Carvalho,
apresentando trabalho para Expocom.
(Foto: Yulia Amaral)
Os trabalhos apresentados por alunos foram divididos, na manhã de hoje (16) nas disciplinas de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Os estudantes mostraram aos participantes, cerca de quinze trabalhos ao todo, com julgamento de professores selecionados. O aluno da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), André Carvalho, apresentou um trabalho de Publicidade e Propaganda sobre “Geek: venha para o lado hightech da força”, falando sobre a produção dos considerados “nerds” no campo publicitário.

Sucesso no primeiro dia de Intercom/NE

Yulia Amaral e Fabyane Almeida

Trabalhos de alunos estarão expostos durante
os três dias de congresso.
(Foto: Yulia Amaral)

O Intercom Nordeste 2011, que está sendo realizado em Maceió-AL, na Faculdade de Educação e Comunicação (Fecom) do Cesmac, teve início na manhã desta quarta-feira (15) e ainda acontecerá pelos próximos dois dias (16 e 17). O evento, que tem o objetivo de sociabilizar o conhecimento entre professores e estudantes, apresenta em sua programação palestras, oficinas, minicursos e exposições de trabalhos acadêmicos (Intercom Júnior e Expocom) e divisões temáticas para professores, graduados e pós-graduados. Trabalhos de alunos de Comunicação Visual também estarão expostos durante os três dias de evento.


De acordo com a professora dos cursos de Comunicação Social do Cesmac, Silvia Falcão, esse é o momento para os estudantes vivenciarem a realidade da Comunicação Social e da informação como um todo. “Com os trabalhos que são apresentados, as palestras, as oficinas, além dos professores de outros estados que trazem o conhecimento e a experiência, é possível que os estudantes possam expandir o aprendizado, que vai além da sala de aula, como nas pesquisas de extensão”, reforçou.

Com uma média 1.200 inscritos, o Intercom Nordeste 2011 tem programação para todo o curso de Comunicação Social, entre eles, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas. Presenças de todos os estados do Nordeste estão reunidas nesses três dias de congresso, além de professores de outros estados do Brasil, convidados para palestras e minicursos.

Expocom e Intercom Júnior


Yasmin Costa, apresentando trabalho
no Expocom de Cinema e audiovisual.
(Foto: Yulia Amaral)
Na parte do Expocom, onde alunos apresentam trabalhos produzidos durante o período acadêmico, três salas abrigaram diversos trabalhos com as temáticas: “Cinema e audiovisual” e “Relações Públicas”. Já no Intercom Júnior, os estudantes mostraram resultados de trabalhos feitos em projetos de pesquisa e extensão, com o tema “Relações Públicas e Comunicação Organizacional” e outros sobre Jornalismo.

O que estimula a participação dos alunos é a possibilidade de integração com outros, de diferentes estados. Para a estudante da Universidade Federal de Piauí (UFPI), Tamires Coelho, que apresentou no Intercom Júnior a pesquisa “A imagem da Universidade Federal de Piauí na mídia Impressa e eletrônica piauiense”, o Intercom está além de suas expectativas. “Temos a oportunidade de transpor, visualizarmos as experiências para buscar um macro conhecimento e isso que é o importante e o motivador do Intercom”, contou. “Nós estudantes somo apenas aspirantes a comunicólogos e esse momento é mais do que uma escola, para quem quer aprender”, destacou.

Oficinas

Jornalista Luís Vilar conduzindo oficina
sobre Jornalismo Impresso
(Foto: Yulia Amaral)

Oito oficinas também movimentaram o primeiro dia de atividades do Intercom Nordeste 2011. Uma delas foi ministrada pelo jornalista Luís Vilar, com o tema “Texto para Jornalismo Impresso”, onde explanou sobre a construção desse texto jornalístico, suas características e as principais mudanças que vem sofrendo com o avanço da tecnologia também no Jornalismo. Outra, conduzida pelo professor Marco Escobar, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi sobre a importância em divulgar as questões ambientais, desde a preservação do bem natural à denúncia de degradação do meio ambiente.

A oficina “Comunicação, Relações Públicas e Gerenciamento de Crises” ensinou a antecipar uma crise em uma assessoria de comunicação. O assessor da Pubblico, Gustavo Mascarenhas, afirmou que muitas vezes o assessorado não tem controle do que faz diante da mídia e acaba fazendo um papel negativo para a imagem da instituição ou pessoa física. Disse, ainda, que “o assessor é quem tem que correr atrás de reverter essa imagem”.

Minicurso

Marcos Damasceno e Samir Sena,
no minicurso sobre TV Digital.
(Foto: Yulia Amaral)
O minicurso, realizado nesta quarta-feira sobre TV Digital, foi ministrado pelos profissionais Samir de Sena (TV Gazeta), Marcos Damasceno (TV Assembleia) e Lúcio Souto (TV Pajuçara). O diretor de Marketing da TV Gazeta, Samir de Sena, considera a realização de um minicurso com essa temática “muito interessante, pois, a TV Digital cria laços de interatividade entre o programa e o telespectador. A partir disso, é possível criar um conteúdo melhor, seja em qualquer área da Comunicação”.


Abertura Oficial


Professor José Marques de Melo recebendo presente
das mãos do vice-reitor Douglas Apratto.
(Foto: Yulia Amaral)

A abertura oficial do evento aconteceu às 19h30, no Teatro Deodoro, no Centro de Maceió. O Coral do Cesmac fez apresentação de algumas músicas e, posteriormente, o professor e jornalista José Marques de Melo, foi homenageado, tanto pela sua carreira, ao receber uma placa, quanto pelo aniversário, comemorado nesta quinta-feira, 15 de junho. Na ocasião, o reitor do Cesmac, João Rodrigues Sampaio Filho, juntamente com o vice-reitor Douglas Apratto e o representante do Intercom Nacional, José Carlos Marques, presentearam o aniversariante com uma produção de Roberto Mendes. Logo em seguida, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Serpa, palestrou sobre o tema do Intercom deste ano, "Quem tem medo de pesquisa empírica?".

quarta-feira, 15 de junho de 2011

PodCast de alunos do Cesmac com os melhores momentos do Intercom Nordeste 2011

Yulia Amaral

O PodCast da WebRádio com melhores momentos do Intercom Nordeste 2011, criado e produzido por alunos do 3º período do Centro Universitário Cesmac, em parceria com o Cesmac InFoca, já está funcionando. Basta escolher o que ouvir na coluna do lado direito do blog, logo acima, que será direcionado para outro link com o áudio selecionado.

Acompanhe tudo o que acontece no Intercom/NE pelo Cesmac InFoca!

Maceió sedia Intercom Nordeste


Ascom/Cesmac

Maceió  sedia o INTERCOM NORDESTE,  Congresso Nordestino de Comunicação, que reunirá durante os dias 15, 16 e 17 de junho, Professores, Pesquisadores  e estudantes de Comunicação. O INTERCOM é considerado o maior evento para área de Comunicação e tem como anfritã do evento a  Faculdade de Educação e Comunicação (FECOM) do Centro Universitário CESMAC, que  recebera cerca de 1.200 congressistas para o Intercom Nordeste 2011, etapa regional do encontro promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.

A abertura acontece na noite desta quarta-feira (15) às 19h30 no Teatro Deodoro, com uma mesa formada pelo professor doutor José Marques de Melo e convidados. Às 20h acontece a Conferência de Abertura, que terá como tema “A Importância da Pesquisa Empírica em Comunicação”, com o professor Marcelo Serpa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

terça-feira, 14 de junho de 2011

Setor da Construção Civil gera oportunidades para os novos engenheiros

Cecília Tavares

Com menos de um ano de formado, o engenheiro sanitarista e ambiental, Davi Fonseca, de 25 anos, está a caminho do quarto emprego, na quarta cidade diferente. Não por falta de competência e subsequentes demissões, mas por receber ofertas de trabalho cada vez mais promissoras.

Este ano, de acordo com o Sinduscon,
o setor civil deve crescer 6,1%

Hoje, essa é a realidade da maioria dos recém formados em Engenharia no Brasil. O setor vem se expandindo, em virtude da expansão do crédito na área habitacional e de infraestrutura, além dos recursos do programa “Minha casa, Minha Vida”. Em 2010, o país fechou o ano com a geração de 350 mil novos empregos com carteira assinada no setor.

Segundo estimativas divulgadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon), o setor deve crescer 6,1% este ano. Entre os principais desafios para a indústria da construção, na avaliação do SindusCon, estão a continuidade do programa habitacional, o desenvolvimento de novas fontes de financiamento, a busca por inovações tecnológicas, o custo dos terrenos e a escassez de mão de obra.

Embora a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) tenha detectado um leve desaquecimento no setor da construção civil no mês de abril, o nível de atividade e o número de empregados no setor mantiveram-se. A procura por mão de obra especializada é tão grande que o Brasil passou a não só empregar massivamente os recém formados, como também importar engenheiros de outros países. É o caso de Filipa Saraiva, 23 anos, portuguesa, recém formada em engenharia civil, que desembarca no Brasil em julho, com emprego certo. “Como a situação em Portugal está complicada em virtude da crise financeira, resolvi aceitar a proposta de uma grande construtora brasileira e estabelecer meu caminho profissional aqui, onde as oportunidades parecem brotar”, explica a engenheira.

Em 2010, 350 mil novos empregos foram gerados
pelo setor de construção civil

No caso de Fonseca, a última oferta de emprego foi tão promissora, que o fez abandonar um emprego concursado por acreditar que o risco valia a pena. “Embora meu antigo emprego apontasse para a estabilidade, optei pelo risco, com uma proposta salarial irrecusável e grandes possibilidades de crescimento dentro da empresa”, explicou o mais novo contratado da OSX Brasil, empresa pertencente ao grupo EBX, do multimilionário Eike Batista. 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O riacho que virou esgoto

Paulo Guedes


O crescimento urbano desorganizado das cidades do Brasil, especialmente, provocou uma série de problemas ambientais como o barulho, as enchentes, a poluição do ar e, sobretudo, a morte dos riachos, como é o caso do Salgadinho. Há dois anos, quando esteve na nascente, o técnico do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Gustavo Carvalho, especialista em recursos hídricos, constatou o riacho  agonizando. “Era apenas um filete de água que mal dava para molhar a areia. Aquele era o anúncio da morte do riacho,” contou. Em sua nascente, ele se chama Poço Azul. Num percurso de três quilômetros, é uma continuação do Riacho Reginaldo, que nasce  no bairro Jardim Petrópolis. Os vários braços da Bacia do Reginaldo cortam quase toda a cidade de Maceió, passando por cerca de dez bairros, fazendo parte da vida de mais de 300 mil pessoas que moram no Benedito Bentes, Santa Lúcia, Serraria, Gruta de Lourdes, Farol, Pitanguinha, Feitosa, Jacintinho, Vale do Reginaldo, entre outros.

O Riacho Salgadinho é conhecido
por ser bastante poluído.
(Foto: Paulo Guedes)
O Riacho Salgadinho corria lentamente entre espécies de árvores nativas.  De tão límpida e rasa, a água permitia a visualização perfeita do leito. "A água aqui era tão azulzinha que parecia uma pedra de anil. Doce e fria", comentou José Antonio da Silva, 62 anos, morador da localidade Poço Azul. No Planalto da Jacutinga, próximo ao bairro Antares, outra nascente do riacho já secou e o amontoado de areia denuncia isso. Das lagoas do Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante desce o que sobra de água. De tão pouca, ele passa ao lado da nascente do Poço Azul e se perde antes de chegar ao canal do Salgadinho.

Trabalho de macumbeira

Essa é mais uma história interessante e absurda. Os moradores mais antigos da Comunidade Poço Azul atribuem o fechamento da nascente a um “trabalho feito” por uma certa “macumbeira” que morou no local e que não tinha amizade com ninguém. Contam que, um dia, essa senhora foi lavar roupa na nascente e, naquele dia, ninguém foi até lá. Depois, ela estendeu as roupas em uns galhos de cajueiro e só foi embora no fim da tarde, quando a roupa já estava seca. Alguns dias depois a nascente secou e os olhos d’águas (minadores) também secaram.

Degradação, impermeabilização do solo que compromete o lençol freático e a explosão de poços artesianos particulares foram alguns dos fatores que contribuíram para a morte do Riacho Salgadinho, onde hoje passa água poluída.

Mas é no Vale do Reginaldo que o riacho assume o "posto" de canal de águas podres. Quem vê o esgoto hoje, no salgadinho, por exemplo, não imagina que, alguns quilômetros acima, a água já foi limpa, clara, doce e em condições até de se beber.

"O Reginaldo é um rio infante com as graves mazelas dos rios velhos. Nisto, há um culpado: é o homem que, criminalmente, destruiu suas matas", escreveu o jornalista e escritor alagoano Octávio Brandão, em seu livro Canais e Lagoas, de 1919. Sobre o rio, nessa obra, o escritor dedica ao Salgadinho apenas três momentos em páginas diferentes. Ele fala da beleza do rio e da sua morte iminente.

Isso revela que, há 90 anos, o homem já estava envolvido no processo de extinção do rio. Como havia a degradação do meio ambiente, também havia a denúncia que parece não ter encontrado eco nem junto às autoridades nem à comunidade que passava a ocupar as margens do rio e, para isso, derrubava dezenas de exemplares de sucupiras e embiribas, árvores nativas. Hoje, dão lugar a coqueiros, mangueiras e bananeiras.

Com a construção do Hotel Atlântico em 1970 na Praia da Avenida da Paz, próximo ao Centro de Maceió, que durante muitos anos foi o mais procurado pelos turistas, o Riacho Salgadinho viveu sua época de glória. Porém, com o passar dos anos, o descaso público e a falta de consciência ambiental, o cenário mudou e, atualmente, o que existe é um riacho formado por lixo, odores e urubus.

Mergulho nas águas sujas       

Em 2000, a então prefeita de Maceió, Kátia Born, candidata à reeleição, chegou a mergulhar nas águas do Salgadinho  para demonstrar que ele estava limpo, totalmente despoluído, o que não era verdade. Até hoje a população de Maceió espera uma solução consistente e consciente. Em toda a extensão do Riacho Reginaldo até o trecho em que passa e se chamar Salgadinho, há dezenas de esgotos. Cálculos da Defesa Civil revelam que moram nesse trecho pelo menos 15 mil famílias, ou 50 mil pessoas. Os números mostram, ainda, que o lixo doméstico e os dejetos dessas pessoas são despejados diretamente no leito do rio. Mas são os canos de PVC, de diâmetros variados, que decretam a poluição total do riacho. Mesmo com águas da chuva, o canal poderia ser limpo se os moradores tivessem o mínimo de consciência ambiental.

Descaso ambiental

Para se ter uma sociedade sadia, é  necessário que haja a consciência ambiental, tanto dos órgãos públicos, quanto da sociedade. Num artigo publicado na Revista do Meio Ambiente, edição de dezembro de 2010, o escritor ambientalista Vilmar Sidnei disse que a conscientização do brasileiro em relação ao meio ambiente aumentou 30% nos últimos 15 anos.

O que se aprende quando se propõe a falar sobre poluição é que, inicialmente, não se deve produzir lixo. Como isso é praticamente impossível, sugere-se que se produza, então, o mínimo possível. Ou seja, dos 800g de lixo produzidos por cada brasileiro, que se baixe esse peso. Uma saída para o problema é a reutilização do material. Retardar ao máximo o ato de jogar lixo fora, no meio ambiente, tem sido uma boa ideia.

Os ambientalistas ensinam ainda que as pessoas repensem seus hábitos de consumo e de comportamentos. A redução no consumo de embalagens, principalmente as de plástico, também é um procedimento de consciência ambiental. Os especialistas mandam reciclar e ainda alertam que, se a pessoa não quiser ou não tiver condições de reciclar seus produtos, que faça a doação deles para quem se dispõe a fazer isso, a exemplo do lixo eletrônico, como TV, computador, celular, e outros.

"A tendência é aumentar a cada dia a consciência ambiental. Resta saber se o planeta conseguirá sustentar a vida humana pelo tempo necessário até que todas as mudanças que estão em curso consigam produzir seus efeitos", disse o escritor em seu artigo "Apesar de difícil, é preciso - é possível – mudar”.

Viver é preciso, mudar também é preciso

O que chama mais atenção, no entanto, é que de 1963 até hoje, 48 anos depois, foi feito muito pouco. É interessante notar o abandono que o Riacho Reginaldo e seu prolongamento apresenta. Para o engenheiro Alvaro Menezes, do ponto de vista de estrutura urbana é sujo, cheio de mato e lixo, onde há calçadas ou restos delas, a aparência é a pior possível. As paredes laterais de pedra que revestem o canal por onde corria um riacho pedem recuperação há anos e o fundo do hoje canal de esgotos e lixo deveria ser revestido em grande parte. “Nas minhas lembranças sobre manutenção do canal ainda vejo as dragas do extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras de Saneamento, lá nos anos 70. É triste ver que nem limpar o canal é possível hoje,” lamenta.

Ele acrescenta que a Prefeitura de Maceió vem realizando um bom trabalho nos últimos anos. O Salgadinho é um cartão postal negativo, pois, nem o mato que cresce dentro dele perto da antiga rodoviária consegue ser retirado. Alguns projetos para o Riacho Salgadinho foram apresentados na década de 90. Nesse período, já se falava na preocupação em recuperar o "Vale do Reginaldo". Retificação e Revestimento do Riacho do Sapo, Urbanização e Proteção Ambiental e Recuperação da Via Marginal do Vale do Reginaldo até a praia da avenida, foram alguns projetos da época. Disso tudo, restou um canal fétido, margeado por blocos de concreto e todo o leito revestido de cimento armado. Assoreado com areia e lixo, em alguns trechos o canal chega a transbordar. 

Boca da Mata, a fauna que nasce da madeira

Fábio Esteves

Da madeira da jaqueira surgem animais que enfeitam casas e apartamentos de todo o Brasil e até mesmo alguns hotéis e galerias da capital alagoana. Este é o principal artesanato de Boca da Mata, município que fica a 72 km de Maceió e possui aproximadamente 25 mil habitantes, segundo dados do IBGE/2010. Esculpindo animais dos mais variados tamanhos e espécies, os artesãos conseguem manter viva uma tradição que passa de mestre para discípulos e até mesmo de pai para filho.  

Mestre André da Marinheira e uma de suas obras,
ainda não concluída. (Foto: Acervo familiar)
É o caso do Mestre André da Marinheira, que aprendeu o seu ofício aos 12 anos de idade enquanto via o seu pai, o patriarca e Mestre Manoel da Marinheira, esculpir animais na madeira de jaqueira. Seguindo a tradição, André da Marinheira passou a esculpir as peças marcadas pelo seu pai, e hoje, anos mais tarde, recebe o título de Mestre e já possui discípulos. Um deles é José Fabio Batista Silva, conhecido por retratar em suas esculturas leões com feições infantis.

Os artesãos veem o ato de esculpir a madeira e criar peças decorativas com formas de animais como algo que vai além da tradição, é uma forma de sustentar as suas famílias. Para Mestre André da Marinheira, o artesanato é tudo em sua vida, e trabalhando de domingo a domingo, ele cria peças de todos os tamanhos e para todos os tipos de compradores, com preços que vão de R$ 100,00 a R$ 30.000,00. Quando questionado sobre qual peça mais chama a atenção dos turistas, Mestre André não titubeia e logo responde: “O gato sentado”. 

Esta peça citada pelo artesão possui fortes traços do trabalho de seu pai, Mestre Manoel da 
Marinheira, que costumava criar figuras de animais felinos, muitas delas de tamanho médio, ideais para decoração de interiores. Hoje em dia, pela valorização do artesanato de Boca da Mata, as famosas peças dos gatos sentados custam, em média, R$ 300,00. O preço varia de acordo com o tamanho da obra.  

Selo Artesanato de Boca da Mata

Selo utilizado para garantir a autenticidade
da obra, bem como o respeito com o
meio ambiente e contra o trabalho infantil.
(Foto: Divulgação)
Os traços felinos retratados pelos artesãos é uma característica tão marcante no artesanato, que acabou se tornando a imagem utilizada no selo que certifica o “Artesanato de Raiz”, ou seja, o certificado que garante a autenticidade da origem da peça. Mas ser da região não é o único critério para conseguir a utilização do Selo Artesanato Boca da Mata. Entre outros critérios estabelecidos, destacam-se a dedicação exclusiva ao artesanato como renda familiar, a obrigação de possuir a Carteira Artesão expedida pelo PAB (Programa do Artesanato Brasileiro), não utilizar de mão de obra infantil, possuir Certificado de Procedência da Madeira e replantar uma jaqueira a cada ano.

O selo de procedência foi homologado por técnicos da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo de Boca da Mata, e, a sua normatização e aprovação de novos critérios encontram-se a disposição do Conselho dos Artesãos de Boca da Mata.

Museu e Exposições

Para preservar a artesanato local, existe um museu chamado Museu Manoel da Marinheira, localizado na Fazenda Bento Moreira, Rodovia AL 225, Km 6, onde nele encontram-se 700 peças, dos mais variados tamanhos, de Manoel da Marinheira e seus seguidores.

Além disso, para ajudar a venda das obras dos artesãos e também divulgar as Esculturas de Madeira de Boca da Mata, um dos ícones da Cultura Popular de Alagoas, a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo da cidade leva as peças dos artesãos para várias feiras como a Feira dos Municípios Alagoanos, Feira de Artesanato do Norte e Nordeste e outras exposições pelo Brasil como, por exemplo, a Feira Nacional de Negócios do Artesanato e a EXPOSP em Ibirapuera/SP.

Portanto, se um dia entrar em algum estabelecimento e notar a presença de alguns animais esculpidos em madeira, preste atenção aos detalhes e à beleza da peça, pois você pode estar em frente a uma obra de um dos discípulos do Mestre Manoel da Marinheira ou do próprio patriarca desta arte tão tradicional e bela que é a Escultura em Madeira de Boca da Mata. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Xingó e o canal do sertão em pauta com o professor Ignacy Sachs

Cecília Tavares

Reunião da AFAL com a presença do Professor Sachs.
(Foto: Ascom/Seplande)
Na primeira semana do mês de maio, o socioeconomista francês, professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, da Universidade de Paris, Ignacy Sachs, esteve em Maceió para reunião com a Agência de Fomento de Alagoas (AFAL). Codiretor do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo, Sachs é conselheiro da AFAL e participa das reuniões anuais com a agência, para discutir e buscar soluções viáveis para os diferentes problemas que ocorrem no estado. Desta vez, estava em pauto o Plano de Desenvolvimento Estratégico (PDE) da Sub-Região de Xingó.

A discussão centrou-se na busca de alternativas para o desenvolvimento sustentável da região.  Sachs entende que Xingó, por ser uma região localizada no semi-árido e ter o privilégio de ser banhada pelo Rio São Francisco, merece um olhar diferente. Sob o ponto de vista político, o economista acredita que ela não pode ser vista apenas como uma microrregião, mas como uma área que tem a gestão de quatro estados (Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais), com governos de variadas correntes políticas, o que precisa ser encarado como uma vantagem. “Os estados precisam se unir, interagir e cooperar localmente, para negociar as melhorias com o governo federal. É preciso reconstruir esse diálogo político das discussões sobre o semi-árido, uma vez que temos uma SUDENE inativa. Acredito que Xingó é uma bela oportunidade para isso”, explica Sachs.

Ignacy Sachs: o principal teórico do ecodesenvolvimento.
(Foto: Ascom/Seplande)
Sob a ótica do conteúdo, Sachs lembra a iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), há onze anos, que tentou instalar o instituto de pesquisa do semi-árido, o qual nunca prosperou, não sendo definido que projetos deveriam ser levados adiante.  Esse novo impulso, acredita o socioeconomista, deve encaminhar o futuro do semi-árido, com uma boa gestão da água e, a partir daí, devem ser instituídas as diretrizes de todo o semi-árido brasileiro. A ideia é estabelecer um tipo de desenvolvimento que não seja excludente. Também não deve ser descartada a possibilidade de cooperação com outros países. “Xingó deve ser encarado como um laboratório em escala real. E para isso, temos que contar com a colaboração de países com experiências semelhantes, como a Índia e África”, afirma o professor.

O projeto de Xingó deve focar o aproveitamento dos recursos renováveis do semi-árido: sol, água e terra. Sachs questiona que tipos de sistemas de produção podem ser propostos para o aproveitamento da interface entre a disponibilidade de água e sol, e sugere a piscicultura como uma atividade possível. “A produção de peixes de grande valor de mercado em tanques-rede pode ser integrada à produção agrícola. E não só, é possível também agregar atividades de apoio logístico e de suporte a esses sistemas de produção, como por exemplo, fábricas de gelo, de embalagem, comércio de equipamentos de pesca, fábricas de ração, entre outros”.

Sachs falou ainda sobre o Canal do Sertão. O professor acredita ser extremamente importante enxergar a oportunidade de privilegiar os pequenos produtores locais, indagando qual o tipo de organização social e que tipo de produção é desejada. Segundo ele, temos oportunidades de rendimentos altos, pela combinação de muito sol e disponibilidade de água. “Precisamos ter cuidado para não repetir o modelo de Petrolina, que privilegia os grandes produtores e, mais uma vez, não contribui para promover a inclusão social e uma melhor distribuição de renda para a região”, conclui Sachs.